Uma Introdução à Astrologia Esotérica e aos Sete Raios

A humanidade está a entrar num ciclo de 2.160 anos, denominado Era de Aquário, em que a astrologia irá evoluir gradualmente em direção àquilo que é conhecido como Astrologia Esotérica. A Astrologia Esotérica visa as causas e não os efeitos, para a vida da alma humana que está por detrás da forma externa, o corpo.

A alma é aquela existência imperecível e perpétua que assume encarnações cíclicas repetidas – em corpos masculinos ou femininos e em culturas variadas; parte do seu propósito é expandir a consciência e extinguir o karma.

A maior parte da astrologia praticada hoje é uma astrologia da “personalidade”, que vai dos assuntos mundanos aos mais orientados espiritualmente. Quer estejamos a considerar a astrologia divinatória ou a astrologia psicológica mais séria, que se esforça para ajudar a trazer integração e plenitude, ainda assim estamos limitados pelas ferramentas com as quais trabalhamos.

Uma das novas ferramentas principais é a Ciência dos Sete Raios. Eles constituem sete fluxos de energia que entram neste sistema solar a partir de fontes cósmicas e condicionam todas as formas de vida no seu interior.

A Astrologia Esotérica oferece uma perspetiva mais ampla da vida; de que não estamos simplesmente a habitar um pequeno planeta (entregue a si próprio) no sistema solar, mas sim a participar como um centro de energia dentro de uma vida solar maior.

Os Sete Raios são o “elo perdido” na astrologia, e os planetas são simplesmente “veículos” para estas energias, transmitindo-as para a Terra através do zodíaco, cujos signos têm ressonâncias específicas com os raios.

Os raios podem ser estudados autonomamente e constituem o que se conhece como Psicologia Esotérica. Um dos maiores psicólogos do século passado, Roberto Assagioli, desenvolveu as suas técnicas de Psicossíntese a partir dos Sete Raios.

A fonte para esta nova informação veio de Alice A. Bailey, que atuou como amanuense entre 1919 e 1949 para o Mestre Tibetano Djwhal Khul, ou D.K., um dos Mestres de Sabedoria.

A série de 24 livros foi escrita principalmente para as muitas almas que encarnariam no Ocidente por volta da viragem do século. Os ensinamentos neles contidos são profundos, a vários níveis e intemporais, sintetizando as tradições orientais e ocidentais.

Antes de analisarmos algumas técnicas da Astrologia Esotérica, analise algumas tabulações dos Sete Raios, observando todas as qualidades que se aplicam a si, tentando ser o mais honesto possível! Ao gastar um pouco de tempo a fazer isto, pode começar a isolar algumas expressões de raio que figuram na sua composição.

É necessário haver um processo de discriminação quanto ao raio e quanto ao “corpo” que o está a expressar. Por exemplo, pode ter o 7º Raio para o físico, o 6º Raio para o astral e o Raio 4 para o mental. Poderá ser uma alma de 2º Raio com uma personalidade de 3º Raio, assim, estes cinco Raios constituirão a sua “Estrutura de Raio”.

Esta informação não chega instantaneamente, nem pode ser deduzida a partir do seu horóscopo, mas surgirá após paciente ponderação, meditação e reflexão.

