Balança 2016 (2ª Parte): Entendendo a Agonia da Síria. Peres, Israel. Rússia EUA. Clinton
Esta é a 2ª parte da newsletter de Balança 2016
Clique aqui para ir para a (1ª parte)
Balança 2016 (2ª Parte)
Compreender a Agonia da Síria
A Causa da Guerra na Síria: Inteiramente através da Interferência dos EUA
Vénus em Escorpião e a Síria
A Influência de Israel
Shimon Peres e Israel: Guerra e Paz
As Eleições de 8 de novembro de 2016 nos EUA
Rússia e EUA: Corretas Relações Librianas
Uma Nota Pessoal
As secções que se seguem estão todas interrelacionadas e são muito extensas. No entanto, pode valer a pena perseverar na leitura porque resumem de forma bastante apurada o que se está a passar nesta situação crítica mundial. Claro que haverá aqueles que discordarão dos meus pontos de vista!
Tentar chegar a uma conclusão sobre a complexidade do que está atualmente a acontecer no mundo, não pode ser explicado numas poucas frases ou em parágrafos convenientemente sucintos!
As políticas estratégicas globais estão em ação e nada é o que parece ser. Temos de dar algum tempo para “ruminar” e refletir um pouco, porque não vamos encontrar a verdade nos principais e dominantes meios de comunicação social de hoje em dia. No entanto, muitos subscrevem o que provém dessas fontes e consideram-se como “bem informados”!
Aqueles de vós que estão familiarizados com o meu trabalho, poderão traçar uma linha de pensamento sobre estas matérias – que liguem os atuais acontecimentos mundiais com o ensino da Sabedoria das Idades do Mestre Djwhal Khul – através de Alice A. Bailey. Poder-se-á dizer, portanto, que o meu caminho está relacionado com “… novo tipo de místico … com um interesse prático nos atuais acontecimentos mundiais…”.
Se nunca teve contacto com este trabalho, pode encontrar newsletters em EsotericAstrologer.org. Caso pretenda, pode também a partir deste link investigar mais sobre qualquer tópico em Search by Subject. A Humanidade encontra-se perante as encruzilhadas da história e as decisões de Balança têm rapidamente de ser tomadas – para “escolher o Caminho que passa entre as duas grandes linhas de força”.
Compreender a Agonia da Síria
O que se segue mostra assim, de forma breve, a história antiga na Síria e de forma mais detalhada os últimos 70 anos que levaram ao impasse internacional que existe hoje.
“Nos mapas a serem encontrados nos Arquivos da Hierarquia Espiritual, toda a área do Leste próximo e da Europa—Grécia, Jugoslávia, Turquia, Palestina, Estados Árabes, Egito e Rússia—estão debaixo de uma nuvem pesada e obscurecida.
Poderá essa nuvem ser dissipada através do pensamento e planeamento correto da Grã -Bretanha, dos Estados Unidos e da maioria das Nações Unidas ou—irromperá como desastre por todo o mundo? Será que ela apresenta uma tarefa demasiado difícil para a correta utilização por esse discípulo inexperiente—a Humanidade?”1
O “Leste Próximo” é um termo antigo para aquilo que é agora referido principalmente como o Médio Oriente. Consideremos os conflitos nesta região a partir do momento em que a declaração acima foi feita: Israel-Palestina, Jugoslávia (1990’s), Turquia, Egito e os Estados Árabes – apenas conflito constante. E a Síria está exatamente no meio de tudo. A Europa e a Rússia referidas acima são as partes do sul tal como a Grécia e a Jugoslávia, a Geórgia, etc.
Este excerto anterior foi escrito em meados do último século e é óbvio que esta “nuvem obscurecida” não foi dissipada. Talvez a Síria, neste momento, represente a área onde esta “nuvem” está concentrada em relação a toda a região.
Qual é a natureza desta nuvem observada nos “mapas … nos arquivos da Hierarquia Espiritual”? Tal como num ser humano com uma “aura nublada”, de igual forma no corpo do planeta; estas são principalmente nuvens de pensamentos-forma cristalizados – acumulações de fascínio e karma gerados ao longo de eons de vidas nesta zona mais antiga do mundo, onde incontáveis civilizações se elevaram e caíram. Talvez este seja o tempo em que essa nuvem possa ser transformada mas o que será necessário para isso acontecer?
O Chohan do Sexto Raio da Devoção e Idealismo – o Mestre Jesus, está associado com a Síria:
“O Mestre Jesus, Que é o ponto focal da energia que flui através das variadas igrejas cristãs, está neste momento a viver num corpo sírio, e habita numa certa parte da Terra Santa. Ele viaja muito e passa tempo considerável em várias partes da Europa. Ele trabalha especialmente com as massas mais do que com indivíduos, embora Ele tenha reunido à volta Dele um numeroso corpo de alunos.
Ele está no sexto Raio da Devoção, ou Idealismo Abstrato, e os Seus alunos são frequentemente distinguidos por esse fanatismo e devoção que se manifestaram em tempos anteriores cristãos entre os mártires. Ele Próprio é também uma figura marcial, um disciplinador, e um homem de regras e vontade de ferro. Ele é alto e singelo com um rosto bastante longo e magro, cabelo preto, compleição clara e olhos azuis penetrantes.
O seu trabalho neste momento é de uma responsabilidade extrema, porque a Ele é dado o problema de dirigir o pensamento do ocidente, a partir do seu presente estado de agitação até às águas pacíficas da certeza e do conhecimento, e da preparação do caminho na Europa e na América para a eventual vinda do Instrutor Mundial.”2
É dito que o Mestre Jesus vive na ou perto da Síria (“numa certa parte da Terra Santa”) e foi um dos principais inauguradores da Era Pisciana que está neste momento a desintegrar-se rapidamente. A roda do ciclo de Peixes neste momento “labuta” e “lamenta-se” à medida que “mói” contra a nova roda do ciclo de Aquário.
