Balança 2016 (1ª Parte): Equinócio. Batalha pela Paz. Tutu. Vaughan. Espírito de Paz
Nota-Chave de Balança
“Eu escolho o Caminho que passa entre as duas grandes linhas de força.”
Lua cheia: 6 de outubro de 2016. 4:23 GMT
“Neste período de transição que o mundo está agora a atravessar e neste interlúdio entre dois períodos de atividade – a passagem da Era de Peixes e a entrada da de Aquário – Balança acabará por reger e, no fim deste século, vamos assistir a um controlo consistente e cada vez mais pronunciado por parte de Balança e a uma posição de poder no horóscopo planetário. Por isso não há razão para ficarmos ansiosos.”1
Balança 2016 (1ª Parte)
O Equinócio de Balança
O Sol “Está em Queda” em Balança
A Batalha de Balança pela Paz
A Terra de Ninguém Revisitada
Os Novos Místicos
Balança, o Interlúdio e Ponto de Equilíbrio
Desmond Tutu: O Pacificador Libriano
Stevie Ray Vaughan: O Prodígio da Guitarra
O Espírito de Paz
Unidade, Paz e Abundância
Entendendo a Agonia da Síria
A Causa da Guerra na Síria: Inteiramente através da Interferência dos EUA
Vénus em Escorpião e a Síria
A Influência de Israel
Shimon Peres e Israel: Guerra e Paz
As Eleições de 8 de novembro de 2016 nos EUA
Rússia e EUA: Corretas Relações Librianas
Introdução
Amigos,
Esta newsletter desabrochou em duas newsletters – devido, tenho a certeza, à influência do trânsito de Júpiter em Balança! Foi por isso organizada em duas partes, sendo a segunda mais política e controversa – tentando delinear a crise global que estamos a atravessar. Temos assim muita leitura e reflexão para o mês de outubro, desfrutem!
(Cliquem no link no fim desta newsletter para aceder a Balança 2016 (2ª parte).)
O Equinócio de Saturno
O Sol fez o seu ingresso anual em Balança no dia 22 de setembro, marcando o ponto de equilíbrio do ano – quando a ação iniciada em Carneiro encontra a sua reação em Balança. Chamamos a isto a Lei de Causa e Efeito ou karma, daí a razão pela qual Saturno, o Senhor do Karma, está exaltado em Balança. Saturno é o ceifeiro ou colhedor da “safra” (ações) que criámos – mentais, emocionais ou físicas.
Balança tem a ver com tomar uma decisão, uma escolha – equilibrando os pratos da balança com a mente judiciosa de forma a que eles parem de oscilar numa ou noutra direção; em que o ponto de equilíbrio é alcançado, que leve à escolha do Caminho do Meio, o trilho que nos permite sair da floresta negra dos opostos em conflito.
Esta é a razão pela qual Balança é chamado “o mestre da terra de ninguém” e pela qual tem estado tão proeminente no horóscopo planetário nos últimos vinte anos – durante os quais a Humanidade teve de fazer algumas escolhas críticas.
Esta “terra de ninguém” é como o equinócio, no qual há um igual período de horas de dia e de noite (equi-nox = “noites iguais”) – quando o Sol atravessa o plano do equador terrestre e incide diretamente por cima deste. O Sol nem está no hemisfério norte nem no hemisfério sul, está “no meio termo” – no interlúdio.
Os dois equinócios e os dois solstícios, assinalam a astrológica cruz cardinal de Carneiro-Balança, Caranguejo-Capricórnio. À semelhança dos solstícios, em que o Sol “fica parado”, os equinócios partilham o tema da ilusão da ausência de tempo.
O Sol “Está em Queda” em Balança
Uma boa forma de relembrar esta “queda” é pensar em Carneiro, onde o Sol está exaltado, correspondendo ao nascer do Sol. O signo oposto, Balança, é onde o Sol se põe, daí “cair” abaixo da linha do horizonte.