Virtudes e Defeitos dos Sete Raios

1º Raio – Vontade-Poder.  
Virtudes
 Força, coragem, firmeza, sinceridade, destemor, confiabilidade, amplitude mental.
Defeitos Implacabilidade, dureza, frieza, orgulho, arrogância, ambição, tirania, crueldade, controlo.
2º Raio – Amor-Sabedoria.  
Virtudes
Calma, força, resistência, paciência, amor à verdade, intuição, serenidade.
Defeitos Frieza, indiferença, autocomiseração, medo, gostar de ser amado, sabedoria pessoal.
3º Raio – Inteligência Ativa.  
Virtudes Visão ampla, sinceridade, clareza de intelecto, paciência, prudência, planeamento.
Defeitos Orgulho intelectual, incorreção, calculismo, imprecisão, obstinação, crítica, agitação.
4º Raio – Harmonia/Conflito.
Virtudes Afeição, simpatia, coragem, devoção, generosidade, rapidez de intelecto.
Defeitos Preocupação, imprecisão, egocentrismo, cobardia, extravagância, instabilidade.
5º Raio – Ciência Concreta.  
Virtudes Perseverança, bom senso, precisão, racionalidade, retidão, intelecto vivo.
Defeitos Estreiteza, crítica dura, antipatia, arrogância, orgulho, preconceito, frieza.
6º Raio – Devoção/Idealismo.
Virtudes Devoção, obstinação, ternura, intuição, lealdade, reverência, amorosidade.
Defeitos Egoísmo, ciúme, sentimentalismo, auto-deceção, cólera violenta, estreiteza, fanatismo.
7º Raio – Ordem Cerimonial.  
Virtudes Força, perseverança, coragem, cortesia, cuidado extremo nos detalhes, autoconfiança, praticidade.
Defeitos Formalismo, intolerância, orgulho, opinião pessoal, julgamento superficial, estreiteza

Isto pode demorar um pouco e um método é “tentar um raio” durante cerca de um mês, observando-se a si próprio e aos outros no seu ambiente. Os raios também têm uma expressão dual, daí a seguinte tabulação. (Observe que os regentes planetários abaixo podem ser aplicadas aos tipos A e B)

Expressão Dual dos Sete Raios

1º Raio – Vontade-Poder. Propósito. Destruição.
Tipo A:
Persistente. Nunca desiste. Dependente dos outros. 
Tipo B:
Destrói as condições que impedem a expressão livre da força vital.
2º Raio – Amor-Sabedoria. Coerência inclusiva. Magnetismo. 
Tipo A:
Magnético, radiante, que partilha, compassivo, empático e com compreensão amorosa. 
Tipo B:
Ênfase na sabedoria, não no conhecimento. Compreensão desapaixonada.
3º Raio – Inteligência Ativa. Adaptabilidade. Criatividade. 
Tipo A:
Filósofo, teórico. Ênfase nas ideias abstratas. 
Tipo B:
Visão de negócios. Extremamente prático. Manipulação, jogo hábil.
4º Raio – Harmonia através do Conflito.Beleza. Unidade. Sensibilidade.
Tipo A:
Capacidade de produzir harmonia a partir do conflito. Sensível à discórdia. Mediador.
Tipo B:
Personalidade colorida. Contrastes fortes. Artístico. Volátil. Tende a agir pela força.
5º Ray – Ciência Concreta.Ciência. Análise. Mente.   
Tipo A:
Investigador. Intelectual. Exatidão descritiva e documentada. Clareza.
Tipo B: Técnico. Aplica a inteligência técnica. Prático em aplicações.
6º Raio – Devoção ou Idealismo Abstrato.Persistência. 
Tipo A:
Recetivo. Passivo. Leal. Tranquilo. Devoto. Influência suave. 
Tipo B:
Zelo ardente. Esforço dedicado em direção a ideais. Aspirações fortes. Agressivo.
7º Raio – Ordem Cerimonial.Magia grupal. Organização. 
Tipo A:
Altamente organizado. Segue as regras. Meticuloso em ação. 
Tipo B:
Ênfase no processo criativo. Manifesta ideias em formas. Criativo.

Identificar os Raios através da Ocupação

1º Raio – Vontade ou Poder.
Político, ocultista, líder, explorador, executivo, gerente, ditador.
2º Raio – Amor Sabedoria.
Professor, curador, sábio, servidor, estudioso, humanista, filantropo.
3º Raio – Inteligência Ativa.
Filósofo, organizador, astrólogo, economista, historiador, empresário.
4º Raio – Harmonia através do Conflito.
Artista, mediador, arquiteto, poeta, psicólogo, músico.
5º Raio – Ciência Concreta.
Cientista, investigador, alquimista, engenheiro, analista, inventor, técnico.
6º Raio – Devoção.
Ministros, místicos, missionários, devotos, oradores, cruzados, fanáticos.
7º Raio – Ordem Cerimonial.
Construtor, administrador, designer, revolucionário, mágico, esoterista.

