Touro 2017. Wesak. Buda. Shiva. Vulcano. Aldebaran. Oppenheimer. Coreia do Norte.
Shiva montado no seu “vahan” ou veículo. Nandi o Touro.
Nota-chave de Touro
“Eu vejo, e quando o olho está aberto tudo fica iluminado.’’
(Lua cheia: 10 de maio de 2017. 22:42 GMT)
“A Palavra da Alma é, ‘’Eu vejo, e quando o olho está aberto tudo fica iluminado.’’ O olho do Touro cósmico de Deus está aberto e dele irradia luz sobre os filhos dos homens. O olho da visão do homem individual deve igualmente abrir-se como resposta a esta luz cósmica.”1
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“Vocês realmente acreditam e conseguem manter de forma prática a crença de que o Buda nesse dia [Wesak], em cooperação com o Cristo e com a Hierarquia das Mentes Iluminadas, com a ajuda de alguns Tronos, Principados e Poderes de Luz [Arcanjos], que são a correspondência mais elevada dos poderes das trevas – aguarda para prosseguir com os planos de Deus, quando lhes for dado o direito e a permissão pelo homem?”2
Wesak é o Festival Mais Importante do Ano
Desejo e o Buda
Taurus o Touro: Nandi, Vulcano e Shiva
Aldebaran: O Olho do Touro Cósmico
Robert Oppenheimer e a Guerra Nuclear
Libertação da Energia Nuclear: “Um grande Acontecimento Espiritual”
A Propaganda do Medo das Armas Nucleares: EUA e Coreia do Norte
“A Guerra Nuclear não será Permitida”
Wesak é o Festival Mais Importante do Ano
“O Mês de Maio tem um profundo significado para todos aqueles que estão afiliados com a Grande Loja Branca (como estão todos os verdadeiros esoteristas), e no qual tem lugar o Festival de Wesak, um momento de grande e profunda importância. Este período é sempre de grande interesse e de rara oportunidade…”3
A importância dos três primeiros festivais espirituais do ano – Carneiro, Touro e Gémeos – nunca será por demais enfatizada – embora tenhamos de sondar o seu significado para o experienciar. Touro assinala o nível máximo da maré do ano espiritual, devido ao facto daqueles Seres Libertos que guiam a Humanidade se reunirem no conclave anual.
Eles reúnem-se para receber, literalmente, a “Palavra de Deus”, o novo impulso que foi dispensado em Carneiro – e transmitem o anualmente alterado Plano Planetário para a Humanidade – através dos seus vários ashrams subjetivos de trabalhadores. Tudo isto é planeado de acordo com os ciclos astrológicos e de raio, as constantes mudanças da situação mundial e a cooperação com a humanidade, que deve ser livre para determinar o seu próprio destino.
A oportunidade de qualquer festival de Lua cheia está em cada um poder ligar-se e trabalhar subjetivamente em meditação com outros co-trabalhadores e grupos por todo o planeta. Isto decorre durante cinco dias – 2,5 dias antes e 2,5 dias depois do momento exato da Lua cheia, mas para a maior parte dos participantes o período de 24 horas antes do momento exato é o período mais potente para dar o seu contributo – se não puder ser na hora exata.
Touro-Wesak é verdadeiramente o ponto alto do ano devido ao alinhamento que acontece entre os nossos mais exaltados guias planetários e a humanidade. O triângulo formado por Buda, Cristo e Sanat Kumara (no plano etérico ou sobre o plano físico), ligado num ritual sagrado com os Mestres de Sabedoria reunidos – por sua vez, alinhados com os seus respetivos ashrams de raio de aspirantes, discípulos e iniciados – todos posicionados e preparados para ancorar e disseminar o novo impulso emitido no mês anterior de Carneiro. A evolução dévica ou angélica está também profundamente envolvida durante todo o acontecimento – daí o “Trono, Principados e Poderes de Luz” – na passagem do início da página.
Wesak é importante porque é o único momento do ano em que Buda se re-liga com este planeta, praticamente liberto das suas responsabilidades aqui, mas ainda desempenhando um papel importante nesta fase de transição entre as eras zodiacais e as raças-raízes. À medida que os dois principais grupos da Cadeia Terrestre e da Cadeia Lunar se integram, o papel de Buda será assumido pelo seu irmão chegado O Cristo, o que marcará um momento importante na história planetária e que terá reverberações em todo o Sistema solar.
Desejo e o Buda
O Buda encarnou em Touro e o seu principal ensinamento foi o de nos auto-libertarmos da natureza do desejo que mantém a humanidade presa à roda do samsara – “os indefinidamente repetidos ciclos de nascimento, sofrimento e morte causados pelo karma”. Desejo em todas as suas expressões – sexo, comida, felicidade e até experiências espirituais.
No indivíduo pouco desenvolvido, Touro é governado pelo desejo egoísta mas com alguma aspiração, vivendo de acordo com a “luz da terra” – no centro do sacro e no plexo solar, o assento do corpo astral ou corpo dos desejos. O regente de Touro, Vénus, é visto aqui na sua mais conhecida expressão emocional – regendo o sexo, desejo de comida, prazer, sensualidade, conforto e “amor” emocional.
Todos estes desejos continuam presentes e expressos na fase avançada do discípulo ou do iniciado, mas em vez de serem satisfeitos há um gradual abandono, para deles usufruir como parte da experiência humana, mas não para por eles ser usado.
“Vénus é conotada nas nossas mentes, mesmo que tenhamos apenas um vislumbre da verdade oculta, com aquilo que é mental, que diz respeito à sublimação final, com aquilo que lida com sexo e com aquilo que tem de funcionar sob forma de expressão simbólica no plano físico. Estes são os conceitos principais que entram nas nossas mentes quando Vénus e Touro são considerados em uníssono.”4
No indivíduo avançado, o desejo foi transformado de certa forma numa aspiração maior e o indivíduo vive mais no interior da “luz do amor” – o centro do coração estando em fase relativamente desperta. As trevas dão lugar à luz e à iluminação, o olho do Touro está aberto e espiritualmente corresponde ao terceiro olho, ou “olho único”.
O movimento do plexo solar para o coração é um elemento chave do paradigma desejo-aspiração. O mesmo se passa com a repolarização do sacro para a garganta – procriativo para criativo. Aqui Vénus está a funcionar numa frequência mais elevada como a “deusa do amor” e é esotericamente o princípio mental que governa a Taurina “aquisição de conhecimento”.
