Lua Cheia de Escorpião de 2010
"Eu Sou um guerreiro e da batalha Eu saio
triunfante." Escorpião é um dos braços da cruz fixa. Nesta cruz aprendemos, de verdade, a amar através da transformação e purificação da natureza astral ou emocional. Geralmente
e, de muitas maneiras, Escorpião representa a cruz fixa em que a alma sobe
voluntariamente – para percorrer o caminho ardente do discipulado e da iniciação.
É sobre a cruz fixa que as três primeiras iniciações são feitas, e Escorpião
representa a segunda iniciação, na qual o controle completo da natureza
emocional é demonstrado – inequivocamente, inegavelmente e sem nenhuma
controvérsia. O
equilíbrio dos pares de opostos acontece através de pares de signos; por isso,
o oposto polar de Escorpião, Touro, também é muito importante. O ‘discípulo
mundial’ é regido por Escorpião, enquanto o ‘aspirante mundial’ é regido por
Touro. O desejo em Touro leva às profundezas da experiência em escorpião: O indivíduo participa dela e faz o mesmo, em uma escala menor, o que a humanidade – como um todo – fará quando passar pela iniciação em touro[1]
Por isso, os desafios de Escorpião, um signo de iniciação e de triunfo através do sacrifício da natureza inferior quando supera a guerra entre os pares de opostos. Marte, o deus da guerra, é o regente tanto da personalidade como da alma de escorpião, e Plutão, o senhor da morte e da destruição, é co-regente com ele. Por ser um planeta que ‘não é sagrado’, Marte indica o que ainda não foi redimido, o que está em conflito e o que é desarmônico. Ele nos empurra para ação que nos move para adiante. Marte pode ser um desejo cego, mas também pode provocar o reconhecimento da cegueira, ao acentuar, com alta definição, os pares de opostos. Seja amor e ódio, medo e coragem, sexo ou celibato, orgulho ou humildade. O mês de outubro viu Marte em seu próprio signo, Escorpião, junto ao seu oposto Vênus. Por isso, talvez, a batalha tenha sido vivenciada por muitos. A ‘terra ardente’ do sexo e relacionamento pode ter sido especialmente enfatizada – como batalhas internas pessoais ou como ‘batalha dos sexos’. Será que algum desses conflito resultou em harmonia?
Plutão, o co-regente de Escorpião, também é um ‘planeta não sagrado’, mas tem uma influência bem ‘esotérica’. Esses dois planetas regem o plexo solar – Marte - e o centro da base da coluna – Plutão. Mas Marte tem uma relação óbvia com o centro sacro ou centro sexual, assim como Plutão também tem com o plexo solar devido ao seu papel de transformar todas as energias dos centros inferiores e elevá-las para o centro cardíaco. Esse poder de elevar é a razão do novo símbolo de Plutão ser uma seta vertical apontando para o alto ,
Mas
também é dito que a influência de Plutão ‘é sentida em primeiro lugar no corpo
mental’ e, por isso, com relação à humanidade, além de reger o centro básico, ele
rege também o centro coronário. “Contudo, ele [Plutão] governa a morte ou o fim
de velhas ideias e emoções. Essa é a razão de sua influência ser grandemente
cerebral. Com isso, vocês têm a chave de ele ter sido descoberto tão
tardiamente. A humanidade só agora está a ponto de se tornar mental; como seus
efeitos são sentidos primeiro no corpo mental, ele não poderia ter sido
descoberto antes.” [2]
A regência de marte sobre o plexo solar é algo muito especial e importante, porque esse centro é a maior área de expressão para o corpo astral ou corpo de desejo. Escorpião, do mesmo modo, é um signo de água, símbolo da natureza emocional. Esses dois fatores juntos criam uma combinação formidável de forças, a qual é de difícil controle para qualquer ser humano. É por isso que o Escorpião que não é desenvolvido ou que ainda não está integrado tem uma reputação tão negativa. Isso se deve ao fato de ele usar suas energias zodiacais para apropriar-se egoisticamente de poder, dinheiro, sexo, etc. São Paulo é um bom exemplo a ser estudado aqui, pois ele, que era beligerante e belicoso, quando estava seguindo na estrada para Damasco, transformou-se no zeloso seguidor do Cristo. Paulo confessa que (como Saulo), “perseguiu violentamente” a “igreja de Deus”, o que aconteceu antes da sua conversão. Pode-se dizer que ele era um tipo inquisidor. Tem sido especulado por alguns acadêmicos que Paulo (agora o mestre Hilarion) fez a segunda, terceira e quarta iniciações naquela encarnação. Mesmo que ele tenha causado as distorções que foram geradas devido a sua personalidade imperfeita, elas deixaram marcas:
“O Cristianismo exemplifica a morte da personalidade com implicações individuais e não universais; o amor faltava conspicuamente e, na verdade, a cor que o controlava era vermelho. Essa não foi uma expressão do Cristo, mas a expressão Marte-Escorpião de São Paulo. Marte regeu o Cristianismo, porque São Paulo interpretou errado o significado esotérico da mensagem do novo testamento. Esse erro deveu-se ao fato de que a verdade – como todas as verdades que são comunicadas à humanidade – teve que passar pelo filtro da mente e do cérebro de sua personalidade. Por isso, tornam-se inevitáveis toques pessoais e distorções. Esse foi o elemento responsável pelo sofrimento e pela triste história do cristianismo – nações cristãs são ostensivamente permeadas por ódios, regidas por medo e, ao mesmo tempo, por um alto idealismo. São governadas por uma aderência fanática ao seu destino nacional, da forma que o interpretam e tudo ‘a custa de sangue’, como prova a quantidade de armamentos que têm. Todas essas são características de sexto raio- enfatizadas por escorpião e condicionadas por Marte- características essas que sempre regem o caminho do discípulo individual. Hoje, o discípulo mundial, a humanidade como um todo, está diante do portal do Caminho.”[3] Hmmm, sérias palavras ditas pelo mestre DK sobre uma das vidas de um de seus companheiros! Mas mesmo assim, as grandes alturas espirituais alcançadas por São Paulo não podem ser negadas. Seus escritos são profundamente esotéricos e proféticos. Ter ficado cego por três dias no caminho de Damasco é um símbolo da terceira iniciação; ter sido decapitado é um símbolo da quarta iniciação.
A maioria dos corpos emocionais dos humanos é condicionada pelo sexto raio. Algumas nações, como os EUA, têm esta energia condicionando a expressão de suas personalidades. Por isso, Marte estimula o apego, seja no campo das ideias, da religião, apego a pessoas, comida, substâncias etc. Em outras palavras, as forças inconscientes de Marte estão por trás, por exemplo, de todo fundamentalismo cristão e islâmico. Também estão por trás de uma série de dependências químicas e do desejo de ter experiências agradáveis no caminho. (As vibrações inferiores de Netuno, como co-regente do plexo solar, também estão relacionadas às dependências) Na verdade, Marte e o sexto raio dão a impressão de estarmos aprisionados a um caminho estreito e cheio de espinhos. É por isso que na ponta de um talo cheio de espinhos está a rosa vermelha, o lindo símbolo do caminho espinhoso caminhado pelo ardente coração vermelho. O ato de oferecer rosas vermelhas como símbolo de amor romântico tem um significado mais profundo do que parece. A rosa também tem uma posição central na Fraternidade Rosa-Cruz, a cruz rosada. O perfume que emana da rosa é a soma dos sattvas (essências extraídas) do resultado de muitas vidas. Com razão, DK nos diz que “O mistério do segundo raio [de Amor-Sabedoria] está oculto no significado do perfume das flores.”[4]
O caminho espinhoso, o que vai do plexo solar ao coração, também pode ser chamado de ‘terra ardente menor’ e é regido por Plutão: “Dois dos outros planetas não sagrados – Marte e Plutão – atuam em conexão com o centro sacro (Marte) e o plexo solar (Plutão)”. Esse segundo planeta é ativado “na vida do homem que está começando a viver a vida superior. Antes que o homem possa viver em verdade nas terras altas da luz, sua natureza inferior tem que passar pela escuridão e fumaça de Plutão, que é quem governa a terra ardente menor.”