Os Sete Raios correspondem a muitos “septenários”, que fornecem os blocos básicos de construção do ocultismo. Os planetas “regem” os raios, à semelhança do que acontece com os regentes astrológicos, daí a interface entre os raios, planetas e signos do zodíaco. Lembre-se, porém, de não cometer o erro de tentar determinar os raios a partir do horóscopo; determinar os raios e, em seguida, interpretar o horóscopo à luz dos raios, é, idealmente, o procedimento correto.

Planetas, Cores, Chacras e Pedras Preciosas dos Sete Raios

Raio Regentes Cor Chacra/Glândula Pedra Preciosa

1º RAIO- Vontade – Poder

Plutão/Vulcano Vermelho Coronal/Pineal Diamante

2º RAIO – Amor Sabedoria

Sol/Júpiter Índigo Coração/Timo Safira

3º RAIO Inteligência Ativa

Terra/Saturno Verde Garganta/Tiroide Esmeralda

4º RAIO – Harmonia/Conflito

Lua/Mercúrio Amarelo Base/Suprarrenais Jade

5º RAIO – Ciência Concreta

Vénus Laranja Ajna/Pituitária Topázio

6º RAIO – Idealismo Abstrato

Marte/Neptuno Azul Celeste Plexo Solar/Pâncreas Rubi

7º RAIO – Ordem Cerimonial

Urano Violeta Sacro/Gónadas Ametista

As cores variam de acordo com os pontos de vista “exotérico” e “esotérico”, portanto, diferentes harmonias de vibração. Não se preocupe muito com as contradições aparentes em vários textos. Siga a sua intuição. As atribuições dos chakras variam: os planetas não sagrados regem a humanidade “comum”, exceto Vénus e Urano. Para “discípulos e iniciados”, são os planetas sagrados que regem, exceto Plutão, que rege o chakra da Base. Todo este assunto é extremamente complexo.


Toda a vida é condicionada pelos Sete Raios, seja um animal, uma árvore, um ser humano, uma organização, uma cidade ou nação. Os raios têm os seus próprios períodos de ciclo, ligados às eras astrológicas maiores de 2.160 anos, o Ano Platónico de 25.920 anos e os Yugas, ou ciclos secretos dos adeptos hindus.

Um ciclo principal de 6º Raio acaba de terminar na Era de Peixes, e um ciclo de 7º Raio está a iniciar-se, sobrepondo-se à Era de Aquário.

Estes raios e Eras têm as suas ressonâncias por afinidade, é claro, garantindo o máximo efeito sobre a humanidade.

A Astrologia Esotérica tem sido chamada a “ciência de todas as ciências” porque é um sistema que relaciona todas as entidades vivas – um planeta, raio, signo ou ser humano. Ela descreve as qualidades e energias destes seres vivos, permitindo assim a compreensão e também o entendimento de como interagem umas com as outras.

Portanto, é verdadeiramente a Ciência das Relações – humanas, planetárias, zodiacais e estelares.

Quando a palavra “ciência” for usada, tenha em mente que ela não se refere a uma análise concreta que emprega os sentidos tangíveis da visão, audição, tato, olfato e paladar. “Ciência” vem da raiz “scire” – conhecer ou discernir – é realmente o conhecimento do “eu superior”, da alma ou da mente abstrata, que perceciona o todo de forma sintética, intuitiva e inclusiva; daí o termo Ciência Oculta. As disciplinas de Astrologia Esotérica e A Sabedoria sem Idade incorporam as ciências tangíveis concretas, mas também recorrem a esse “sexto” sentido intangível: a intuição.

“Esotérico” significa: “…entendido por, ou destinado a alguns  poucos selecionados – os iniciados”. (Dicionário Macquarie.) Isto não deve ser confundido como qualquer tipo de elitismo. O que era esotérico acaba por tornar-se dominante, mas haverá sempre um núcleo que permanece esotérico, à espera de ser desvendado por gerações de inquiridores no caminho espiritual.

A palavra semelhante “oculto” significa “escondido… além dos limites do conhecimento comum” ou, “de uma natureza não compreendida, enquanto qualidades físicas”. Em si mesmo, “oculto” não tem a implicação negativa que os média de massa dominantes promovem.