Também digno de nota é o facto de que tanto a Rússia como os EUA têm o sexto raio de Devoção e Idealismo do Mestre Jesus como o seu raio de personalidade. Por um lado isto representa uma oneração para ambas as nações em termos de fanatismo e mentalidades-estreitas. Por outro lado, ambas as nações podem reunir o seu alto idealismo para um melhor resultado para o mundo como um todo.
Aparentemente, nesta cúspide de eras zodiacais, o último suspiro da força Pisciana cristalizada está em curso na Síria, durante este período crítico que levará até 2025. Para parafrasear (ou arruinar!) Macbeth, as nações Ocidentais neste momento mostram-se como “pobres atores que se pavoneiam e enervam na sua hora de palco”, em terrível risco de serem “idiotas a contarem uma história, cheia de som e fúria e depois nada mais ser ouvido.”
Esta situação atual tem sido criada através de antigas atitudes Piscianas de colonialismo e imperialismo por parte das nações ocidentais. Isto é irónico uma vez que é o darma da alma aquariana dos EUA liderar o mundo até à Era de Aquário, no entanto, através das suas políticas atuais, parece conduzir o mundo por uma estrada perigosa que poderá precipitar outra guerra mundial.
Estes tempos são extremamente precários, uma vez que os pratos da balança de Libra oscilam para um lado e depois para outro, não encontrando, no entanto, aquele ponto médio de equilíbrio e paz. A Rússia e os EUA ambos possuem uma alma aquariana e enfrentam-se um ao outro através da Síria. (Mais sobre a Rússia a seguir: “Rússia e EUA: Relações Corretas Librianas”)
É através da expressão da sombra (o “morador do umbral”) destas nações ocidentais que as forças do materialismo trabalham desesperadamente para evitar a planeada Exteriorização da Hierarquia (os Mestres de Sabedoria) – planeada a partir de 2025. Esse processo de exteriorização irá eventualmente culminar com o retorno do Próprio Cristo, aquele com quem o Mestre Jesus trabalhou tão de perto há 2.000 anos atrás.
A Síria faz parte da antiga Terra Santa dos últimos milhares de anos e o império Assírio datou exotericamente entre 824-671 BC. Esotericamente, os Assírios são muito mais antigos – um ramo da raça da terceira sub-raça da Quinta Raça-Raíz (5.3.1).3 O “manu” ou “patriarca” dessa sub-raça principal foi Abraão, pai das “religiões Abraâmicas” – o Judaísmo, o Cristianismo e o Islão. Daí a Síria poder ser vista como o local onde todos os grandes atores se encontram:
- Israel– concentrando um terço de toda a população judaica e adoptando no momento presente uma forma virulenta de Sionismo que nada tem a ver com o Judaísmo.
- As Nações Ocidentais– predominantemente cristãs.
- As Nações Árabes que abraçaram todas o Islão.
De notar quer estes três pontos correspondem aos três aspetos. O povo judeu tem uma alma de primeiro raio. Os EUA e a Grã-Bretanha são almas de segundo raio e os árabes têm um forte terceiro raio, pertencendo à terceira sub-raça, 5.3.
A Causa da Guerra Síria: Inteiramente através da Interferência dos EUA
A interferência é um dos fascínios do sexto raio da devoção, o raio da personalidade que os EUA e a Rússia também têm em comum como almas aquarianas. Os EUA têm um longo registo (muito maior do que o da Rússia) de interferência nos destinos das outras nações através de sanções, manobras políticas e em particular através de operações encobertas da CIA.
Num artigo recente, Porque é que os Árabes não nos querem na Síria, Robert F. Kennedy Jr. (o filho de Bobby Kennedy) apresenta a história da relação dos EUA/Síria, que começa em 1949:
“A CIA começou a sua intromissão ativa na Síria em 1949 — um ano apenas depois da agência ter sido criada. Os patriotas sírios declararam guerra aos nazis, expulsaram os seus governantes coloniais franceses de Vichy e criaram laboriosamente uma democracia secularista frágil baseada no modelo americano. Mas, em Março de 1949, o democraticamente eleito presidente da Síria, Shukri-al-Quwatli, hesitou em aprovar o Oleoduto Trans-Árabe, um projeto americano que tinha como objetivo ligar os campos de petróleo da Arábia Saudita aos portos do Líbano via Síria.”
A isto seguiu-se um golpe de estado falhado na Síria em 1957. Robert F. Kennedy Sr. irmão, John F. Kennedy (JFK),
“… enfureceu a Casa Branca de Eisenhower, os líderes de ambos os partidos políticos e os aliados Europeus – com um discurso marcante a aprovar o direito de auto-governação no mundo Árabe e um fim à intromissão imperialista da América nos países Árabes.”4
No entanto, não foi apenas a Síria, de acordo com o relatório do nomeado presidencialmente Bruce-Lovett em 1956:
”… houve “conspirações de golpes da CIA na Jordânia, Síria, Irão, Iraque e Egito, tudo mais do que sabido nas ruas árabes, mas virtualmente desconhecido do povo americano que acreditava, sem reservas, nos desmentidos do governo. O relatório culpava a CIA pelo anti-americanismo descontrolado que misteriosamente estava a enraizar-se “hoje em muitos dos países.”5
Mais revelações podem ser obtidas a partir dos comentários pessoais dos próprios investigadores,
“O Bruce estava muito perturbado” disse Lovett à junta de investigação de Cuba em 1961. “Ele fez a abordagem a partir do ponto de partida de “que direito temos nós de nos imiscuirmos noutros países comprando jornais e atribuindo dinheiro a partidos da oposição ou apoiando um candidato para esta, aquela ou outra posição?” Ele sentia que esta era uma interferência ofensiva em países amigáveis … Ele deixou-me alarmado, por isso, em vez de completar o relatório em trinta dias, levámos dois meses ou mais.”