[5] É por isso que Escorpião é o signo do discipulado; por isso, o discípulo pode disciplinar sua natureza inferior aguerrida e transformar os desejos terrenos e temporais em aspiração; aspiração pelas experiências superiores e elevadas da alma. É aí que o medo se transforma em amor e coragem, e a procriação física, em criatividade mental. Quando isso acontece, passa a existir uma circulação saudável de força em que todos os centros são ativados, mas nenhum deles indevidamente. É aí também que o poder destrutivo de Plutão é utilizado para pôr fim aos impedimentos no caminho e não para se apropriar de poder terreno e controlar. Com relação a isso, Escorpião pode ser o perfeito nazista, o mago negro e todos os relações públicas negativos que ao longo das eras foram tidos como pertencentes a este signo. Na verdade, romper formas pensamento antigas e ultrapassadas é o papel do discípulo moderno e do estudante esotérico, o qual pode demonstrar os aspectos redentores de Escorpião. Escorpião – o ‘Pecador’ ou o Santo. “Plutão, ao transmitir a energia de primeiro raio, rege Escorpião, o signo do discipulado, signo daqueles que estão prontos para a fusão- resultado da influência dos planetas sagrados. Ele rege a casa das grandes separações e da morte.”[7]
Plutão é o Senhor do Inferno, um lugar que foi criado, desde os tempos da Atlântida, pela própria humanidade, da mesma forma que ela também criou o céu, uma construção do plano astral. De um ponto de vista mais elevado, os dois lugares são coisas ilusórias, mas até que se alcance essa visão superior, esses dois lugares são ‘reais’ e dominam a maioria das ideologias religiosas e pensamentos supersticiosos. De uma perspectiva bem geral, toda a humanidade está no ‘inferno’ até a liberação final. Existem ‘liberações menores’ antes que se chegue ao ‘último céu’ ou até que o nirvana seja vislumbrado ou experimentado. Então, o ‘submundo’ de Plutão é a província para tudo o que ainda não está redimido, tudo o que é inconsciente e escondido do individuo. O poder transformador de Plutão se encontra na sua capacidade de ressuscitar e elevar das profundezas o que está enterrado no subconsciente, pondo tudo à luz do dia - da mesma maneira como fez Hércules ao triunfar no trabalho de Escorpião ao elevar, acima de sua cabeça, o dragão ou hidra de 9 cabeças sibilantes. Observe no símbolo de Escorpião pintado por Johfra que São Jorge está aniquilando o dragão. Observe também, ao fundo, o meditador, o qual representa a disciplina ascética que Escorpião é capaz de conseguir – passar fome ou matar todos os desejos. O signo oposto de Escorpião é Tour, o signo do Buda, que ensinou sobre os temas acima. Existem outras representações na criação artística de Johfra, como a taça do Santo Graal e a serpente, que são símbolos de sabedoria e transformação. “Em Escorpião – que é o signo em que o discípulo enfrenta os testes que o tornam capaz de fazer a segunda iniciação e de demonstrar que a natureza do desejo está submetida e conquistada ou que a natureza inferior (porque foi elevada ao alto, isto é, aos céus) é capaz de atingir a meta para esse período mundial. Ele prova que, das fundações terrenas de Escorpião, a personalidade pode ser testada e pode mostrar que está pronta para o serviço mundial que precisa ser feito em Aquário. Isso está belamente contado na lenda de Hércules, o Deus-Sol, que vence a hidra de nove cabeças ou a serpente do desejo quando se ajoelha e, em uma posição de humildade, eleva a serpente no ar e na luz, alcançando assim a liberação.”[8] As
Nove Cabeças da Hidra Plano Astral: Ambição Ódio Medo Plano Mental: Orgulho Crueldade Separatividade Isso foi apresentado e comentado extensamente em outras cartas de notícias e artigos que podem ser encontrados no site www.esotericastrologer.org Porém, é sempre oportuno, principalmente quando o Sol na sua jornada anual está passando em Escorpião, invocar as forças de Plutão e ser completamente honesto e sem auto-piedade para poder encarar e admitir quais as cabeças da hidra ainda não foram conquistadas dentro de cada um de nós. Mas como saber, de verdade, se eles são fatores inconscientes? É sempre mais fácil ver o ‘cisco’ no olho do nosso irmão, não é? Todos os nossos irmãos, os