Aqueles que fizeram o trabalho necessário, passaram por várias disciplinas (como a meditação) e desenvolveram estes sentidos “subtis”, estão prontos para receber conhecimento esotérico. Os que não estão preparados não teriam bases para “ancorá-lo”, embora muitos sejam capazes de desenvolver estas faculdades.

Os signos zodiacais são outro fator “oculto”, ou seja, eles são “invisíveis”, atuando porém como um canal através do qual os arquétipos das constelações zodiacais se concentram. O facto dos dois tipos de zodíaco não estarem alinhados, como argumentado por astrólogos das escolas tropical e sideral, ou céticos astronómicos, é secundário ao facto básico de que as potentes “formas-de-pensamento” dos signos existem e agem como portais para os raios e planetas.

A astrologia é baseada na ilusão, no sentido de que o zodíaco é construído em torno da “elíptica”, o caminho aparente do Sol ao redor da Terra. Claro que sabemos que o caminho ou órbita da Terra é à volta do Sol, então, trabalhamos dentro deste paradoxo, sabendo que, a humanidade acabará por transcender esta ilusão. Esta é a fonte de um dos nossos maiores mistérios, e foi-nos dito que a situação será “retificada” na Era de Capricórnio, após a Era de Aquário.

Desmistificando a Astrologia por meio do Conhecimento Ocultista
Os astrólogos e o público em geral sabem, interiormente, que a astrologia “funciona”, descrevendo com precisão a sua psicologia e os padrões das suas vidas. Mas como é que isto funciona?

A maioria das pessoas não consegue responder ao “como” e “porquê” desta grande questão, preferindo não se questionar – acerca daquilo que produz os insights psicológicos profundos na autocompreensão e no planeamento das suas vidas de acordo com os ciclos planetários que estão a experienciar.

Portanto, os processos de raciocínio não foram totalmente utilizados para chegar a um verdadeiro entendimento e, portanto, a astrologia é experienciada mais de um ponto de vista místico, que se baseia principalmente na intuição refletida na natureza do sentimento. Em parte, é por isso que a astrologia recebe tantas críticas da comunidade científica orientada para uma forma de pensar mais concreta e do público em geral, porque não há demonstração de “ciência” ou raciocínio mental.

O caminho do Misticismo conduz finalmente ao caminho do Ocultismo, onde as qualidades do coração e da cabeça são sintetizadas. O ocultismo é uma ciência holística e, portanto, tem o potencial de fazer uma ponte para as ciências concretas. Uma síntese dos caminhos místicos e ocultos leva a uma fusão de amor e razão. No entanto, existem muitas facetas da ciência ocultista, todas as quais devem ser aprendidas para compreender o todo.

Para responder à pergunta de como funciona a astrologia, é necessário partir para o cosmos maior, de onde emanam estas forças. Também será necessário introduzir alguns conceitos simples com os quais o leitor pode não estar familiarizado:

1. O sistema solar é um ser vivo, assim como todas as vidas individuais que o habitam, sejam planetas, asteroides, cometas, seres humanos ou qualquer reino da natureza. De certa forma, todas estas “vidas menores” podem ser vistas como “células” dentro do corpo maior. O ponto principal aqui é que todas estas formas são habitadas por algum tipo de inteligência, desde a consciência mineral muito primitiva, a uma alma humana, ao “deus” que habita um planeta ou um sol.

Assim como os humanos têm centros de energia subtil ou chakras, os chamados “sete planetas sagrados” neste sistema solar desempenham a mesma função. De novo, numa escala maior, este sistema solar como um todo pode ser visto como um chakra gigante ou centro de energia, habitado por uma consciência estupenda que podemos vagamente chamar de “deus”, ou esotericamente, o “Logos Solar”.

A Sabedoria Antiga diz-nos que o nosso sol é parte de um corpo coletivo de seis outros sóis – que constituem uma entidade cósmica massiva que está a passar por uma evolução no seu próprio nível, e assim por diante.