Na Astrologia Esotérica o Sol representa o triplo eu inferior ou personalidade, daí os nativos Librianos, sob a regência de Vénus, serem marcados, pelo menos superficialmente, por uma ausência de egoísmo (um pôr do sol) comparado com Carneiro regido por Marte, em que o egoísmo (o nascer do sol) é muito mais óbvio. Este tema do egoísmo está intimamente relacionado com identidade e o ahamkara, o princípio da autoconsciência.
“O Sol está em queda neste signo porque mais uma vez, nem a personalidade nem a alma dominam no homem que é um libriano puro; um equilíbrio é alcançado e, por isso, esotericamente, “afinam-se mutuamente.” Nem a voz da personalidade nem a da alma se fazem ouvir particularmente, mas … “tem agora lugar uma leve oscilação. Nenhuma nota estridente é ouvida; nenhuma coloração violenta da vida o afeta … e não há perturbação do veículo da alma.”
A importância da posição dos planetas neste signo surgirá de forma clara na vossa consciência quando os estudarem de forma cuidadosa e o significado de Balança tornar-se-á definitivamente formulado na vossa mente.
As características deste signo não são fáceis de definir e de compreender porque elas são, na verdade, a síntese de todas as qualidades e realizações do passado e é difícil conseguir qualquer apresentação clara dos pares de opostos.”2
Uma “síntese de todas as qualidades e realizações do passado” – tem isto a ver com o agregado de tudo aquilo que foi alcançado nos seis signos anteriores, de Carneiro a Virgem – pela alma consciente na viagem da roda inversa? A afirmação seguinte aplica-se ao indivíduo que “fez a inversão da roda”, já recebeu a primeira iniciação e teve várias encarnações trilhando de forma diligente o caminho para a libertação:
“Relativamente ao homem que se encontra no caminho probacionário ou na iminência de o trilhar, pode dizer-se que as suas características e qualidades neste signo, são:
EQUILÍBRIO DOS OPOSTOS EM BALANÇA
Inconstância e variabilidade | Uma posição segura e assente |
Desequilíbrio | Balance |
Tendencioso. Preconceito | Justiça. Juízo |
Estupidez embrutecida | Sabedoria entusiástica |
Forma exterior de vida falsa e vistosa | Expressão verdadeiramente correta |
Intriga | Conduta íntegra |
Atitudes materialistas | Atitudes espirituais |
A Batalha de Balança pela Paz
“É o equilíbrio entre os pares de opostos que faz com que o homem de Balança seja por vezes difícil de entender; ele parece vacilar mas nunca por muito tempo e muitas vezes de forma impercetível, porque no final há sempre o equilíbrio das qualidades com as quais está equipado.”3
Esta “vacilação” dos pratos da balança libriana é a sua bem conhecida procrastinação e indecisão, encenada no grande drama de Arjuna no campo de batalha, paralisado pela indecisão quando colocado perante a sua alargada família – que eram o inimigo com quem teria de lutar. Krishna é o condutor da quadriga, representando a alma que guia Arjuna, a personalidade. Aqui, mais uma vez, há o par de opostos Carneiro-Balança. Carneiro regido por Marte, o deus da guerra, e Balança regida por Vénus, representando a paz.
Paradoxalmente, embora exteriormente calmos e relaxados, os librianos têm frequentemente em curso, na sua vida interior, muitas guerras “Marciais” na medida em que tentam conter os pares de opostos. E estes pares de opostos variam, dependendo do ponto do Caminho em que o indivíduo se encontra. Na viagem para a Libertação, em que trilha conscientemente O Caminho, existem três fases principais:
Caminho | Percentagem de Indivíduos no Caminho de retorno | Plano |
Caminho do Aspirante | A maioria (cerca de 60%) | Astral/Emocional |
Caminho do Discipulado | Menor mas significativo grupo (cerca de 30%) | Mental |
Caminho da Iniciação | A minoria. (cerca de 10%) | Intuição |
“Deve ser lembrado que, da mesma forma que o campo de batalha (o kurukshetra) para o aspirante ou probacionário é o plano emocional, para o discípulo esse campo de batalha é o plano mental. Esse é o seu kurukshetra. O aspirante tem de aprender a controlar a sua natureza emocional psíquica através do controlo correto da mente, e isto Krishna procura enfatizar à medida que treina Arjuna para dar o próximo passo para alcançar a visão correta.