“O relatório de 1956, redigido no estilo espirituoso de Bruce, condenava a crescente mistura com os assuntos internos das outras nações, de homens jovens brilhantes e altamente capazes que têm que estar a fazer sempre alguma coisa para justificar a sua razão para existir … Ocupados, endinheirados e privilegiados que gostam da sua responsabilidade de “Papel de Rei” (o enredo é fascinante – considerável auto-satisfação, às vezes com aplausos, derivante de “êxitos”).6
A personalidade do sexto raio, regida por Marte, demonstra-se a ela própria no horóscopo dos EUA de 1776, através da posição de Marte em Gémeos – refletida pelas frases, “imiscuir-se noutros países”, “homens jovens brilhantes”, “ocupados” etc. (O autor publicou comentários extensivos sobre o tema de Marte e os EUA em livros e na internet.)
Agora, 60 anos passados, qual o espanto relativamente a haver tanto ressentimento em relação aos EUA por parte destas nações árabes? Infelizmente, a maioria da população dos EUA (incluindo estudantes orientados metafisicamente), ainda acreditam nos meios de comunicação tradicionais (“mainstream media: MSM”) em relação à propaganda da política externa dos EUA, embora uma minoria saudável, graças à internet e às fontes alternativas de notícias, comecem a clamar pela verdade.
O autor usará citações extensivas do artigo de Robert F. Kennedy Jr. – pelo seu incrível êxito em desemaranhar um Nó Górdio proverbial de intrigas no Médio Oriente – pela sua lógica, clareza e subsequente iluminação.
RFK Jr. é oriundo dessa linhagem de discípulos indiscutíveis, os irmãos Kennedy, que fizeram um enorme sacrifício para desafiar forças subversivas que se introduziram fortuitamente na política dos EUA após a Segunda Guerra Mundial. Ele continua assim,
“Embora a América ainda contemple outra intervenção violenta no Médio Oriente [hoje Síria], a maior parte dos americanos são alheios às muitas formas dos “efeitos colaterais” dos anteriores erros da CIA que ajudaram a compor a crise atual. As reverberações de décadas de trapaças da CIA continuam a fazer eco através do Médio Oriente, hoje em dia nas capitais nacionais e das mesquitas às madrassas nas escolas, através da paisagem destroçada da democracia e do islão moderado que a CIA ajudou a apagar.
Uma parada de ditadores iranianos e sírios, incluindo Bashar al-Assad e o seu pai invocaram a história dos golpes sangrentos da CIA como um pretexto para o seu domínio autoritário, táticas repressivas e a sua necessidade para uma aliança forte russa. Estas histórias são bem conhecidas pelo povo da Síria e do Irão, que interpretam naturalmente a conversa da intervenção dos EUA no contexto dessa história.”7 (O autor escreveu sobre a CIA e a propaganda numa newsletter anterior.)
A próxima fase da intromissão na Síria começou no ano 2000:
“O Qatar propôs construir um gasoduto de 10 biliões de USD, 1.500 quilómetros através da Arábia Saudita, Jordânia, Síria e Turquia. O Qatar partilha com o Irão o Sul Plano/Cúpula Norte dos campos de gás, o depósito mais rico do mundo em gás natural … O gasoduto Qatarense teria beneficiado a monarquia sunita conservadora da Arábia Saudita, proporcionando uma posição na Síria dominada pelos shiitas …
Na perspetiva de Putin, o gasoduto do Qatar é uma conspiração da NATO para mudar o status quo, privando a Rússia da sua única posição no Médio Oriente, estrangulando a economia russa e acabando com o posicionamento russo no mercado de energia europeu. Em 2009, Assad anunciou que recusaria assinar o acordo que permitia o gasoduto passar através da Síria “para proteger os interesses do nosso aliado russo.””8
Pode-se reparar que, mesmo que as outras nações se preocupem com os seus próprios assuntos ou se contentem com a prática de transações de uma determinada maneira, elas são forçadas a responder quando há conspirações deliberadas das outras nações para perturbar o equilíbrio. Pobre humanidade, se pudesse tão só aprender a partilhar em vez de dominar outras nações e querer ter controlo absoluto:
“O verdadeiro problema das Nações Unidas é duplo: envolve a correta distribuição dos recursos mundiais de forma a que haja liberdade em relação à necessidade, e envolve também o aparecimento de uma verdadeira igualdade de oportunidades e de educação para todos os homens de todas as partes. As nações que possuem riqueza de recursos não são proprietárias; elas são guardiãs das riquezas do mundo e encarregar-se-ão delas e elas ser-lhes-ão confiadas para os seus companheiros. O tempo inevitavelmente virá em que—no interesse da paz e da segurança—os capitalistas nas várias nações serão forçados a perceber isto e ser também forçados a substituir o princípio da partilha pelo princípio antigo (que até aqui os governou) de usurpação gananciosa.”9
Daí esta manobra geopolítica ter colocado um aperto em Assad:
“Assad enfureceu ainda mais os monarcas sunitas do Golfo por ter aprovado um “gasoduto islâmico” aprovado pela Rússia, percorrendo desde o campo de gás do lado do Irão, através da Síria, até aos portos do Líbano. O gasoduto islâmico faria do Irão shiita, não do Qatar sunita, o principal fornecedor para o mercado europeu de energia e aumentaria dramaticamente a influência de Teerão no Médio Oriente e no mundo. Israel estava também compreensivelmente determinado a pôr em causa o gasoduto islâmico, que enriqueceria o Irão e a Síria e presumivelmente fortaleceria os seus mandatários, o Hezbollah e o Hamas.
Telegramas secretos e relatórios das agências de inteligência dos EUA, sauditas e israelitas indicam que no momento em que Assad rejeitou o gasoduto qatarense, planeadores militares e da inteligência chegaram rapidamente a um consenso de que, fomentando a revolta dos sunistas na Síria para depor o não cooperativo Bashar Assad, era um caminho possível para alcançar o objetivo partilhado para completar a ligação de gás Qatar/Turquia.