No discípulo ou iniciado, é o “viver iluminado”, porque Touro no seu ponto mais elevado é a “mãe da iluminação” – o centro da cabeça está mais desperto nesta fase, “a luz da vida”, a trabalhar em linha com o centro do coração. A Lua está exaltada em Touro, refletindo de forma brilhante a luz solar durante a Lua cheia, revelando Vulcano o regente esotérico – associado ao princípio solar pela sua grande proximidade do Sol – As chispas solares voam da fornalha de Vulcano. Vénus, como regente do quinto raio da ciência e do conhecimento está a trabalhar na sua mais elevada iluminação, transformada em Sofia Sabedoria.
Taurus o Touro: Nandi, Vulcano e Shiva
Taurus o Touro é o símbolo da fertilidade e também da Vontade – dado que trabalha por intermédio de Vulcano, o regente da alma de Touro. A constelação das Plêiades que faz parte de Touro, representa a “mãe cósmica” ou princípio da inteligência. Na mitologia, Vulcano era o marido de Vénus – o deus “mais feio” e coxo unido com a deusa mais bela. Daí Touro expressar uma profunda alegoria sobre a unificação da mente e da matéria, alma e personalidade, a bela e o monstro, espírito e forma.
Na tradição hindu, Shiva é o equivalente de Vulcano, representando o primeiro raio da vontade-poder. Nandi o touro é o veículo de Shiva, o “jiva” ou alma. O centro ajna ou chakra frontal está relacionado com o terceiro olho, o “olho do touro” ou “olho de Shiva” – mas não é esse olho propriamente dito:
“Taurus, os chifres do Touro virados para cima com o círculo por baixo, retratando o empurrar do homem, o Touro de Deus, para o objetivo da iluminação e o emergir da alma a partir da escravidão, com os dois chifres (dualidade) protegendo o “olho de luz” no centro da testa do Touro; este é o “olho único” do Novo Testamento que faz com que “todo o corpo fique cheio de luz”.5
Em Touro – Desejo é transmutado em aspiração, as trevas dão lugar à luz e iluminação, o olho do Touro está aberto, que é o terceiro olho espiritual, ou o “olho único”.6
“A luz do olho do touro conduz a alma através de revelações contínuas e é construída pelo aspirante, tendo uma correspondência com a mente concreta, “com a sua capacidade para interpretar o meio envolvente e experiência … Existe em matéria etérica e pode também atuar como uma lente ou um coletor de luz dos mundos internos e mais elevados.”7
Um dos fatores chave que se relaciona com um uso prático destas faculdades está no seguinte,
“Uma das regras fundamentais que está na base de todos os processos mágicos é a de que nenhum homem é um mago ou trabalhador da magia branca, até que o terceiro olho se abra, ou em fase de abertura, pois é por meio desse olho que o pensamento forma é energizado, dirigido e controlado e os construtores menores ou forças são arrastados para qualquer linha determinada de atividade.”8
Aldebaran: O Olho do Touro Cósmico
“O olho do Touro cósmico de Deus está aberto e dele irradia luz sobre os filhos dos homens.”
Será que podemos considerar a estrela fixa Aldebaran como tendo alguma influência sobre nós a partir da sua posição na constelação de Touro? Existem várias estrelas fixas importantes proeminentes quanto à sua influência sobre a humanidade – Sirius, Polaris, as Apontadoras (Merak e Dubhe), Regulus, Castor e Pólux – para nomear algumas.
Aldebaran é mencionada por H.P. Blavatsky relativamente ao acompanhamento de sua conjunção com o ponto equinocial vernal por ciclos de tempo muito longos.9 HPB dá o seu significado – “Aquele que segue ou alcança as filhas de Atlas, ou as Plêiades – olhando para baixo a partir do olho de Touro”. Nos livros de Alice A. Bailey, Aldebaran nunca é, de forma notória, mencionada pelo nome, mas há muitas referências ao “olho do touro”:
“Todo o segredo do propósito e plano divinos está escondido neste signo [Touro], devido fundamentalmente à relação das Plêiades com a constelação, a Ursa Maior e com o nosso sistema solar. Isto constitui um dos mais importantes triângulos em toda a nossa série de relações cósmicas e essa importância também é reforçada pelo facto do “olho do Touro” ser o olho da revelação …
… Esta força de Shamballa é o que “impele ou intensifica a luz pela remoção de obstruções e procede de lugares distantes, derramado através do olho da iluminação para aquelas esferas de influência e sobre o pesaroso planeta, a Terra, impelindo o Touro na sua corrida para a frente.” Assim diz o Antigo Comentário.10
Sim, o nosso “pesaroso” planeta – e ainda mais se a Humanidade não estiver à altura da ocasião para abordar todos os males planetários que criou. Touro, sendo um signo de terra com a Lua exaltada, é a Mãe Terra – e ela está atualmente num estado doente e pesaroso.
J. Robert Oppenheimer e a Era Nuclear
Touro é um signo de iluminação espiritual e também um signo de poder – através de Vulcano, o seu regente esotérico, corregente do primeiro raio da vontade ou poder. Tal como mencionado noutras newsletters, ditadores como Hitler e Saddam Hussein tinham Touro proeminente nos seus horóscopos.
Pelo facto de Vulcano ser um “planeta sagrado” e o regente esotérico de Touro, isso não significa que tenha uma expressão harmoniosa através de um indivíduo – isso depende sempre do estágio evolutivo da sua alma. Vulcano está relacionado com os minerais e metais da terra – que ele transforma na sua bigorna em objetos de beleza, mas também em armas de Guerra – espadas, escudos, bombas e espingardas – para usar exemplos antigos e modernos.
“O regente esotérico de Touro é Vulcano, o forjador de metais, aquele que trabalha na mais densa, mais concreta expressão do mundo natural … Vulcano … dando forma aos instrumentos de Guerra quando a guerra e o conflito são os únicos meios pelos quais pode chegar a libertação … então Vulcano toma conta e – desde a Idade Média – traz o reino mineral, “as profundezas de onde deve vir o sustento” sob o controlo humano.”11
Podemos ver aqui como o terreno Touro está ligado ao reino mineral e a Vulcano, cuja morada se situava no mundo subterrâneo na sua oficina de ferreiro. Urânio, a matéria-prima utilizada para a indústria e armas nucleares é um dos produtos do reino mineral. A bomba nuclear foi desenvolvida e usada durante a 2ª Guerra Mundial num esforço para derrotar os Poderes do Eixo – e foi bem-sucedida no objetivo de pôr termo ao conflito.
Robert Oppenheimer era o director do Laboratório de Los Alamos e é relacionado com outros como tendo sido o “pai da bomba atómica” pelo seu papel no Projeto Manhattan. Oppenheimer tinha o sol em Touro, com Marte e Mercúrio no mesmo signo. Daí poder dizer-se que ele era “o homem certo para a função” de trabalhar com urânio. Na escola era um aluno versátil em literatura inglesa e francesa, com um particular interesse em mineralogia!