O discípulo tem de levar adiante esta atenção mental e, através do uso correto da mente, alcançar um entendimento mais elevado e fazer uso ativo de um fator ainda mais elevado – o da intuição.”4
Saber a fase em que nos encontramos no Caminho pode ser um exercício complicado. Os seres humanos, com a sua arrogância, querem naturalmente estar mais além do que na realidade estão. Os aspirantes pensam que são discípulos, da mesma forma que alguns discípulos pensam que são iniciados. As perspetivas são finalmente atingidas quando se consegue romper através destes véus de fascínio/glamour (astral) e ilusão (mental) – numa ou noutra vida!
Até mesmo num dos grupos experimentais do Mestre Djwhal nos anos 19405, uma pessoa que não tinha ainda recebido a primeira iniciação pensava que estava preparado para receber a exaltada quarta iniciação! No entanto todos somos aspirantes, do mais recente e humilde aspirante até ao Cristo – é simplesmente uma questão de relatividade.
A Terra de Ninguém Revisitada
Existem muitas fases na Terra de Ninguém libriana:
- Onde a consciência fica presa entre os opostos e não tem (quer sejam almas mais ou menos desenvolvidas), por várias razões, de forma permanente ou temporária, suficiente disciplina mental ou discriminação para se libertar. Daí as frases “estar titubeante” ou “entre a espada e a parede” – por vezes em momentos de futilidade e de desespero. Vénus, o regente de Balança é a mente e Urano, o seu regente esotérico, é a capacidade para se auto-organizar. Talvez algumas das descrições anteriores dos opostos de Balança se possam aplicar aqui: Inconstância e variabilidade. Desiquilíbrio. Estupidez embrutecida (!).
- Quando alguém não consegue encontrar o caminho do fio da navalha (que Balança rege) que o leva para fora desta zona “neutral” da terra de ninguém – pode ser um lugar de vazio total onde ele não é nem isto nem aquilo – até mesmo um lugar de abandono, quer seja imaginado ou não; um período de isolamento e de profunda solidão em que o indivíduo é testado nos fogos da iniciação.
Daí a importância de Balança como um signo das relações, ligando-se aos outros, encontrando amor e bondade humanas – e, incidentalmente, a identidade. As provas para a iniciação são comprovadas noutro lugar:
“Escorpião está no meio caminho entre dois signos de equilíbrio ou de equilibrium – Sagitário e Balança. Balança assinala um interlúdio ou um ponto notável de equilíbrio antes dos extenuantes testes e provas de Escorpião. Sagitário assinala um outro ponto de equilíbrio que se segue a esse teste, pois o arqueiro tem de adquirir e manter um olhar, mão e postura firmes antes de disparar a seta que, quando corretamente dirigida e corretamente seguida, o vai levar através do portal da iniciação.”6
- Quando há uma ausência de opostos antagónicos então a paz e a beleza de Buddhi sobrevêm e o indivíduo torna-se num “mestre da terra de ninguém”.
“… ambos os grupos – o público em geral e os aspirantes mundiais nos seus diversos graus – têm no seu seio aqueles que sobressaem da média pelo facto de terem um insight e um entendimento mais profundos; eles ocupam uma terra de ninguém, intermediando por um lado entre as massas e os esoteristas e, por outro, entre os esoteristas e os Membros da Hierarquia.” ((The Reappearance of the Christ, Alice A. Bailey. pp.33-4.))
Elaborando um pouco mais,
“um novo tipo de místico virá a ser reconhecido; difere dos místicos do passado pelo seu interesse prático nos atuais assuntos mundiais e não apenas nos assuntos religiosos e da igreja; distingue-se pela falta de interesse no seu próprio desenvolvimento pessoal, pela sua capacidade de ver Deus imanente em todos os credos e não apenas na crença religiosa por ele professada e também pela sua capacidade de viver a sua vida na luz da divina Presença.