2. Estes sete sóis, dos quais o nosso é um, estão continuamente a emitir forças que são o produto da sua evolução contínua. Diz-se que estas forças são absorvidas pelas sete estrelas da constelação da Ursa Maior e as suas emanações são chamadas os Sete Raios.

Basta dizer que as sete estrelas da Ursa Maior estão ligadas a muita história e mitologia na consciência humana, e na Índia são conhecidas como os Sete Rishis, associados à Vontade e, de forma simples e genérica, são “masculinos”. As forças dos raios que emanam destas estrelas unem-se, dizem-nos, com as sete estrelas da constelação das Plêiades, as chamadas “Sete Irmãs”, também ricas em lendas, e forças constituintes que representam a “Mãe Cósmica”, ou princípio “feminino”.

Aqui temos um verdadeiro “casamento celestial” à medida que estas forças se fundem. Pai e mãe produzem um “filho”, representado pela estrela Sirius. Juntas, estas três constelações, A Ursa Maior, As Plêiades e Sirius constituem um triângulo importante de forças condicionantes que influenciam este sistema solar.

3. As energias dos sete raios fluem destas três constelações, através das sete estrelas da Ursa Menor e são magnetizadas para uma ou outra das doze constelações zodiacais, que não devem ser confundidas com os signos zodiacais. Certos raios transmitem através de constelações particulares com as quais têm afinidade e, modificados, fluem em direção ao nosso sistema solar.

4. O nosso sol atua como um “portal” para a passagem das energias dos sete raios, e daqui as sete forças são atraídas para os “sete planetas sagrados” do nosso sistema solar, que agem como “veículos” para as energias de raios. Os raios têm afinidade com cada um dos sete planetas, que são, é claro, protótipos dos Sete Rishis da Ursa Maior. Assim como é acima, assim é abaixo. Existem cinco planetas “não sagrados” que também têm afinidade com os raios e auxiliam na sua transmissão.

5. Os planetas orbitam continuamente o nosso sol, criando um vasto mar de forças magnéticas e transmitindo estas energias para a Terra através dos seus signos do zodíaco. É claro que sabemos, a partir da “ciência exotérica” que o Sol e a Lua têm efeitos físicos, emocionais e mentais; eles estão bem documentados nas nossas marés terrestres, nos ciclos de Lua Cheia, atividade de manchas solares e o crescimento que ocorre na natureza – validado por muitas experiências e descobertas científicas. Os outros planetas têm menos efeitos físicos, mas mais psicológicos e psíquicos.

6. Os planetas transmitem as energias dos raios através do zodíaco; o signo zodiacal é outro padrão eletromagnético ou “forma-de-pensamento”. A compreensão do que constitui uma forma-de-pensamento, algo que todos os humanos podem criar, é essencial para a compreensão da razão pela qual as energias zodiacais condicionam os seres humanos, mas isso está além do âmbito desta discussão.

O nosso zodíaco terrestre de “signos” é um reflexo invisível e focalizador das energias do zodíaco constelacional visível mencionado anteriormente. O zodíaco pode ser considerado como um corpo “subtil” da Terra, o corpo “astral” (astral significa “substância estrelada”). Consequentemente, existem energias intangíveis e invisíveis que estamos a perceber com os nossos sentidos “intangíveis” em desenvolvimento.

7. No momento em que estas forças alcançam a Terra, há uma combinação de três grupos de padrões energéticos de raios, planetas e signos do zodíaco. Eles encontram o seu caminho através dos principais chakras do planeta (grandes cidades, mas também certos agrupamentos) e daí são distribuídos para a humanidade.

8. Quando alcançam um ser humano, o ponto de menor resistência pode ser encontrado em certos chakras, dependendo do estado de consciência desenvolvido por um indivíduo. As sete glândulas endócrinas estão associadas especificamente a cada um dos sete chakras principais, e é aqui que ocorre um dos processos mais misteriosos – a transformação de forças subtis fora do corpo em forças tangíveis dentro do corpo.

As glândulas endócrinas são estimuladas a entrar em atividade, libertando hormonas na corrente sanguínea, que atuam como catalisadores do crescimento fisiológico e do comportamento psicológico. Esta é a chave de como as energias astrológicas afetam os seres humanos.