Em 2009, de acordo com o WikiLeaks, imediatamente após Bashar Assad ter rejeitado o gasoduto do Qatar, a CIA começou a fundir grupos de oposição na Síria. É importante notar que isto foi bem antes da Primavera Árabe-engendrada nascida [2011] contra Assad.”10
Temos também que ter presente que as fações Neoconservadoras (Neocons) da administração dos EUA iniciaram-se por volta do ano 2000, através da sua potente influência na presidência de George W. Bush (uma família “grande do petróleo”) e pós os ataques de 9 de Setembro pelo Iraque. Os Neoconservadores declararam e bem publicamente em várias alturas, as suas intenções no Médio Oriente. O seguinte excerto é retirado do aclamado General Wesley Clark:
“Depois de ter relatado como uma fonte do Pentágono lhe disse, semanas antes do 9 de Setembro, do plano do Pentágono de atacar o Iraque, não suportando o seu não-envolvimento no 9 de Setembro, foi assim que Clark descreveu as aspirações do “golpe” a ser concebido por Dick Cheney [vice-presidente e magnata do petróleo], Don Rumsfeld, Paul Wolfowitz e aquilo a que ele chamou “meia dúzia de outros colaboradores do Projeto para o Novo Século Americano” [PNAC = grupo Neocon]:
Seis semanas mais tarde, eu [Clark] vi o mesmo oficial e perguntei: “Porque é que nós não atacámos o Iraque? Ainda vamos atacar o Iraque?”
Ele disse: “Meu Senhor, é pior que isso. Ele disse – pegou num pedaço de papel da sua secretária – disse: “Acabei de receber este memo do gabinete da Secretaria da Defesa [Rumsfeld]. Diz aqui que vamos atacar e destruir os governos em sete países em cinco anos – vamos começar com o Iraque, e depois vamos prosseguir para a Síria, Líbano, Líbia, Somália, Sudão e Irão.”11
Os Neoconservadores também são conhecidos pela sua declaração pública de “precisar de um novo Pearl Harbour” baseado num documento escrito no anos 90, e que representou subsequentemente o 11 de Setembro – a fraude monstruosa do milénio. Mas isso é outra história!
No livro deste autor The Destiny of the Races and Nations I há um ensaio (The Neocons of the American Administration) escrito em 2005, que descreve a ideologia Neoconservadora e os seus atores mais importantes. Há também uma ligação que liga aos três documentários da BBC (The Power of Nightmares – partes 1-3) acerca dos Neoconservadores e do Médio Oriente. (Antes da BBC “se ter passado para o outro lado” ou, para além do outro lado!)
Daí os Neoconservadores, através da administração dos EUA, estarem ainda a perseguir o seu objetivo de hegemonia no Médio Oriente, mas a Síria está a provar ser um espinho no seu lado, especialmente devido ao movimento tático de Putin, colocando a Rússia na disputa em Outubro de 2015 – o dia a seguir a ter falado nas Nações Unidas. (Ver também a newsletter de Escorpião 2015, com perfis da CIA, Putin, Assad e Síria, propaganda, Neoconservadores e Secretário de Estado da Defesa dos EUA, Ashton Carter.)
Hoje, o grau de desespero dos EUA é revelado na extraordinária e mentirosa propaganda nos média (BBC, CNN, FOX News, The Guardian, New York Times e Washington Post) – que distorceu completamente toda a história da Síria e de Assad, da Rússia e de Putin – devido a motivos ulteriores do petróleo e à bagagem da guerra fria russa que o Pentágono ainda traz consigo, pós Mikhail Gorbachev.
Muitos governos ocidentais e novas fontes estão a concordar obedientemente com a política da Neocon/NATO, incluindo os representantes dos EUA e do Reino Unido nas Nações Unidas. A demonização de Assad continua incessantemente, no entanto este médico oftalmologista é um homem muito diferente do que tem sido injustamente caracterizado. RFK Jr. continua,
“A família de Bashar Assad é alauíta, uma seita muçulmana largamente considerada como alinhada com o lado shiita. “Nunca foi suposto Bashar Assad ser presidente,” disse-me o jornalista Seymour Hersh numa entrevista. “O pai dele trouxe-o de volta da faculdade de medicina em Londres quando o seu irmão mais velho, o suposto herdeiro, morreu num acidente automóvel.”
“Antes da guerra ter começado, de acordo com Hersh, Assad estava a movimentar-se para liberalizar o país. “Eles tinham internet e jornais e máquinas ATM e Assad queria movimentar-se em direção ao ocidente. Depois do 11 de Setembro [a data de nascimento de Assad!], ele deu milhares de ficheiros valiosos à CIA sobre jihadistas radicais, a quem ele considerava um inimigo mútuo.” O regime de Assad era deliberadamente secular e a Síria era impressionantemente diversificada. O governo sírio e militar, por exemplo, era 80 por cento sunita.
Assad manteve a paz entre os seus diferentes povos através de um exército forte, disciplinado e leal à família Assad, uma lealdade assegurada por um corpo nacional de oficiais estimado e altamente pago, uma inteligência com um aparato friamente eficiente e uma propensão para a brutalidade que, antes da guerra, era bastante moderada comparada com as dos outros líderes do Médio Oriente, incluindo os nossos atuais aliados. De acordo com Hersh, “Ele certamente não decapitava pessoas todas as quartas como os sauditas em Meca.”12
Poder-se-ia especular que Assad está no Caminho. Observadores dizem, que vendo as entrevistas em vídeo de Assad, vê-se um indivíduo calmo, firme e forte, no entanto compassivo, que exala integridade. Os que estão familiarizados em “ler” as pessoas vão perceber o que isso significa. (The Charlie Rose, 60 Minutes entrevista com Assad vale a pena ser visto.)
Gastar vários anos para se tornar um médico numa especialidade é normalmente motivado por uma perspetiva compassiva e motivada para curar os outros. (Claro que na história têm havido médicos vis e erradamente motivados!). Assad certamente “não tinha interesse” financeiramente, nem tinha ambições políticas de seguir o seu pai, mas foi obrigado a isso devido à morte do seu irmão.