Todos os místicos foram capazes de fazer isto em maior ou menor grau, mas o místico moderno difere dos do passado por ser capaz de indicar de forma clara aos outros as técnicas do Caminho; ele combina cabeça e coração, inteligência e sentimento, acrescidos de uma perceção intuitiva que até aqui estava em falta. A luz clara da Hierarquia Espiritual ilumina agora o caminho do místico moderno e não apenas a luz da sua própria alma; será cada vez mais o caso.” 7
A chave-frase aqui é, “interesse prático nos atuais assuntos mundiais”. Há o caminho do fio da navalha libriano de “viver no mundo mas não ser do mundo” – o delicado equilíbrio que deve ser adotado por todos os verdadeiros buscadores, independentemente da sua inclinação astrológica.
O dilema de ficar enclausurado em torres de marfim, constituídas por idealismos relativamente aos ensinamentos espirituais que aspiram ao mais elevado, alheando-se em simultâneo ao que se passa no mundo; ou fazendo de conta que os assuntos mundiais não existem, numa atitude de snobismo espiritual; ou negando-o, proclamando que tudo é amor e luz, focando-se apenas nisso. Bem, nem todos são talhados para serem um “novo típico de místico” – isto é apenas ilustrativo das várias posições que os aspirantes e discípulos assumem.
Balança, o Interlúdio e Ponto de Equilíbrio
Balança tem sido chamado o interlúdio, o que tem fortes semelhanças com a terra de ninguém, mas não é bem a mesma coisa. Balança rege a fase de contemplação na meditação, o meio das cinco fases – na qual a vida da alma e da personalidade estão equilibradas e nenhuma domina. No entanto, a alma está a preparar-se para a batalha da fase probacionária do Caminho.
“Balança é o “ponto de equilíbrio” no zodíaco. Na maior parte das outras constelações, em algum momento, ocorre um “ponto de crise” em que o efeito da energia que é derramada através do signo (via planetas regentes) para o homem está no ponto mais elevado de eficácia
Isto, no tempo próprio, precipita a crise que é necessária para libertar o homem das influências planetárias que condicionam a sua personalidade e o levam de forma definitiva e conscientemente para debaixo da influência do signo do zodíaco.
Mas em Balança já não há esse ponto de crise como há em Carneiro. Há apenas o interlúdio do equilíbrio como prelúdio de um progresso mais sensível e efetivo no caminho. O mesmo se passa em Carneiro.
Como é dito esotericamente: “Antes da criação, o silêncio e a quietude de um ponto focalizado.” Isto aplica-se tanto a Carneiro como a Balança – no sentido cósmico e criativo e no sentido individual e progressivo.” 8
A beleza da Astrologia Esotérica ajuda a delinear a evolução da consciência através dos signos, por intermédio dos regentes planetários – exotéricos, esotéricos e hierárquicos. Daí que o delinear de Vénus através dos signos dá um vislumbre deste processo:
“Vénus rege em Touro, Balança e Capricórnio e é a fonte da mente inteligente, atuando quer através do desejo (nas fases iniciais) ou do amor (nas fases mais avançadas). Em Touro isto significa a autoexpressão da mente através do desejo inteligente, pois esta é a meta do conhecimento para o homem comum.
Em Balança, o ponto de equilíbrio ou equilibrium é alcançado entre o desejo material pessoal e o amor espiritual inteligente, uma vez que as duas qualidades de desejo cósmico são trazidas à superfície da consciência em Balança e equilibradas mutuamente.