“O reino mineral é governado astrologicamente por Touro e há uma relação simbólica entre o “olho” na cabeça do Touro, o terceiro olho, a luz na cabeça e o diamante. A consciência do Buda foi chamada o “olho de diamante.””12
É interessante notar que existe um diamante chamado “Oppenheimer blue” cujo nome lhe foi atribuído por Philip Oppenheimer (não há qualquer relação) o falecido presidente da empresa de comércio de diamantes, De Beers. (A empresa foi fundada em 1888, o mesmo ano em que foi produzida uma outra grande joia, A Doutrina Secreta, de H.P. Blavatsky.)
Tal como o seu companheiro, Einstein, Oppenheimer possuía o gene do “génio judeu”, completando o 3º e 4º ano num ano e saltando metade do 8º; finalmente licenciou-se em física em Harvard. Touro é um signo conhecido por ser, por vezes, desajeitado e Oppenheimer era reconhecido como tal no laboratório (um touro numa loja de porcelana?), daí ele estar mais adaptado à física teórica do que à física experimental.
Quando era jovem Oppenheimer exibia também alguns traços de brutalidade e violência, refletido pelo seu Marte em Touro – “Marte está em detrimento neste signo. A sua atividade junta-se constantemente à natureza bélica de Touro”.13
Ele confessou uma vez que tinha deixado uma maçã embebida em químicos tóxicos na secretária de uma professora que ele odiava. Numa outra vez saltou em cima de um amigo e tentou estrangulá-lo, aparentemente porque sofria de uma profunda depressão para a qual deve ter contribuído a sua Lua em Caranguejo.
Oppenheimer era um típico ascendente Gémeos – alto, magro, intenso e um fumador inveterado. Gémeos era também o propósito da sua alma, o que significou desenvolver capacidades de ligação com pessoas e de ser um comunicador. Os Geminianos são com frequência multi-linguistas e com 24 anos de idade ele visitou a Universidade de Leiden na Holanda , onde impressionou ao dar palestras em holandês, apesar de ser um nativo Nova Iorquino sem grande experiência da língua.
O outro fator sintetizador de Gémeos e do sucesso da alma de Oppenheimer foi o de ter “conseguido juntar intelectuais no auge das suas capacidades e de uma variedade de disciplinas – para responder às mais pertinentes questões do momento.”14 Em 1933, quando tinha 29 anos, aprendeu Sânscrito enquanto decorria o seu trânsito de Saturno, o que é um indicador de profundas afiliações passadas com a civilização e tradição Hindu:
“Ele conheceu o indólogo Arthur W. Ryder em Berkeley. Leu o Bhagavad Gita no Sânscrito original e mais tarde referiu que era um dos livros que mais moldou a sua filosofia de vida. O seu confidente e colega Isidor Rabi, laureado com o Prémio Nobel, deu mais tarde a sua própria interpretação:
“Oppenheimer era muito instruído nesses temas que estão para além da tradição científica, tais como o seu interesse na religião, em particular na religião Hindu, o que resultava numa sensação de mistério relativamente ao universo que o rodeava como um nevoeiro. Ele via a Física de uma forma clara, olhando para o que já tinha sido feito, mas no limite ele tinha tendência a sentir que havia muito mais mistério e inovação do que realmente havia … [ele] virou as costas aos duros e rudimentares métodos da física teórica para se virar para um reino místico de intuição alargada.”15
Esta intuição foi desenvolvida por intermédio de Vénus, o regente esotérico deste propósito da alma de ascendente Gémeos, sem dúvida o planeta mais importante no seu mapa. Vénus está posicionada em Carneiro,
“O poder de Vénus [mente] é diminuído neste signo … quando o Sol está exaltado [em Carneiro] e brilha em toda a sua glória, os outros luminares menores desvanecem. Tal como a personalidade se perde de vista na presença da luz da alma, o anjo Solar, assim a alma, ela própria desaparece e o seu poder e radiância desvanecem-se, quando a Presença, que até ali esteve velada, aparece e domina a cena … a mente dá lugar à intuição e a razão à perceção pura.”16
A ajudar ao poder de Vénus em Carneiro, é a sua conjunção próxima com Júpiter, o planeta do expansivo Amor-Sabedoria, refletindo os diversos e pioneiros esforços de Oppenheimer em tantos campos – à semelhança da incontável progenitura que Zeus-Júpiter produz na mitologia Grega. A sua conjunção Júpiter-Vénus reflete também uma natureza generosa:
“Quando o seu pai morreu em 1937, deixando $392.602 [uma grande fortuna para aquela altura] para serem divididos entre Oppenheimer e o seu irmão Frank, Oppenheimer imediatamente escreveu um testamento legando o seu património à Universidade da Califórnia para bolsas de estudo.”17
Com Neptuno a ascender em Caranguejo perto do seu ascendente Gémeos, Oppenheimer era um sonhador, místico e visionário – habitando um “reino místico de intuição alargada”. Através do trabalho da sua vida e do desenvolvimento da intuição, o seu “olho do touro” sem dúvida, desenvolveu uma função elevada.
Com Neptuno a ascender em Caranguejo perto do seu ascendente Gémeos, Oppenheimer era um sonhador, místico e visionário – habitando um “reino místico de intuição alargada”. Através do trabalho da sua vida e do desenvolvimento da intuição, o seu “olho do touro” sem dúvida, desenvolveu uma função elevada.
Aos 22 anos ele conheceu algumas das melhores mentes da Europa enquanto estudava na Universidade de Göttingen, um dos centros mais avançados do mundo da física teórica. Fez amigos como Enrico Fermi e Edward Teller. Era conhecido na altura por ser demasiado entusiasta nas discussões, ao ponto de tomar conta das sessões de seminário – um traço clássico sagitariano – ele tinha Urano em Sagitário em oposição ao seu sempre curioso ascendente Gémeos.
Urano está também a fazer um trígono ao seu Sol em Touro, por isso era uma personalidade muito uraniana, un cientista “excêntrico”, de avançada inteligência. Urano rege Aquário e, tanto planeta como signo, estão ligados à ciência exotérica, onde o lado oculto da natureza é penetrado pela mente científica. Oppenheimer tinha também Saturno em Aquário na casa 9, da autoridade académica, refletindo bastante o seu interesse (e karma) pela ciência.
Saturno faz também uma quadratura ao seu Mercúrio em Touro – um ponto mental de tensão a partir do qual ele trabalhou naquela vida; provavelmente, por vezes, provocou-lhe uma enorme frustração e pode ter também contribuído para a sua depressão e para a sua intensidade. O seu irmão espiritual, Einstein (Ver a newsletter Peixes 2017) com quem ele se encontrou e trabalhou, tinha uma conjunção Mercúrio-Saturno, muito mais harmoniosa do que a quadratura Mercúrio-Saturno.