Podemos imaginar como deve ter sido liderar uma nação durante quase seis anos de conflito sangrento contra os investidos interesses e propaganda supracitados? Caracterizar continuamente Assad como um tirano cruel parece ser, para muitas pessoas razoáveis e pensantes, um exagero. Ele pode não ser santo (de facto não o conhecemos) mas que líder mundial é? Muitos deles são “obrigados” a rotineiramente assinar ordens para os assassínios de indivíduos ou grupos, por drones agentes da CIA, ou através do envio de tropas para a guerra. Assad tem sido provavelmente forçado a algumas convocações difíceis durante os últimos anos. Estamos em posição de julgar e estamos suficientemente informados?
Os estudantes da Sabedoria podem lembrar uma vida passada do Mestre Jesus como Joshua o Filho da Freira:13
“Ele é mencionado primeiro em conexão com a luta contra Amalek em Rephidim, quando ele foi escolhido por Moisés para liderar os israelitas. Em breve ele seria um dos doze chefes que foram enviados para explorar a terra de Canã [parte da Síria, ver mapa]
… Joshua assumiu o comando do povo em Shittim, enviou espiões para Jericó … Na grande batalha de Beth-horon os amoritas foram sinalizados e direcionados, e o sul do país estava aberto a israelitas. Joshua regressou ao campo em Gilgal, mestre de metade da Palestina. Ele derrotou os canaanitas debaixo do rei Jabin de Hazor. Em seis anos, seis tribos, com trinta e um pequenos chefes, foram conquistadas … Joshua e todo o povo lutador … derrubaram estes cinco reis numa grande chacina.”14
- Tudo isto (!) dum discípulo que era um iniciado de segundo grau15 – um avançado estágio de desenvolvimento. O ponto a ter aqui em conta não é justificação para Assad, mas considerar que há ações e eventos que ocorrem na história – dos quais não temos nenhuma ideia das causas últimas por trás dos efeitos exteriores. Se estamos de costas para a parede então medidas impiedosas podem ter que ser tomadas. O que será necessário para compreender esta crise e prevenir Shittim de atingir o torcedor proverbial? Este ensaio procura explorar as causas do “Efeito da Síria”. Alguns dos feitos de Assad podem ser dignos de exame:
•A família Assad pertence ao islão tolerante de orientação alauíta. - As mulheres sírias têm os mesmos direitos que os homens a estudar, à saúde e educação.
- As mulheres sírias não são forçadas a usar burqa. A Xária (lei islâmica) é Síria – apenas os países árabes com uma constituição secular – não toleram movimentos extremistas islâmicos.
- Aproximadamente 10% da população síria pertence a uma das várias denominações cristãs, todos totalmente integrados na vida política e social síria.
- A Síria baniu as sementes geneticamente modificadas (GMO), justificando que a sua decisão foi tomada para “preservar a saúde humana.”
- A Síria tem um abertura à sociedade e cultura ocidentais não existente noutro país árabe.
- Os seus média e universidades debatem abertamente a influência global do poder das elites. Isto significa que eles captam completamente o facto de que o poder real do ocidente não reside na Casa Branca mas antes na grelha complexa e poderosa das elites pensantes e bancos centrais.
- Através da história houve cinco papas de origem síria. A tolerância religiosa é única na zona.
- Antes da guerra civil atual a Síria era um dos únicos países pacíficos da zona, tendo evitado guerras importantes ou conflitos internos.
- A Síria foi o único país que admitiu refugiados iraquianos sem nenhuma discriminação social, política ou religiosa.
- A Síria clara e inequivocamente opõe-se ao sionismo e ao governo de Israel.
- Na sequência de uma descoberta massiva de petróleo nas Colinas de Golã da Síria, ocupada por Israel desde 1967, Netanyahu pediu recentemente a Obama para reconhecer a sua anexação do território. Para consolidar o seu domínio, os seus planos estão em ação para quadruplicar os números dos colonizadores de Israel para 100.000.
- A Síria é um dos únicos países no Médio Oriente sem dívidas ao Fundo Monetário Internacional (para além da Líbia pré-invasão e do Irão.)
- A Síria é o único país mediterrânico que continua a ser dono da sua própria companhia de petróleo, com uma reserva de petróleo de 2.500 milhões de barris, uma operação que evitou a privatização e está reservada exclusivamente para empresas detidas pelo estado.
De acordo com RFK Jr., a próxima etapa de intromissão na Síria aconteceu em 2011 quando houve,
Compare isto à absolutamente draconiana Arábia Saudita – rica em petróleo e aliada dos EUA, – cuja marca sunita do wahhabismo insiste numa lei da Xária restrita, decapitações, repressão das mulheres, etc.; é largamente acusada de ter um dos piores registos de direitos humanos no mundo.
“… algumas pequenas, pacíficas demonstrações em Damasco contra a repressão do regime de Assad. Estas são principalmente as emanações da Primavera Árabe que se espalhou de forma viral através dos Estados da Liga Árabe, no verão anterior. No entanto, os telegramas do WikiLeaks indicam que a CIA já estava no terreno na Síria.
Mas os reinos sunitas com vastos petro-dólares em jogo queriam um envolvimento muito mais profundo por parte da América. A 4 de Setembro de 2013 o Secretário de Estado John Kerry disse numa sessão do congresso que os reinos sunitas [sauditas etc.] tinham-se oferecido para pagar a conta de uma invasão dos EUA à Síria para desalojar Bashar Assad …
Apesar da pressão por parte dos republicanos, Barack Obama recusou usar jovens americanos para morrerem como mercenários por causa de um conglomerado de gasodutos. Obama ignorou sabiamente o clamor republicano de colocar tropas de terra na Síria ou direcionar mais fundos para “insurgentes moderados.” Mas nos finais de 2011, a pressão republicana e os nossos aliados sunitas pressionaram o governo americano para a disputa.
Em 2011, os EUA juntaram-se à França, ao Qatar, à Arábia Saudita, Turquia e Reino Unido para formar a Aliança dos Amigos da Síria, que exigiu formalmente o afastamento de Assad. A CIA providenciou 6 milhões de USD a Barada, um canal de TV britânico, para produzir peças a suplicar o afastamento de Assad.