Em Capricórnio representa o amor espiritual, auto expressando-se perfeitamente quando o trabalho em Touro e Balança for concluído. Assim, pode o fio dourado do progresso evolutivo ser delineado, através do caminho zodiacal de signo para signo e desta forma a história da humanidade pode ser vista e sua meta vislumbrada.” 9
Desmond Tutu: O Pacificador Libriano
(7 de outubro de 1931) Na véspera do Dia Internacional da Paz (21 de setembro) saiu uma falsa notícia de que Tutu tinha morrido. No entanto, foi uma boa notícia saber que a influência deste vencedor do Prémio Nobel da Paz em 1984 está muito presente – e uma oportunidade para celebrar a sua vida enquanto está vivo.
“os admiradores de Tutu vêm-no como um grande homem, que desde o fim do apartheid tem estado ativo na defesa dos direitos humanos e que usa a sua influência para fazer campanha em favor dos oprimidos. Tem feito campanhas para combater o HIV/SIDA, tuberculose, pobreza, racismo, sexismo, homofobia e transfobia. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1984; o Prémio Albert Schweitzer por Humanitarismo em 1986; o Pacem in Terris Award in 1987; o Sydney Peace Prize in 1999; o Gandhi Peace Prize in 2007; e a Medalha Presidencial da Liberdade em 2009. Tem também vários livros com compilações das suas frases e discursos.” 10
Tutu tem o Sol, Mercúrio e Vénus em Balança e também Marte em Escorpião – um verdadeiro “guerreiro da paz”. Ele tem uma terrena lua em Leão em conjunção com Júpiter, expressando uma generosidade ilimitada. A sua luta pela justiça na África do Sul ao lado do seu irmão Nelson Mandela, durou várias décadas. Esteve na linha da frente na promoção do perdão como co-presidente da Comissão da Verdade e da Reconciliação. Escreveu também um livro intitulado The Book of Forgiving e com esse tema tão proeminente na sua vida, poder-se-á suspeitar que tem Peixes no ascendente (a hora do nascimento é desconhecida).
Tutu tem um aspeto desafiador formado por Lua-Júpiter em Leão, em quadratura a Marte em Escorpião – sendo altamente potente, pode ser também estridentemente extraviado no uso do poder, raiva e violência. Enquanto criança, Tutu assistiu à violência que era exercida pelo seu pai sobre a sua mãe, sentindo-se impotente para por fim a essa situação, culpando-se, até ao momento em que aprendeu a perdoar o pai e a si próprio.
Mas este ponto de tensão no seu horóscopo ajudou-o a transformar a sua raiva nas injustiças do apartheid, numa intensa paixão que conduziu as reformas jurídicas. Ele foi a consciência moral da África do Sul, tendo um grande impacte no Humanismo no mundo.
Tutu esteve recentemente hospitalizado para tratamento ao cancro da próstata, depois de ter sido tratado com sucesso em 1997. Isto é algo de que um libriano pode sofrer, dado o sexo ser um dos seus temas, mas também porque Plutão em trânsito tem estado a fazer uma quadratura ao seu Sol nos últimos anos, trazendo vestígios do cancro, do chacra da base (regido por Plutão) à luz do dia.
Stevie Ray Vaughan: O Prodígio da Guitarra
The
Passou à pouco o aniversário do nascimento de Stevie Ray Vaughan (3 de outubro de 1954 – 27 de agosto de 1990) – um “avatar da guitarra”. Foi unanimemente considerado um dos mais influentes guitarristas elétricos da história da música e uma das figuras mais importantes do revivalismo dos blues nos anos 1980. Disse Eric Clapton:
“De repente tive este flash que já antes tinha experimentado por diversas vezes sempre que o tinha visto tocar, de que ele era como um canal. Um dos canais mais puros que já alguma vez vi, em que tudo o que ele cantava e tocava fluía diretamente dos céu. Quase como um daqueles tipos místicos Sufis com um dedo a apontar para cima e outro a apontar para baixo … Eles [Vaughan e Hendrix] ambos tocavam fora de si, sempre que agarravam nos seus instrumentos, como se não houvesse amanhã.”