Oppenheimer fez importantes pesquisas no domínio da astronomia teórica, relacionadas com a relatividade geral e teoria nuclear, física nuclear, astro-física, espectroscopia, teoria do campo quântico e eletrodinâmica. O seu trabalho previu muitas descobertas posteriores, que incluíram o neutrão, mesão, pulsar e buracos negros.18
O seu trabalho sobre o colapso gravitacional relacionando estrelas de neutrões e buracos negros foi considerado por alguns físicos e historiadores como tendo sido a sua maior contribuição. Oppenheimer considerava que o seu melhor trabalho tinha sido sobre eletrões e positrões; foi nomeado para o Prémio Nobel da física por três vezes, em 1945, 1951 e 1967, mas nunca ganhou.19
Para este último facto podem ter contribuído as suas “simpatias comunistas” que resultaram em ter sido vigiado pelo FBI e depois o seu ativismo político franco que se desenvolveu após a Segunda Guerra Mundial, fruto da preocupação com a proliferação nuclear. Mas isto foi provavelmente devido sobretudo ao facto de,
“… as suas atenções científicas mudavam de forma rápida e com muita frequência, nunca trabalhava durante o tempo suficiente num tópico e o levava até ao fim para merecer o Prémio Nobel.”20 Isto é um bom exemplo do típico malabarista Gémeos que não acompanha aquilo que foi iniciado até à sua finalização, simbolizado pelo seu oposto polar, Sagitário.
O Projeto Manhattan
Contudo, foi trabalho de Oppenheimer o desenvolvimento da bomba nuclear no Projeto Manhattan em Los Alamos, Novo México – onde ele realmente teve a sua melhor fase. Aqui foi onde ele juntou a sua grande mente científica com as suas capacidades de comunicação e aprendeu o que realmente significava ser um facilitador de um grupo aquariano (Saturno em Aquário):
“Oppenheimer lançou-se ao projeto com todo o vigor. Foi-lhe dado o título de “Coordenador de Rutura Rápida” referindo-se especificamente à propagação de uma cadeia rápida de neutrões numa bomba atómica. O general Groves detetou também em Oppenheimer o que outros não detetaram, uma “ambição arrogante” que Groves considerou poder fornecer a motivação necessária para levar o projeto a uma conclusão bem-sucedida.
Oppenheimer no início teve dificuldade com a divisão organizacional de grandes grupos, mas rapidamente aprendeu a arte da administração em larga escala depois de ter assumido residência permanente na mesa. Destacou-se pela sua mestria em todos os aspetos científicos do projeto e pelos seus esforços para controlar os inevitáveis conflitos culturais entre cientistas e militares. Ele era uma figura icónica para os seus colegas cientistas, mais do que um diretor científico ele era um símbolo daquilo para o que eles estavam a trabalhar. Victor Weisskopf disse-o da seguinte forma:
“Oppenheimer dirigiu estes estudos, teóricos e experimentais, no verdadeiro sentido das palavras. Aqui a sua incrível velocidade [Gémeos] para agarrar os principais pontos de qualquer assunto foi um fator decisivo; ele conseguia familiarizar-se com os detalhes essenciais de cada parte do trabalho.
Ele não dirigia a partir do escritório central. Ele estava física e intelectualmente presente em cada passo decisivo. Ele estava presente no laboratório ou nas salas dos seminários, quando um novo efeito era medido, quando uma nova ideia era concebida. Não era o facto de contribuir com muitas ideias ou sugestões; fê-lo algumas vezes, mas a sua principal influência vinha de algo diferente. Era a sua contínua e intensa presença que produzia em todos nós uma sensação de participação direta; criava aquela atmosfera única de entusiasmo e desafio que permeava o lugar durante o tempo todo.”21
Aqui está um bom exemplo do Saturno em Aquário de Oppenheimer relativamente à organização de grupo. Nos últimos dois anos críticos que antecederam 1945 (quando parecia que os nazis os iam vencer na construção da bomba atómica), Saturno em trânsito estava em Gémeos – em trígono ao Saturno natal, em conjunção com o seu Sol progredido em Gémeos e em conjunção com o seu ascendente Gémeos, em meados de 1944. Isto permitiu realmente a Oppenheimer manter uma presença ubíqua, estimulando também o entusiasmo contagiante do seu Urano em Sagitário. Quando foi conduzido o primeiro teste atómico, em 16 e julho de 1945, o Sol estava em conjunção com a Lua em Caranguejo de Oppenheimer – o seu “bebé” tinha nascido:
“Oppenheimer referiu mais tarde que enquanto assistia à explosão, lembrou-se de um verso do livro sagrado hindu, o Bhagavad Gita (XI,12):
“कालोऽस्मि लोकक्षयकृत्प्रवृद्धो लोकान्समाहर्तुमिह प्रवृत्तः। ऋतेऽपि त्वां न भविष्यन्ति सर्वे येऽवस्थिताः प्रत्यनीकेषु योधाः॥११- ३२॥
“Se a radiação de mil sóis explodisse no céu ao mesmo tempo, esse seria o esplendor do todo poderoso …” Anos mais tarde ele explicaria que um outro verso também lhe veio à mente nesse momento:
“Agora eu sou a Morte, a destruidora dos mundos.” Ele disse, “Lembrei-me da frase do escrito Hindu, o Bhagavad Gita; Vishnu [Krishna] tenta persuadir o Príncipe [Arjuna] de que ele deve cumprir o seu dever e para o impressionar assume a sua forma com vários braços.”22
Algumas semanas mais tarde, a 6 de Agosto de 1945, a primeira bomba atómica foi lançada sobre Hiroshima. Oppenheimer tinha alguns trânsitos relevantes nesse dia:
- Era o seu retorno lunar em Caranguejo, proeminente na data da primeira explosão nuclear, semanas antes. Saturno em trânsito estava também por perto a atravessar Caranguejo.
| - O meio do céu progredido estava em conjunção com Júpiter, em Carneiro. Júpiter rege o seu meio do céu natal (carreira, trabalho) por isso, aqui é o culminar de uma carreira.
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Júpiter em trânsito estava em conjunção com o seu nódulo norte em Virgem – e em quadratura próxima ao seu ascendente Gémeos, refletindo o culminar do seu trabalho e planeamento meticulosos.
| - A Vénus progredida (o regente esotérico de Gémeos) estava em conjunção próxima com o seu Mercúrio em Touro, acionando a quadratura ao seu Saturno natal em Aquário – indicando talvez sucesso na resolução desta quadratura. Mercúrio-Vénus juntos representam a síntese da mente-intuição.
| - Urano em trânsito (urânio) estava a aproximar-se do seu Plutão (morte) em Gémeos.
| - Plutão em trânsito em Leão estava a fazer uma quadratura ao seu Marte em Touro – refletindo o incrível poder e violência da explosão. Mais uma vez, foi ativado o padrão da quadratura de Mercúrio a Saturno.