Os documentos da inteligência saudita, publicados pela WikiLeaks, mostram que em 2012, a Turquia, o Qatar e a Arábia Saudita estavam a armar, treinar e financiar combatentes radicais jihadistas sunitas da Síria, do Iraque e de quaisquer outros lados para depor o regime aliado-shiita de Assad. O Qatar, que tinha o maior interesse em ganhar, investiu 3 biliões na criação da insurgência e convidou o Pentágono a treinar os insurgentes nas bases dos EUA no Qatar. De acordo com um artigo de April de 2014 de Seymour Hersh, as armas da CIA foram financiadas pela Turquia, Arábia Saudita e Qatar.”16
Pouco a pouco, durante este período breve de anos, a maquinação e organização foi ainda mais desenvolvida para abater a Síria. A passagem seguinte citada do RFK Jr. é extensiva (cerca de uma página), providenciando grandes insights sobre as maquinações daquela época:
“Rand [Um relatório financiado pelo Pentágono em 2008] recomendou usar “ação secreta, operações de informação, combate não convencional” para reforçar uma estratégia de “dividir e reinar”. “Os Estados Unidos e os seus aliados locais poderiam usar os jihadistas nacionalistas para lançar uma campanha de apoiantes” e “os líderes dos EUA também poderiam escolher capitalizar na sustentada trajetória de conflito shiita-sunita tomando o lado dos regimes conservadores sunitas contra os movimentos de empoderamento dos shiitas no mundo muçulmano … possivelmente apoiando os governos sunistas autoritários contra o continuamente hostil Irão.”
“Como previsto, a reação exagerada de Assad à crise criada no estrangeiro — lançando bombas de barril contra fortes sunitas e matando civis — a Síria shiita/sunita polarizada dividiu-se e permitiu aos responsáveis políticos dos EUA vender aos americanos a ideia de que uma luta de gasodutos era uma guerra humanitária.
“Quando os soldados sunitas do exército sírio começaram a desertar em 2013, uma coligação ocidental armou o Exército Livre Sírio com a finalidade de destabilizar ainda mais a Síria. O retrato da imprensa do Exército Livre Sírio como batalhões coesos de desertores moderados foi uma ilusão. As unidades dissolvidas reagruparam em centenas de milícias independentes, a maior parte das quais eram comandadas por, ou aliadas com, militantes jihadistas que eram os lutadores mais comprometidos e efetivos. Nessa altura, os exércitos sunitas da Al Qaeda no Iraque estavam a cruzar a fronteira do Iraque para a Síria e a juntar forças com os esquadrões de desertores do Exército Livre Sírio, muitos deles treinados e armados pelos EUA.”
Apesar da prevalência nos média de um retrato de árabes moderados revoltados contra o tirano Assad, os planeadores da inteligência dos EUA sabiam à partida que os seus mandatários jihadistas radicais do gasoduto provavelmente talhariam para si próprios um novo califado islâmico das regiões da Síria e do Iraque.
Dois anos antes os cortadores de garganta do ISIL avançaram para o palco mundial, um estudo de sete páginas em 12 de Agosto de 2012, pela Agência de Inteligência e Defesa dos EUA, obtida pelo grupo da ala direita Judicial Watch, avisou que graças ao apoio contínuo da Coligação EUA/Sunistas aos jihadistas sunitas, “o Salafita, a Irmandade Muçulmana e o AQI (agora ISIS), são as forças principais de insurgência na Síria.”
Usando financiamento dos EUA e do estado do Golfo, estes grupos transformaram os protestos pacíficos contra Bashar Assad numa “direção claramente sectária (shiitas vs. sunitas).” As notas escritas de que o conflito se tinha tornado numa guerra civil sectária apoiada pelos “poderes religiosos e políticos” sunitas. O relatório retrata o conflito sírio como uma guerra global pelo controlo dos recursos da região com “o ocidente, os países do Golfo e a Turquia a apoiar a oposição [a Assad], enquanto que a Rússia, a China e o Irão apoiam o regime.”
Os autores do relatório de sete páginas do Pentágono parecem aprovar o advento previsto do califado do ISIS: “Se a situação se desenvolver, há a possibilidade do estabelecimento de um principado salafita declarado ou não declarado na Síria Oriental (Hasaka e Der Zor) e isto é exatamente o que os poderes apoiantes da oposição querem de forma a isolar o regime sírio.” O relatório do Pentágono avisa que este novo principado poderia mover-se através da fronteira iraquiana até Mosul e Ramadi e “declarar um estado islâmico através da sua união com outras organizações terroristas no Iraque e na Síria.”
Claro que foi exatamente isto que aconteceu. Não coincidentemente, as regiões da Síria ocupadas pelo Estado Islâmico englobam exatamente a rota proposta para o gasoduto qatarense.
Mas, em 2014, os mandatários sunitas horrorizaram o povo americano decapitando cabeças e conduzindo um milhão de refugiados em direção à Europa. “Estratégias baseadas na ideia de que o inimigo do meu inimigo é meu amigo pode ser cegueira,” diz Tim Clemente, que presidiu à Joint Terrorism Task Force do FBI entre 2004 e 2008 e serviu como ligação no Iraque entre o FBI, a Polícia Nacional Iraquiana e as Forças Armadas dos EUA.”17
Bom, por esta altura muitos dos leitores já entenderam o quadro – um argumento muito convincente fornecido por RFK, consolidado por muitos outros observadores, investigadores e escritores de todo o mundo. RFK termina o seu artigo com as seguintes inspirações:
“Temos que reconhecer que o conflito sírio é uma guerra de controlo pelos recursos, indistinta da miríade clandestina e não declarada de guerras do petróleo em que temos lutado no Médio Oriente durante 65 anos. E somente quando virmos este conflito como uma guerra por um gasoduto os eventos tornar-se-ão compreensíveis. É o único paradigma que explica que o GOP (Partido Republicano) em Capitol Hill e a administração Obama ainda estejam mais fixadas na mudança do regime do que na estabilidade regional” …
“Uma vez que dispamos este conflito da sua pátina e reconheçamos que o conflito sírio é uma guerra do petróleo, a nossa estratégia de política estrangeira tornar-se-á clara. Tal como os sírios a fugirem para a Europa, nenhum americano quer enviar os seus filhos para morrerem por um gasoduto. Em vez disso, a nossa primeira prioridade deve ser aquela que ninguém menciona — temos que colocar na prateleira a nossa atração [dependência] do petróleo do Médio Oriente, um objetivo cada vez mais viável, à medida que os EUA se tornam mais independentes a nível energético.