Isto completa uma descrição breve do movimento da energia condicionadora, da sua fonte emanadora, desdobrando-se em forças planetárias até ao seu destino final num ser humano.

Recapitulando o percurso:

Sete sistemas solares, dos quais um é o nosso.
Sete Raios emanam das Sete Estrelas da constelação da Ursa Maior.
Sete Estrelas das Plêiades.
Sírius.
Sete Estrelas da constelação da Ursa Menor.
Doze constelações zodiacais.
O nosso Sol.
Sete Planetas Sagrados do nosso sistema solar.
Doze signos zodiacais.
Os Chakras da Terra.
O Reino humano.
Os Reinos animal, vegetal e mineral.

O diagrama seguinte descreve o percurso de um raio apenas:

(AE610)

Recapitulando também alguns conceitos que podem ser novos para o leitor:

1. Todas as formas – planetas, seres humanos, etc. são habitados por uma essência motivadora ou princípio-alma.

2. Existem muitas relações entre os “deuses”, ou seja, o princípio de vida que anima a forma, seja uma estrela, planeta ou signo zodiacal.

3. Todas as formas têm centros de energia ou chakras e “corpos subtis”.

4. O pensamento é a grande força criadora do universo, seja a alma humana como pensador divino ou os projetos da mente de Deus.

5. Há um zodíaco constelacional que é visível a olho nu e um zodíaco de signos que não é visível, embora possamos traçar a existência destes últimos contra o pano de fundo do zodíaco constelacional.

6. O sistema de chakras e o endócrino constituem a principal interface entre as forças subtis invisíveis e o comportamento psicológico humano.

Os raios também podem ser percecionados através de cores ou sons. As sete cores e sons dos raios constituem uma abordagem mais intuitiva para a compreensão. Por exemplo, o 7º raio corresponde à nota musical Sol e à cor violeta, dependendo de quais as oitavas que estão a ser usadas. O som e a cor também são mensuráveis ​​em termos da sua capacidade vibratória, e isto está bem documentado.

Certas notas e cores às quais uma pessoa responde consistentemente podem indicar que o raio a ela associado é proeminente na estrutura de raio de um indivíduo. Algumas cores podem ser a mistura de duas cores e podem indicar a interação entre o raio da alma e o raio da personalidade. Por exemplo, uma alma de 2º Raio (azul índigo) e uma personalidade de 1º Raio (vermelho) produzem, quando combinadas, a cor roxa ou violeta. É claro que esta última cor também está associada ao 7º Raio, como tal, pode haver muitos aspetos a considerar.

De modo geral, o tipo de pessoa atraída pela música de Mozart pode estar mais na linha do 2º Raio de Amor-Sabedoria, enquanto Wagner pode ser mais atraente para aqueles na linha do 1º Raio de Vontade-Poder.

Num mundo dual, os opostos internos não resolvidos são a principal razão para a reencarnação. Os “pares de opostos” existem em todos os planos, mas particularmente no plano emocional ou astral para a maior parte da humanidade.

Sempre que nos apropriamos de mais iluminação da alma, isso geralmente ilumina os opostos sombrios internos, forçando a uma transformação do passado para atingir a vibração mais elevada daquilo que é contactado no presente.

É gerado grande conflito entre a luz da alma e os aspetos não redimidos de nós mesmos. Uma das principais causas da turbulência sem precedentes neste século deve-se ao facto de grande parte da humanidade enfrentar a sua “sombra” coletivamente, de modo que muitos agora estão prontos para receber a iniciação, ou uma grande expansão de consciência.

O resultado bem-sucedido deste grande acontecimento desencadeará algumas revelações importantes – sobre a realidade da alma, a verdade sobre a morte e a existência do reino angelical.

A turbulência planetária deve-se também ao fator astronómico de precessão, à medida que a cúspide das eras se move de Peixes para Aquário, bem como à coincidência de muitos raios e ciclos planetários num curto período de tempo.

Existem muitas almas avançadas a entrar em encarnação neste momento, no novo ciclo de 7º Raio, tornando-se mais fortes a cada década. O 7º raio da Magia Cerimonial ou Ordem condicionará o próximo ciclo de Aquário de 2.160 anos.