O Ashram de Cientistas
Quando ouvimos a palavra “ashram”, vêm-nos à mente imagens de um grupo sossegado de almas com vestes brancas deambulando num belo retiro de meditação. De facto, um ashram como este, é suposto replicar o verdadeiro ashram interno de almas com mentes afins, que procuram expressar um aspeto do Plano Planetário.
Na ciência dos sete raios e dos seus sub-raios, há 7 x 7 combinações de raios o que conduz aos 49 ashrams que existem nos planos internos; são constituídos por pessoal que avançou suficientemente na iniciação, o que lhes permitiu ganharem o “direito de admissão” a esses “postos de atendimento” do Plano Planetário. Toda a Humanidade gravita em torno desses centros de força ou “chacras menores” dentro do centro maior ashram/coração do planeta. Este processo de formação para ingresso num ashram é baseado no raio individual da alma, no karma e necessidade do momento. O alcance dos raios estende-se a todas as áreas da atividade humana – da política aos negócios, às artes e ciências.
Oppenheimer fazia parte de um “ashram de ciência” encarnado naquela altura – possivelmente de um ashram do quinto raio da ciência, regido por Vénus, ou do sétimo raio da Organização e Magia, regido por Urano – ou uma combinação de ambos. Existiam então, no início do século XX e existem hoje em dia neste culminar do 5.5.5 da Quinta Raça-Raiz, milhares de mentes brilhantes espalhadas pelo mundo, contribuindo para o novo ciclo aquariano – uma era estupenda de ciência que, se não for mal utilizada, beneficiará e libertará a Humanidade:
“Newton, Copérnico, Galileu, Harvey e os Curies, são, dentro da sua própria linha de força, portadores de luz e com graduação semelhante à de H.P.B. [Iniciados avançados, provavelmente do Terceiro Grau.] Todos revolucionaram o pensamento do seu tempo; todos deram um grande impulso para que a capacidade do homem conseguisse interpretar as leis da natureza e compreender o processo cósmico e, apenas aqueles cuja visão é limitada não conseguirão reconhecer a unidade dos muitos impulsos de força que emanam da Loja única [Ashram maior].”23
Cientistas como os Curie estiveram na linha da frente desta nova onda de cientistas em vias de encarnar no século XX:
“… a nova era [será] lançada pelos cientistas do mundo e … a inauguração do reino de Deus na Terra [será] anunciado através da investigação científica bem-sucedida.”24
A descoberta da radioatividade pelos Curie preparou o caminho para os cientistas nucleares que vieram depois:
“O poder dos raios cósmicos tem sido suscitado pela mais facilmente reconhecida radioatividade com a qual a ciência moderna está atualmente ocupada. Foram três discípulos do sétimo raio que “interpretaram” estes raios para o homem. Refiro-me aos Curie e a Millikan. Sendo eles próprios do sétimo raio, tiveram o equipamento psíquico necessário e a capacidade de resposta que lhes permitiu de forma intuitiva, reconhecer a sua própria vibração de raio no reino mineral.”25
Reparem na referência ao sétimo raio, indicando que eles podiam pertencer a um ashram do sétimo raio, uma combinação7/5. A frase, “equipamento psíquico necessário e a capacidade de resposta que lhes permitiu de forma intuitiva, reconhecer” – é muito importante, fazendo o paralelo com a intuição de Oppenheimer. Marie Curie foi também ajudada por uma muito sensível Lua em Peixes, num grande trígono a Urano e ao seu Sol em Escorpião – um grande trígono de água tal como Nostradamus! Ela tinha vários outros planetas em Escorpião, refletindo a sua capacidade para sondar profundamente a matéria, por detrás do véu de maya.
Oppenheimer pode bem ter pertencido a um ashram do Sétimo Raio, o raio da Organização e Magia. Estes cientistas são verdadeiros magos, ocultistas trabalhando como “cientistas do invisível” – com os invisíveis átomos e as suas emanações. O sétimo raio pode ter ajudado Oppenheimer – organizando o seu trabalho, pessoas e grupos. Podemos ver quão precursor foi o trabalho de Marie Curie para Einstein e Oppenheimer:
“Os seus feitos incluiram o desenvolvimento da teoria da radioatividade (um termo que ela criou), técnicas para isolar isótopos radioativos e a descoberta de dois elementos, polónio e rádio. Sob a sua direção, foram conduzidos os primeiros estudos mundiais para o tratamento de neoplasmas, usando isótopos radioativos … Marie [com científico ascendente Aquário] decidiu olhar para os raios do urânio [Urano] como possível campo de investigação para uma tese.”26
Libertação da Energia Nuclear: “Um grande Acontecimento Espiritual”
“Gostaria neste momento de abordar o maior acontecimento espiritual que aconteceu desde que o quarto reino da natureza, o reino humano, apareceu. Refiro-me à libertação da energia atómica, como foi noticiado nos jornais esta semana, 6 de agosto de 1945, relativamente ao bombardeamento do Japão.
… Com este primeiro passo da libertação da energia do átomo isto foi conseguido… Pouco é ainda conhecido quanto à verdadeira natureza deste acontecimento e ainda menos é compreendido…todas as grandes descobertas, tais como as relacionadas com a astronomia ou relativamente às leis da natureza ou envolvendo uma revelação como a da radioatividade ou o acontecimento do momento anunciado esta semana [agosto de 1945] relativamente aos primeiros passos dados para o aproveitamento da energia cósmica, são sempre o resultado da pressão interna que emana das Forças e Vidas que se encontram nos elevados Lugares.
Estas atividades são motivadas por Shamballa. Esta atividade é posta em ação por essas Vidas,trabalhando no Seu elevado plano e gradualmente causa uma reação nos vários departamentos da Hierarquia, particularmente aqueles que trabalham sob a direção dos Mestres [dos seus ashrams] do terceiro, quinto e sétimos raios. Finalmente, discípulos que se encontram nas atividades do plano físico [como Oppenheimer, Curie] tornam-se consciente do fermento interno e isto acontece tanto consciente como inconscientemente. Eles são “impressionados” e o trabalho científico tem então início e é conduzido através das várias fases de experimentação até ao sucesso final.”27
Reparem que Shamballa é o centro da cabeça planetário, a partir do qual a “vontade de Deus é dirigida” e que é muito proeminente no Festival de Wesak durante o período da Lua cheia de touro. De facto, a libertação do poder nuclear na 2ª GM, representou o “terceiro impacto de Shamballa” nos 18 milhões de anos da história da humanidade individualizada – ao longo de três raças-raiz.28
Relativamente a Oppenheimer ter sido impressionado – Gémeos é um dos signos mais impressionáveis do zodíaco – e são bons a causar impressões hilariantes! Mas o aquoso Neptuno em conjunção com o seu ascendente no psíquico signo de Caranguejo é talvez a verdadeira chave que lhe permitiu “tornar-se impressionável”. O Tibetano prossegue com a descrição terrível da situação mundial naquele tempo:
“A iminência desta libertação [do poder atómico] – inevitável e sob direção – produziu uma enorme tensão no ciclos hierárquicos porque (para expressar a ideia de uma forma coloquial) existia uma corrida entre as Forças das Trevas e as Forças da Luz para adquirirem a posse de técnicas necessárias para conseguir esta libertação de energia necessária. Tivessem as Forças das Trevas triunfado e tivessem os Poderes do Eixo obtido a posse das fórmulas químicas necessárias, isso levaria a um grande desastre planetário.