De seguida, precisamos de reduzir dramaticamente o nosso perfil militar no Médio Oriente e deixar os árabes gerir a Arábia. Para além da assistência humanitária e garantir a segurança das fronteiras de Israel, os EUA não têm papel legítimo neste conflito. Embora os fatos provem que nós tivemos um papel importante em criar a crise, a história mostra que temos pouco poder para resolvê-la.
“Os pais fundadores da América avisaram os americanos contra exércitos a postos, emaranhados estrangeiros e, nas palavras de John Quincy Adams, “ir para o estrangeiro à procura de monstros para destruir.” Esses homens sábios compreenderam que o imperialismo estrangeiro é incompatível com a democracia e com os direitos civis em casa.
A Carta do Atlântico ecoou o seu ideal americano seminal em que cada nação deveria ter o direito à auto-determinação. Durante as últimas sete décadas, os irmãos Dulles, o gang Cheney, os neoconservadores e os da sua laia sabotaram esse princípio fundamental do idealismo americano e posicionaram o aparato das nossas forças armadas e inteligência para servir os interesses mercantis de grandes corporações e particularmente, as companhias de petróleo e os fornecedores militares que literalmente beneficiaram de morte com estes conflitos.
Chegou a altura dos americanos afastarem a América deste novo imperialismo, de regresso ao caminho do idealismo e da democracia. Devemos deixar os árabes governar a Arábia e voltar as nossas energias para o grande esforço duma nação a construir em casa. Nós precisamos de iniciar este processo, não invadindo a Síria, mas acabando com a ruinosa dependência do petróleo que distorceu a política estrangeira dos EUA durante meio século.”18
Resumo das Datas da Intromissão dos EUA na Síria
1949 – A CIA iniciou a sua intromissão.
1957 – Golpe falhado.
2000 – O Qatar propôs a construção do gasoduto.
2003 – Os Neoconservadores votaram a “destruição de 7 países do Médio Oriente em 5 anos”, incluindo a Síria.
2008 – O relatório Rand do Pentágono recomendou o uso de “acção encoberta” na Síria.
2009 – Bashar Assad rejeitou o gasoduto do Qatar.
2009 – Os planeadores das Forças Armadas e da Inteligência fomentam a revolta sunita na Síria.
2011 – Protestos pacíficos na Síria da “Primavera Árabe” – iniciados pelos Neoconservadores – Wolfowitz.
2011 – A pressão republicana e os aliados sunitas empurram o governo dos EUA para a disputa.
2012 – Estudo DIA – Forças importantes de insurgência salafita, Irmandade Muçulmana, AQI (ISIS).
2013 – Coligação Ocidental armou o Exército Livre Sírio para destabilizar ainda mais a Síria.
2013 – Washington Institute for Near East Policy (Equipa de especialistas do lobby de Israel:
“Atacar a Síria é a melhor forma de lidar com o Irão.”
2013 – John Kerry: os reinos sunitas ofereceram-se para pagar a conta de uma invasão à Síria por parte dos EUA para afastar Bashar Assad.
2014 – Mandatários sunitas dos EUA – decapitando cabeças, conduzindo um milhão de refugiados em direção à Europa.
2015 – Putin dramaticamente faz um movimento militar para apoiar abertamente a Síria.
As seguintes datas recentes têm todas relação umas com as outras como mais uma demonização e atribuição de culpa à Rússia e à Síria por parte das nações ocidentais:
2016 – 17 Set. – EUA/forças aliadas atacam o exército sírio matando pelo menos 62 soldados.
2016 – 17–19 Set.: 4 Bombardeamentos à volta de Nova Iorque – Alegados como uma cortina de fumo para retirar das manchetes o ataque dos EUA ao exército sírio.
2016 – “White Helmets” mais tarde revelado como propaganda na Síria para a NATO.
2016 – 19 Set. – Comboio de ajuda sírio é atacado resultando em muitas baixas. Culpado o exército sírio e Assad. A Rússia foi responsabilizada por parte dos EUA.
2016 – 25 Set. – Embaixadores dos EUA, Reino Unido e França deixam a reunião da ONU na Síria.
2016 – 28 Set. – O relatório holandês diz que o MH17 foi abatido por armas russas.
Robert F. Kennedy leva-nos até 2015, depois uma reviravolta dramática de eventos inicia-se em 2016 apenas alguns dias depois de um cessar-fogo ter sido organizado pela Rússia e pelos EUA. A 17 de Setembro, as forças dos EUA e aliadas atacaram o exército sírio matando pelo menos 62 soldados e ferindo mais de 100.
“O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse, num discurso contundente, que os ataques estavam “no limite entre a negligência criminal e a conivência direta com terroristas do Estado Islâmico”. 19
“Os EUA deram as condolências e insistiram que os ataques aéreos tinham sido um erro.” A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power (com fortes simpatios Neoconservadoreservadoras), diz que a “Rússia precisa realmente parar de marcar pontos baratos.” Aliás, na ONU, por volta da mesma altura, Obama disse: “Num mundo que deixou a era do império para trás, vemos a Rússia tentando recuperar a glória perdida através da força.” comentou Bashar Assad,
“Não foi um acidente provocado por um avião; foram quatro aviões que continuaram a atacar a posição das tropas sírias durante mais de uma hora,” disse Assad a AP, acrescentando que eles estavam a atacar uma grande área que era “constituída por muitas montanhas” adjacentes ao local onde as tropas sírias estavam estacionadas.”20
A avaliar pelas ações ou falta delas do Secretário de Estado John Kerry, os EUA não querem a paz. Numa fuga recente de uma gravação, Kerry disse:
“Eu debati-me pelo uso da força. Eu fui firme. Eu sou o tipo que se levantou e anunciou que íamos atacar Assad por causa das armas, e depois tu sabes que as coisas evoluíram para um processo diferente.”