Neptuno é o místico, e o Sol-Mercúrio de Vaughan e especialmente Neptuno em Balança – em quadratura a Júpiter-Urano em Caranguejo constituíram o seu “canal” aquoso de inspiração superior; a desvantagem disto foi a sua dependência do álcool e da cocaína. Tendo ascendente Virgem deu uma incrível atenção à técnica disciplinada, não muito diferente do seu colega músico, multi-instrumentalista, ascendente Virgem, Ian Anderson dos Jethro Tull. Ou o virginiano, virtuoso do violino, David Garrett. Também com Marte em Capricórnio exaltado, em oposição a Júpiter exaltado em Caranguejo, um indivíduo excede-se pela excelência!
Também algumas semelhanças astrológicas com Hendrix, Lua em Sagitário – a guitarra como a seta do arqueiro ou lança! Hendrix também tinha Júpiter em Caranguejo mas era de uma geração de Júpiter 12 anos mais nova. Júpiter está exaltado em Caranguejo e acede a Neptuno, o regente esotérico deste signo – trazendo inspiração superior. (vejam aqui uma pequena peça dos diários de viagens do autor, sobre Hendrix.)
Tendo-se desintoxicado e reabilitado, morreu tragicamente num desastre de helicóptero alguns anos mais tarde. Apreciem o mestre aqui nesta versão de Voodoo Chile, a única com Hendrix. (Também recomendado Stevie Ray Vaughan Live at Montreux 1985)
“E se eu nunca mais te encontrar neste mundo
Então eu vou, eu vou encontrar-te no próximo
E não te atrases, não te atrases” (De Voodoo Chile por Hendrix)
O Espirito de Paz
Quando deu instruções sobre o uso da versão original da Grande Invocação nos anos que antecederam o início da II Guerra Mundial, o Tibetano falou sobre a invocação de um grande Ser conhecido como o Espírito de Paz. Ele deu essas instruções porque Ele e os Mestres de Sabedoria conseguiam ver o crescimento do fascismo na Europa e o ciclo kármico que estava para acontecer. O mantra foi dado, de certa forma, como uma medida de emergência mas também porque tinha chegado o momento de ser dado à Humanidade, no amanhecer da Era Aquariana:
“O Espírito de Paz … é um Agente interplanetário de grande poder Cuja cooperação foi prometida – se todos os aspirantes e discípulos conseguirem cooperar para romper a concha do separatismo e ódio que mantém escravizado o nosso planeta. O Espírito de Paz … é essa misteriosa e divina Entidade com A qual o Cristo entrou em contacto, Cuja influência exercida por Seu intermédio Lhe concedeu o direito de ser chamado o “Príncipe da Paz.” 11
A utilização desta Invocação ajudou certamente a invocar os “Senhores da Libertação” por cujo intermédio as Forças Aliadas foram capazes de triunfar no grande Kurukshetra:
“A necessidade de retirada [por parte da Hierarquia] foi evitada. Não vos posso dizer de que forma, mas apenas que os Senhores da Libertação tomaram algumas medidas inesperadas. E isto Eles foram levados a fazer graças aos poderes invocativos da humanidade, utilizados de forma consciente por todos aqueles que estavam do lado da vontade-para-o-bem e de forma inconsciente por todos os homens de boa vontade.
Devido a essas medidas, os esforços daqueles que lutavam no domínio da ciência pelo estabelecimento do verdadeiro conhecimento e das corretas relações humanas, foram auxiliados. A tendência do poder para conhecer e para descobrir (uma forma definida de energia) foi desviada das exigentes mentes invocativas daqueles que procuravam destruir o mundo dos homens, levando a uma forma de torpor mental. Aqueles que procuravam enfatizar os valores corretos e a salvação da humanidade foram simultaneamente estimulados até atingirem o ponto de sucesso.” 12
Da mesma forma, nesta crítica terceira fase das Guerras Mundiais que está atualmente a decorrer, sobretudo no plano mental, estes Seres, em conjunto com o Espírito de Paz, podem ser invocados por grupos de meditação e indivíduos em qualquer lugar – tal é a extrema urgência destes tempos.