A energia libertada teria sido usada primeiro que tudo para conseguir a completa destruição de todas as forças que se opunham às forças do mal e depois seriam prostituídas para a preservação de uma crescente civilização materialista e não-idealista. À Alemanha não podia ser confiado este poder, pois todos as suas motivações eram … erradas …
… os japoneses … estão a ser derrotados por medidas de guerra física e pela destruição física do seu potencial de guerra e da morte do aspeto forma. Esta destruição … e a consequente libertação das suas almas aprisionadas é um acontecimento necessário; é a justificação para o uso da bomba atómica sobre a população japonesa. A primeira utilização desta energia libertada foi destrutiva, mas devo lembrar-vos que foi a destruição de formas e não a destruição de valores espirituais ou a morte do espírito humano—como era o objetivo dos esforços do Eixo.
“… a primeira utilização desta energia [atómica] foi a destruição material; isto foi inevitável e desejável; velhas formas (obstruindo o bem) tiveram de se destruídas; a demolição e desaparecimento daquilo que é mau e indesejável deve sempre preceder a construção do bom e desejável e o tão ansiado surgimento do que é novo e melhor.
… O uso construtivo desta energia e o seu aproveitamento para o melhoramento da humanidade é o seu verdadeiro propósito; Esta energia viva da própria substância, até agora calada dentro do átomo e aprisionada nestas fundamentais formas de vida, pode ser inteiramente transformada em algo que é bom e que pode provocar uma tal revolução dos modos da experiência humana que (vista apenas de um ângulo isolado) vai necessitar e trazer uma estrutura económica mundial inteiramente nova.
A libertação da energia do átomo está ainda numa fase extremamente embrionária; a humanidade pouco sabe sobre a extensão ou natureza das energias que foram tocadas e libertadas. Existem muitos tipos de átomos que constituem o “mundo da substância”; cada um pode libertar o seu tipo de força; este é um dos segredos que a nova era a seu tempo revelará, mas já foi feito um bom começo.
Chamaria a vossa atenção para as palavras, “a libertação de energia.” É a libertação a nota-chave da nova era, tal como tem sido sempre a nota-chave do aspirante espiritualmente orientado. Esta libertação começou com a libertação de um aspeto da matéria e libertando algumas das forças da alma no interior do átomo. Esta foi, para a própria matéria, uma grande e potente iniciação, tendo o seu paralelo nas iniciações que libertam as almas dos homens.”
“Está nas mãos dos homens das Nações Unidas proteger esta libertação de energia do mau uso [o que não acontece atualmente] e garantir que o seu poder não é prostituído para fins egoístas e propósitos puramente materiais. É uma “força salvadora” e tem em si o poder para reerguer, reabilitar ou reconstruir. O seu uso correto pode abolir a destituição, trazer conforto civilizacional (e não luxo desnecessário) para todos no nosso planeta; a sua expressão em formas de viver corretamente, se motivada por relações humanas corretas, produzirá beleza, cordialidade, cor, a abolição das atuais formas de doença, a retirada dos seres humanos de todas as atividades que envolvam viver ou trabalhar em subterrâneos, trará o fim a toda a escravatura humana, à necessidade de trabalhar ou de lutar por possessões ou coisas e tornará possível uma forma de vida que deixará o homem livre para prosseguir os objetivos mais elevados do Espírito.
A prostituição da vida para providenciar as necessidades básicas ou para tornar possível que uns quantos e privilegiados ricos tenham demasiado enquanto outros tenham muito pouco, chegará ao fim; [também ainda não está a acontecer!] os homens por todo o lado podem agora ser libertados para um estilo de vida que lhes proporcionará lazer e tempo para seguir objetivos espirituais, para realizar uma vida cultural mais rica e para alcançar uma perspetiva mental mais alargada.
Mas, meus irmãos, homens lutarão para evitar que isto se concretize; os grupos reacionários em cada país não reconhecerão esta necessidade nem desejarão esta nova ordem mundial, na qual a libertação da energia cósmica (mesmo nesta pequena escala inicial) possa ser possível; os interesses instalados, os grandes cartéis, fundos fiduciários e monopólios que controlaram as últimas décadas, que antecederam esta guerra mundial, mobilizarão os seus recursos e lutarão até à morte para evitar a extinção das suas fontes de rendimento; eles não permitirão, se o puderem fazer, a passagem de controlo deste ilimitado poder para as mãos das massas, a quem pertence por direito.
Os interesses egoístas entre os grandes acionistas, as firmas bancárias e as prósperas igrejas organizadas vão opor-se a todas as mudanças, exceto as que os beneficiem e lhes tragam mais ganhos financeiros para os seus cofres.”29
A Propaganda do Medo das Armas Nucleares: EUA e Coreia do Norte
O mundo hoje em dia mudou muito desde a 2ª Guerra Mundial e a terrível predição de DK continua a desenrolar-se – “os grandes cartéis, fundos fiduciários e monopólios que têm controlado, mobilizarão os seus recursos e lutarão até à morte para evitar a extinção das suas fontes de rendimento”.
Adicionalmente e desde então, tem havido uma enorme revolução tecnológica que tem criado um refinamento excessivo de armas, juntamente com a consolidação e expansão do poder pelo complexo industrial militar (MIC). President Eisenhower warned about this problem back in the 1960’s.
O recente brandir de armar pelos respetivos líderes da Coreia do Norte e dos EUA não têm ajudado a melhorar a situação, provavelmente de forma deliberada, semeando medo e dúvida, ameaçando bombardear o Japão, a Austrália ou os EUA. A fanfarronice é verdadeiramente patética – de dois líderes/miúdos de escola – meninos, não acham que já chega de se medirem um ao outro?