Muitas almas avançadas não responderão tão bem a uma leitura de astrologia “exotérica”. Alguns astrólogos cometem o erro de trazer certo fatalismo para as suas leituras, afirmando que isto, ou aquilo está determinado, portanto, é assim que vai ser.

Isto não deixa liberdade de escolha para que o indivíduo trabalhe criativamente com os seus padrões de nascimento do horóscopo.

Não somos as vítimas predestinadas dos nossos horóscopos; embora a alma tenha optado por eliminar o karma com certos desafios e obstruções. Também trouxemos muitas capacidades para superar estes problemas; para que possamos ser co-criadores conscientes do nosso destino.

Como estudantes ou praticantes de astrologia exotérica (psicológica/humanística), temos uma certa responsabilidade de reconhecer estas energias da oitava superior, para que possamos prestar um verdadeiro serviço à humanidade.

Vamos examinar algumas das diferenças entre os dois tipos de Astrologia. Tenha em mente que alguns temas-chave são muito bem tratados na astrologia da personalidade, mas a astrologia esotérica pode interpretar alguns deles dentro de um contexto ou perspetiva diferente:

Astrologia da Personalidade (“exotérica”, exterior, externa.)

Importante para ajudar a alcançar uma personalidade integrada e unificada. Regentes planetários exotéricos, casas, signo solar.

Lida com: Efeitos, acontecimentos, manifestação física, personalidade, partes, desejo, chakras inferiores, o particular, o eu separado, exclusividade, “destino” individual, o tangível, concreto, racional, masculino.

Assim como o Sol é o centro dos planetas do sistema solar, num horóscopo ele é a força integradora da expressão da personalidade. O Sol é o canal da personalidade para o signo Ascendente. Quando é alcançada uma certa quantidade de integração da personalidade, a alma pode expressar-se com muito mais facilidade através do seu “instrumento”. O posicionamento do Sol num mapa depende do Signo Ascendente particular.

Astrologia Esotérica (“esotérica”, interior, subjetiva.)

Ajuda a mostrar como o contacto com a alma pode ser alcançado e canalizado criativamente, para harmonizar os raios da alma e da personalidade.

Regentes planetários esotéricos, Ciência das Três Cruzes, signo Ascendente.

Lida com: Causas, a Alma, inclusividade, realização interior, totalidades, amor, chakras superiores, destino individual dentro do grupo maior, o intangível, abstrato, intuição, feminino.

Desenvolve a fusão do conhecimento e da intuição, e a integração de mente e coração.

Olha para o propósito do eu superior enquanto ele interage com a sua alma grupal.

Enfatiza a unidade e a interconexão de toda a vida.

Signo Ascendente: Muito mais ênfase. Este ângulo do mapa é determinado pela hora exata do nascimento (o momento em que inspira pela primeira vez) e representa a encarnação da alma. A Alma eterna vem antes da personalidade, portanto, o Signo Ascendente vem primeiro.

No simbolismo do Signo Ascendente encontra-se uma pista para o problema e a conquista da vida. Com os planetas esotéricos a regerem, o Signo Ascendente transmite o destino de uma pessoa.

O Signo Ascendente representa a qualidade mais elevada que uma alma pode potencialmente desenvolver em qualquer vida; um mapa pode ser delineado observando-se a sua personalidade e os regentes da alma, os signos e as casas que ocupam e os aspetos que fazem entre si.

Obviamente, se o Signo Ascendente é a qualidade mais alta a ser revelada, então a oitava superior ou regente da alma teria uma consideração mais importante.

O Signo Ascendente expressará características de personalidade; geralmente, por detrás da máscara, há muito mais passível de ser expresso, embora nunca seja totalmente acedido. O ponto de menor resistência é o signo Solar.

Quando aquele que busca espiritualmente (“aspirante” ou “discípulo”) atingiu uma certa etapa de desenvolvimento, os regentes da personalidade têm menos efeito e há mais resposta aos regentes da alma; estes são os mesmos planetas, mas expressando uma oitava superior.