Considerem utilizar este mantra em cada meditação de lua cheia a que assistam. (Imprimam-no e distribuam cópias de forma a que toda a gente possa participar fazendo soar o mantra.) Pode ser utilizado isoladamente ou com a segunda parte da Grande Invocação que a maioria dos grupos usa atualmente.
“Quando o pensamento por detrás da Grande Invocação puder ser levado a um nível suficientemente alto na consciência daqueles que a usam, num esforço conjunto entre os discípulos mundiais e a Hierarquia de Luz – sendo também reforçada pelas Forças da Luz – então o Espírito de Paz pode ser invocado.”13
A Versão Original da Grande Invocação
Que as forças da luz iluminem a humanidade.
Que o Espírito de Paz de difunda pelo mundo
Que as forças da Luz iluminem a humanidade.
Que o Espírito de Paz se difunda pelo mundo.
Que os homens de Boa Vontade de todas as partes se unam em espírito de cooperação.
Possa o perdão concedido por todos os homens ser a nota-chave desta era.
Que o Poder assista aos esforços dos Grandes Seres.
Que assim seja e que sejamos ajudados a cumprir a nossa parte – 1935
Que surjam os Senhores da Liberação.
Que surja o Cavaleiro do Lugar Secreto e que com a Sua vinda salve.
Vem Ó Todo-Poderoso.
Que as almas dos homens despertem para a Luz.E que permaneçam em conjunta intenção.
Que o Senhor pronuncie a Palavra:
Chegou o fim do sofrimento!
Vem Ó Todo-Poderoso.
A hora do serviço da força salvadora já chegou.
Que se difunda pelo mundo! Ó Todo-Poderoso.
Que a Luz, o Amor, o Poder e a Morte.
Cumpram o propósito Daquele que vem.
A VONTADE de salvar está presente.
O AMOR para levar a cabo o trabalho, está amplamente difundido pelo mundo.
A AJUDA ATIVA de todos aqueles que conhecem a verdade, também está presente.
Vem Ó Todo-Poderoso Uno e funde os três.
Constrói um grande muro defensor.
O reinado do mal deve terminar agora. – 1940
___________________________________
“Quando os aspirantes e discípulos mundiais utilizarem esta Invocação, a primeira frase leva a consciência para a Hierarquia de Luz, que é o centro intermediário entre a Humanidade e Shamballa. Serve portanto para enfatizar e criar uma estreita relação, juntando e fundindo os centros humano e hierárquico.
Quando isto acontecer, a Hierarquia pode então utilizar esta Grande Invocação com maior potência e pode levar esta relação a um estado ainda mais elevado e produzir uma junção com o centro de Shamballa, onde se encontram as Forças de Luz sob a forma de Presenças personificadas e onde a Sua focada energia serve para providenciar grandes reservatórios de luz e amor.”14
Unidade, Paz e Abundância
“Hoje em dia não há nenhum homem pensador numa posição proeminente que nos seus momentos de maior elevação não aprecie a necessidade da paz mundial, da ordem internacional e do entendimento religioso – conduzindo todos estes fatores, em última análise, à estabilidade económica. A ordem correta pela qual os homens vão encontrar essa estabilidade é aquela máxima antiga que certas irmandades desde sempre enfatizaram: – Unidade, Paz e Abundância. Elas seguem sequencial e automaticamente de uma para a outra.15
Phillip Lindsay © 2016.
Clique aqui para Balança 2016 (2ª Parte): Compreender a Agonia da Síria
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.238. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.251. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.251. [↩]
- A Treatise on White Magic, Alice A. Bailey. p.376. [↩]
- Unpublished letters regarding the Discipleship in the New Age books. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.189. [↩]
- The Reappearance of the Christ, Alice A. Bailey. pp.33-4. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.248. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.244-5. [↩]
- Wikipedia [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.26. [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.494. [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.160. [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. pp.159-160. [↩]
- Esoteric Psychology II, Alice A. Bailey. pp.659-60. [↩]