Os comentários contraditórios e a deambulação mental do presidente dos EU são também assunto de grande preocupação para muitos americanos; desafia a lógica pensar que que ele se tenha tornado presidente – mas claro que metade da nação votou nele! No entanto, os generais, o MIC, os Neoconservadores em Washington, thinktanks [Grupos de Reflexão] e grupos de pressão, Democratas e também Republicanos – estão todos a conduzir a política externa na Coreia do Norte, Síria, Rússia e China.
Coreia do Norte (Neville Lang rectified version.)
Os exageros por parte da Coreia do Norte já vêm desde há algum tempo – e isto acontece devido à posição da Lua em “exagittarius” [N.T.: O autor faz o trocadilho de exagerado com Sagitarius] dominando o meio do céu do seu mapa natal. Júpiter está também posicionado em Sagitário em quadratura ao seu Sol em Virgem, criando grandes distorções na expressão da sua personalidade. O Sol em quadratura a Júpiter é o clássico “fala-barato”.
E para atear mais o fogo, a Lua de Donald Trump em Sagitário cai sobre o Júpiter natal da Coreia do Norte! A Coreia do Norte encontrou o seu par ideal no domínio da estupidez extrema e das afirmações pouco construtivas! Estes dois líderes podem querer fazer a próxima versão do filme Débi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros [no Brasil] e Doidos à Solta [em Portugal]! Daí a guerra de palavras – fanfarronice chata e teatro com maus atores.
Kim Jong Un
A assinatura sagitariana é corroborada no horóscopo de Kim Jong Un com um stelium de Vénus, Júpiter, Urano e Neptuno, todos neste signo! Saturno, atualmente em trânsito, está a passar por cima do seu Júpiter no segundo de três embates, sem dúvida criando algum refreamento e hesitação em concretizar as suas ameaças – que, claro, partem do Estado ao mesmo tempo que o líder representa a tradição. Este tipo de arrogância aparentemente tem funcionado bem para a Coreia do Norte em termos de negociação e de sanções.
Plutão em trânsito (plutónio) tem também estado a fazer um trígono ao Sol da Coreia do Norte em Virgem e vai continuar a fazê-lo ao longo de 2017, dando-lhes alguma confiança em exercer o seu poder, no entanto longe da capacidade nuclear que eles possam ter.
A Coreia do Norte tem uma longa e complicada história com a ocupação pelos japoneses (1910-1945) e Rússia (1945-1950). Depois, claro, tem uma longa e tumultuosa história com os EUA depois de ter dividido a Coreia ao meio em 1945 e lutado com os norte-coreanos, 1950-1953.
Os militares norte-coreanos invadiram grande parte da Coreia do sul em junho de 1950. Os EUA, como força líder das Nações Unidas, intervieram para defender o Sul. Rapidamente avançaram para a Coreia do Norte mas as forças chinesas intervieram por parte da Coreia do Norte. Não foi uma guerra civil entre norte e sul, mas uma guerra por procuração travada entre duas superpotências – EUA e Rússia. Muita destruição se seguiu nesta guerra de 1950 – mais de um milhão de civis mortos e praticamente todos os edifícios da Coreia do Norte foram destruídos.
EUA e Rússia evitavam entrar em guerra aberta ou usar armas nucleares. Em vez disso, a guerra fria alastrava para a Europa e agora os Neoconservadores nos EUA estão a tentar reavivar aquela velha guerra fria com a sua campanha de propaganda contra a Rússia. Ao mesmo tempo, as suas aberturas à Coreia do Norte visam incomodar a China, agora o terceiro ponto do triângulo do superpoder mundial.
O que estamos a assistir no mundo neste momento é um confronto entre os grandes superpoderes, China, Rússia e EUA. Os assuntos da Coreia do Norte podem ser mais uma cortina de fumo para a relação entre os EUA e a China, na dança pela hegemonia mundial.
A Coreia do Norte tem algum rancor dos EUA. Desde a destruição massiva da guerra de 1950, a nação voltou a pôr-se de pé e foi criado um culto em torno dos seus líderes; hoje em dia são provavelmente a nação mais fanática da Terra. Será a Coreia do Norte uma criança traumatizada que foi maltratada pela família das nações? O grau de lavagem cerebral e de controlo social sobre os seus habitantes é muito pior do que no ocidente. Os arrepiantes desfiles militares de foguetes e de soldados a marchar em passo de ganso fazem lembrar o fanatismo negro da era nazi.
Daí a Coreia do Norte ser conduzida, ao que parece, sobretudo pela sua fanática Lua em Sagitário, proeminentemente dominando o seu meio do céu; tem sido chamada uma (lunar) “nação lunática”! E tal como mencionado, Júpiter, regente da Lua em Sagitário, faz um aspeto complicado ao seu Sol em Virgem, refletindo a integração da sua personalidade ainda por alcançar.
Por último, alguns pontos sobre o que realmente se passou na Coreia do Norte na guerra dos anos 50 com os EUA. Tendo em mente que eles “começaram-na” ao atravessar o paralelo 38 em direção à Coreia do Sul – uma linha que tinha sido criada pelos EUA no pós Segunda Guerra Mundial.
No entanto, os seguintes factos dão uma outra perspetiva sobre o termo “exagero”. Do The Intercept, “Why Do North Koreans Hate Us? One Reason — They Remember the Korean War.” [“Por que é que os Norte-Coreanos nos Odeiam? Uma razão – Eles Lembram-se da Guerra da Coreia”]:
- Bruce Cumings, historiador da Universidade de Chicago, escreve no seu livro “A Guerra da Coreia: Uma História”, “nós bombardeámos o norte durante três anos quase sem preocupação pelas vítimas civis”
| - Os aviões norte-americanos lançaram – 635.000 toneladas de bombas – e napalm – 32.557 toneladas – mais do que em toda a campanha do Pacífico contra os japoneses durante a 2ª GM.
| - O general da Força Aérea Curtis LeMay – nós matámos… 20 por cento da população” … “Nós fomos para lá, combatemos na guerra e finalmente incendiámos todas as cidades na Coreia do Norte.”
| - Acredita-se que foram mortos mais de três milhões de civis, a grande maioria deles no norte.
| - Secretário de Estado Dean Rusk: Os Estados Unidos bombardearam “cada tijolo que estava em cima de outro, tudo o que se mexia.”
| - Douglas … ficou chocado com a “miséria, doenças, dor e sofrimento, fome” que tinha sido “agravada” pelos ataques aéreos. Os aviões de guerra norte-americanos, tendo-se desviado de alvos militares, tinham bombardeado quintas, barragens, fábricas e hospitais. “Já tinha visto as cidades da Europa maltratadas pela guerra,” confessou ao Supremo Tribunal de Justiça, “mas não tinha visto devastação até ter visto a Coreia”
| - O desequilibrado plano do general Douglas MacArthur para vencer a guerra contra a Coreia em apenas 10 dias – ele queria lançar “entre 30 a 50 bombas atómicas … atravessar o pescoço da Manchúria” que teria “espalhado atrás de nós … um cinto de cobalto radioativo.”
| - Vários massacres, o de No Gun Ri, em julho de 1950. Bodo League, massacre de dezenas de milhar de suspeitos comunistas – jeeps carregados de oficiais militares dos EU estiveram presentes e “supervisionaram a carnificina.”
| - Na Coreia do Norte, de acordo com a principal estudiosa da Coreia, Kathryn Weathersby, “continua a ser os anos 50 … e o conflito com a Coreia do Sul e os EU continua. As pessoas no norte sentem-se encurraladas e ameaçadas.”