Portanto, a Astrologia Esotérica pode descrever a radiação crescente da alma através das influências dos regentes esotéricos.

Durante ainda muitos anos, a Astrologia Exotérica e Esotérica andarão de mãos dadas, até que a ponte ou “antahkarana” seja construído para esta nova arte científica.

A compreensão mais profunda da ligação de toda a vida surge com um entendimento mais profundo da realidade da constituição etérica do planeta; aquela grande matriz de vida ou teia dentro da qual existe toda a vida.

Compreender os planos etéricos e mais subtis é um dos assuntos das Ciências Ocultistas essenciais para a Astrologia Esotérica. Outros assuntos importantes são: Karma e Reencarnação, Meditação, Formas-de-Pensamento, Telepatia, Reino Angélico ou Dévico, Cura Esotérica, Chakras, Morte, Mestres de Sabedoria, História Oculta da Terra, Fascínio/Maya/Ilusão, Sonhos, Som e Cor, e muito mais.

Algumas Considerações Adicionais sobre Astrologia Esotérica

O conceito de planetas sagrados e não-sagrados também é fundamental para a Astrologia Esotérica. Planetas não-sagrados como Marte, Plutão, Lua e a Terra influenciam os corpos físico, astral e mental. Os outros planetas, que são sagrados, ajudam a integrar a personalidade e a torná-la um instrumento da alma.

Compreender os planetas sagrados e não-sagrados permite ao astrólogo dar uma orientação mais específica.

Da mesma forma, toda uma nova reconsideração de “exaltação, detrimento e queda”, como indicação das “três fases do Caminho” ajudará a revolucionar a astrologia.

Uma reavaliação correta dos decanatos é outra técnica emergente. Diz-se que eles revelarão a oportunidade de vida imediata, a natureza exata do próximo passo espiritual e a natureza precisa dos desafios iniciáticos.

Um tema importante a considerar como parte integrante da Astrologia Esotérica é a Ciência da Iniciação. De vida em vida, iniciamos a atividade, através da perceção gerada pelo desenvolvimento das realizações na consciência.

Embora “recebamos” uma iniciação ritual no nosso estado subjetivo, é realmente apenas um reconhecimento do trabalho que já fizemos. O nosso sentido de responsabilidade deu-nos o direito de usar energias que talvez não tenhamos sido capazes de contactar anteriormente.

Estas iniciações estão relacionadas com a coordenação e controlo dos nossos vários corpos – físico, emocional e mental. Por exemplo, uma das iniciações mais difíceis é a do corpo emocional, da qual Escorpião é o símbolo.

Nesta iniciação, Marte e Plutão colocaram-nos na experiência do “cadinho”, enquanto as energias de Vénus, Neptuno e Júpiter também são muito fortes na expressão do princípio do Amor, e assim as emoções do chakra do plexo solar são repolarizadas com sucesso para o lótus do coração, onde são expressas como amor.

O desejo emocional e o apego são simplesmente um reflexo distorcido do princípio do Amor que rege esotericamente todo o sistema solar no presente ciclo.

Esta etapa de crescimento também é conhecida como etapa “mística” da consciência. Atualmente, muitos no Caminho estão a receber ou estão prontos para receber esta iniciação. Os relacionamentos são um dos principais “solos ardentes” onde ocorre esta transformação; tem sido chamado de Caminho do Boddhisattva, tal é o grau de sacrifício exigido. Da mesma forma, muitos humanos estão preparados para receber a Primeira Iniciação, o nascimento da consciência da alma firmemente ancorada na caverna do coração.

A humanidade pode ser vista como muitas unidades ou “átomos” de consciência dentro do corpo de “Deus”. A nossa consciência deste grande Ser encarnado como Terra, e de todas as miríades de fluxos de vida dentro dela, expande-se à medida que evoluímos e crescemos.

Portanto, uma breve introdução a este vasto assunto não pode cobrir todas as facetas desta jóia extraordinária. Se isto abriu o seu apetite, há muito mais tesouros à espera para serem descobertos!

(De Soul Cycles of the Seven Rays, por Phillip Lindsay © 2005)

Assista ao vídeo!

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