membros da humanidade, geralmente são os nossos melhores espelhos. Mas invocando a visão de raios X de Plutão, que é de longo alcance e inamovível, somos levados à percepção correta. Você está super preocupado com sexo? Sente o peso da inércia e da preguiça, sentindo-se confortável como um saco de batatas? Sua vida é dirigida para o serviço ou para satisfação egoísta? Está sempre pronto a satisfazer qualquer tipo de desejo ao menor sinal? Você experimenta a espiritualidade como se fosse uma coisa da moda e tenta apropriar-se disso como se fosse um novo par de sapatos? Você está preocupado com dinheiro sem verdadeira necessidade? Você sente raiva ou ciúme mesmo dos que trabalham junto com você? Você sente que não tem o reconhecimento que merece? Você tem ambições materiais e/ou espirituais? Você ainda é escravo do medo, a cabeça da hidra que ainda devora a maioria da humanidade? O quão cruel você é? Você chantageia outros mental ou emocionalmente e os mantém reféns de suas chantagens? Você se percebe continuamente criticando outros e criando uma barreira de separação entre você mesmo e o mundo? Entre o céu e o mergatroyd (NT purgatório), há muita coisa para ser vista![9] Quais são os opostos complementares ou as formas de trabalhar com as energias dessas nove cabeças? Algumas delas não são necessariamente “ruins”; são apenas usadas egoisticamente ou de forma limitada.
Os Dragões da Matéria e
do Espírito: 9 + 9 cabeças = 18
O número 9 é o número da iniciação. Seu símbolo significa a elevação da matéria e sua liberação para o espírito - da mesma maneira que o numero seis, que é o mesmo símbolo invertido, significa a descida do espírito e sua imersão na matéria. Por isso, o numero 9 representa a primeira iniciação; 9X 2= 18 representa a segunda iniciação - planos de Escorpião. (9X3=27 representa a terceira iniciação etc). “Com isso, vocês podem ver como são importantes, no presente momento, as influências de Escorpião e de Marte e também como é breve o tempo para que a humanidade (correta ou erradamente) enfrente seus testes. Vocês também podem ver a pressão sob a qual se encontra a Hierarquia, pois a energia de Marte está se expressando no plano astral. Será que o Hércules mundial vai transportar o problema até o céu e “elevar a hidra” da paixão e do ódio, da ganância e agressão, do egoísmo e da ambição até o plano da Alma? Ou vai deixar tudo isso descender e se ancorar no plano físico com o corolário inevitável de um desastre mundial, de uma guerra mundial e morte? Esses são os problemas que a Hierarquia tem que enfrentar. ”[10]
A citação acima foi escrita há mais de trinta anos e não é menos pungente nos dias de hoje. A hierarquia celestial de seres angélicos chamada de Escorpião governa a humanidade. A humanidade é conhecida esotericamente como ‘os iniciados’ e ‘os senhores do sacrifício’. A palavra sacr-ifício (ou sacro-ofício NT) implica o ato de elevar as energias do centro sacro. Ela está misteriosamente relacionada ao sacrifício feito por todas as almas que escolheram o caminho de encarnação na Terra e o trabalho de transformá-la em um planeta sagrado, igual a seus outros irmãos celestiais. O único raio (até hoje informado) que se expressa através de Escorpião é o quarto raio de arte e beleza ou harmonia através do conflito. A lua é o co-regente do quarto raio, a qual aliada à influência marcial de Escorpião, estimula a natureza inferior e, com ela, todos os seus condicionamentos inconscientes. A conquista da verdadeira arte em todas as suas expressões – pintura, literatura, dança, poesia, música etc, é a ‘elevação’ vitoriosa da disciplina e transformação de Escorpião. Phillip Lindsay begin_of_the_skype_highlightingend_of_the_skype_highlighting © 2010. ______________________________________ [6] See “Nazi
Germany: The Forces of Taurus-Scorpio and Capricorn” in The Destiny of the
Races and Nations, Phillip Lindsay. Or go to http://www.esotericstudies.net/quarterly/Files060110/EQ060110-Lindsay.pdf
[7] Esoteric
Astrology, Alice A. Bailey. p.509.
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