Sim, a Coreia do Norte sente-se um pouco irritada, pondo a coisa de forma suave! Estes factos dão à história um cunho diferente. Especialmente porque o mundo ocidental tem sido alimentado por uma dieta de propaganda higienizada da guerra coreana através da TV M.A.S.H nos últimos 50 anos! O programa começou em 1972, sem dúvida em parte como um comentário sobre a guerra no Vietname daquela altura, outra tragédia do sudoeste asiático criada pelas políticas ocidentais.
“Guerras Nucleares não serão Permitidas”
Existe uma afirmação menos conhecida do livro Changing Esoteric Values da autoria de Foster Bailey. Foster foi o segundo marido de Alice Bailey e contribuiu bastante para o trabalho do Tibetano. Ele pode ter tido contacto com o Mestre Djwhal Khul, ou pelo menos privava com algum conhecimento interno da Hierarquia. Foster discute ciclos do Novo Grupo de Servidores do Mundo (NGSM):
“Quando a guerra [2ª GM] acabou, as forças das trevas foram retaliadas mas não foram esmagadas. E desde então tem existido a possibilidade de uma terceira guerra mundial, o que poria fim a toda a experiência humana feita até ao momento e que nos obrigaria a começar como uma humanidade infantil para aprender tudo de novo mais uma vez. E em 1954 foi estabelecido subjetivamente e na realidade que não haveria uma terceira guerra mundial… 1954 foi um grande ano, um ano espiritual muito significativo.”30
Os estudantes podem contestar a veracidade desta afirmação, mas aqui fica. Se for verdade, então não significa obviamente que os trabalhadores da luz podem ser complacentes. No entanto há implicações mais profundas; significa que uma decisão importante foi tomada pela Hierarquia por volta de 1954, que impedia que a Humanidade fosse extinta. Isto é de certa forma contrário à política da Hierarquia de não interferir com o livre arbítrio humano.
No entanto, a decisão tomada por volta do ano 1954 nos anos de intervenção da bomba atómica entre 1945- 1954, coincidiu com a primeiro teste da bomba de hidrogénio dos EUA em 1952 e da Rússia em 1953, a guerra por procuração na Coreia (1950-1953) – e, com o ciclo de 49 anos, da Decisão de Iniciação tomada pelos Mestres em 1952.31
A Terra já se atrasou na sua evolução desde o “fracasso da Cadeia Lunar” dentro do Esquema Terrestre, há biliões de anos atrás.32
Se a evolução fracassar de novo dentro desta Quarta Cadeia, isso atrasará ainda mais a evolução da Terra e retardará a evolução do sistema solar como um todo.
O Esquema Terrestre mereceria realmente o rótulo de “retardatário” entre os seus irmãos e irmãs planetários do sistema solar. Podemos especular sobre o livro de Foster Bailey, de “quão alto” terá “emanado” este decreto? Terá sido do próprio Logos Solar, Aquele que “interveio” na Cadeia Lunar e lhe pôs termo?33
Nos últimos anos, a atividade dos OVNI’s tem sido detetada nas imediações de silos de mísseis, com falhas técnicas atribuídas à sua presença – talvez um outro sinal de que Aqueles que olham com interesse a partir de outros mundos (os “Todo Poderosos” como HPB lhes chama), também não permitirão que aconteça um conflito nuclear. O sucesso da evolução no planeta Terra tem reverberações cósmicas. No entanto e apesar dessas “garantias”, podemos estar confiantes de que não acontecerá uma guerra nuclear?
Os subjetivos trabalhadores da luz devem trabalhar de forma incessante e vigilante – como uma contra força para dissipar as mínimas ideias que surjam naqueles que têm acesso aos códigos nucleares; ou aqueles generais que já estão a discutir “opções nucleares limitadas”.
O Festival de Wesak é a altura ideal do ano para construir, em meditação grupal um grande escudo defensivo de matéria subtil, para evitar que ocorra uma catástrofe nuclear. Não como um arranjo de curto prazo, mas como uma consolidação de vários anos que está a ser edificada para os anos futuros. Mas há uma urgência agora, talvez até uma emergência – deve haver uma grande mobilização de forças de luz e um esforço potente para superar a inércia pessoal.
Wesak é onde reside o Poder de Shamballa, a verdadeira potência espiritual e propósito deste planeta. Nós podemos todos ligar-nos subjetivamente durante este grande festival aos Grandes e aos nossos companheiros trabalhadores espalhados pelo planeta, num esforço unificado para consolidar um escudo planetário – e para preparar o caminho para a Exteriorização da Hierarquia a partir de 2025.
Phillip Lindsay © 2017.
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- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.403. [↩]
- Esoteric Psychology II, Alice A. Bailey. p.691. [↩]
- Esoteric Psychology II, Alice A. Bailey. p.683. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.384. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.144-5. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.143. [↩]
- Discipleship in the New Age II, Alice A. Bailey. p.401. [↩]
- A Treatise on Cosmic Fire, Alice A. Bailey. p.1008. [↩]
- The Secret Doctrine II, H.P. Blavatsky. p.785. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.376. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. pp.385-6. [↩]
- Esoteric Psychology I, Alice A. Bailey. p.230. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.401. [↩]
- Wikipedia [↩]
- Wikipedia [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.104. [↩]
- Wikipedia [↩]
- Wikipedia [↩]
- Wikipedia [↩]
- Wikipedia [↩]
- Wikipedia [↩]
- Wikipedia [↩]
- A Treatise on Cosmic Fire, Alice A. Bailey. p.1037. [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.491. [↩]
- Esoteric Psychology I, Alice A. Bailey. p.226. [↩]
- Wikipedia [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.491. [↩]
- The Shamballa Impacts, Phillip Lindsay. [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.491-9. [↩]
- Changing Esoteric Values, Foster Bailey. pp.72-3. [↩]
- Soul Cycles of the Seven Rays I, Phillip Lindsay. “The Decision Initiation 2001: Saturn and Libra”. [↩]
- The Hidden History of Humanity, Phillip Lindsay. [↩]
- A Treatise on Cosmic Fire, Alice A. Bailey. p.416. [↩]