“Em relação à Rússia, Kerry proclamou, “Nós estamos perto de suspender o debate,” acrescentando, “É um daqueles momentos em que nós vamos ter que encontrar outras alternativas durante um período de tempo.”21
E porque é que queremos a paz se o resto dos Neoconservadores da administração Obama querem derrubar “sete nações em cinco anos”? Está Kerry apenas a jogar o jogo de parecer que está a negociar a paz? Da mesma forma a representante dos EUA na ONU, Samantha Power:
“Muito poderia ser recolhido do ataque de raiva irreverente de Samantha Power, à saída da sessão crucial de emergência do Conselho de Segurança da ONU, depois dos EUA terem atacado e massacrado mais de 80 soldados militares sírios, depois dos ataques aéreos da “Coligação” em Dier Azor – um ataque dos EUA que permitiu ao ISIS avançar estrategicamente através das posições defensivas do Exército Sírio. Sem dúvida, esta ação por parte dos EUA foi o que deitou por terra qualquer hipótese de um acordo viável de cessar-fogo. O poder passou então a estar concentrado em culpar a Rússia pelo conflito.”22
Temos também que ter em mente que uma larga base do ISIL vem do Exército Iraquiano de Saddam Hussein, abandonado depois da deposição de Hussein do poder – outra invasão instigada pelos Neoconservadores baseada na mentira de armas de destruição em massa. Daí o pântano do Médio Oriente, um desastre de sofrimento humano um após o outro.
Filósofo, o Papa Francisco, fez algumas declarações perspicazes sobre a paz:
“Quando uma criança egípcia a viver nos subúrbios de Roma perguntou ao Papa, “Porque é que as pessoas poderosas não ajudam as escolas?” o Papa respondeu, “Podemos fazer uma pergunta mais importante. “Porque é que tantas pessoas poderosas não querem a paz?”
“Porque elas vivem da guerra, a indústria de armamento é um assunto sério! Os poderosos ganham a vida produzindo e vendendo armas aos países: é a indústria da morte, eles fazem dinheiro com isso. Sabes que a ganância é realmente má, o nosso desejo de ter mais, mais dinheiro: e quando nós vemos que anda tudo à volta do dinheiro, que o sistema económico anda à volta do dinheiro e não das pessoas, à volta dos homens e mulheres, uma grande parte é sacrificada e as pessoas vão para a guerra para defender o dinheiro.
É por isso que tantas pessoas não querem a paz: tens mais lucro com a guerra e o dinheiro mas perdes vidas, cultura, educação, perdes tantas coisas. Conheci um velho padre há alguns anos que costumava dizer: o diabo entra pelas carteiras das pessoas adentro, através da ganância e é por isso que eles não querem a paz,” disse o Pontífice com 78 anos de idade.23
Vénus em Escorpião e a Síria
À medida que o Sol atravessa Balança durante este ano, a sua expressão é qualificada pelo posicionamento do seu regente, Vénus, em trânsito por Capricórnio até 24 de outubro. Isto vai ter uma influência intensa em todas as relações humanas, particularmente quanto às crises nas negociações de paz na Síria. A Síria está a encaminhar-se para o seu retorno anual de Vénus – Tem Vénus no grau 27º 17’ de Escorpião. (0:00 am, 1 de janeiro de 1944. Damasco.)
Da perspetiva centrada na personalidade, Vénus em Escorpião está profundamente relacionada com sexo, intensidade emocional e jogos de poder nos relacionamentos. Atualmente, Rússia e EUA não são bons amantes e têm de acabar com o antagonismo que tem vindo a impulsionar o teatro sírio; o seu destino futuro é trabalhar em conjunto de forma harmoniosa como almas Aquarianas na Era de Aquário. As forças do materialismo e vários interesses particulares estão atualmente a impedir que haja “bom sexo” entre a Rússia e os EUA. (O Sol libriano de Putin está em cima do Saturno dos EUA em Balança e isto é a pausa para alguma reflexão sobre ligações kármicas.)
- Num cenário de Vénus em trânsito em Escorpião, muitas vezes a linha de menor resistência está no facto de que aqueles que negoceiam um acordo tendem a ser secretivos e possessivos, não confiando uns nos outros – agravando a situação já existente com mentiras, paranoia e desconfiança. Há também uma tendência, por via da expressão mais baixa de Vénus em Escorpião, para fazer reféns no plano astral, criando chantagem emocional – parece que muitas notícias de propaganda tentam fazer isto.
__ - Outra possibilidade é uma ou ambas as partes tornarem-se particularmente cruéis, baseando-se no poder destrutivo de Plutão e Marte, os regentes de Escorpião. Isto, claro, pode conduzir a todo o tipo de conflito externo ao mesmo tempo que a diplomacia é enfraquecida, as regras de compromisso são completamente abolidas – e é adotada uma abordagem de tudo ou nada.
__ - Um terceiro cenário é aquele em que todos os envolvidos, de forma metódica e firme, encaram os problemas de frente, se mantêm empenhados no diálogo reconhecendo o que flagrantemente se passa no submundo de Plutão – procurando sinceramente encontrar o caminho para a saída das trevas infernais (de Alepo) para a luz do dia. É aqui que Vénus em Escorpião sobressai como um agente transformador das relações.
__
Atualmente, no momento em que isto está a ser escrito, o ponto 1 tem acontecido e parece que nos encaminhamos para o ponto 2. O ponto 3 permanece ainda como um sonho. Esotericamente, Vénus em Escorpião é,
“… a mente inteligente … o seu poder diminuído neste signo porque o intelecto – tendo sido desenvolvido e utilizado – deve agora ser subordinado a um poder mais elevado da alma, a intuição espiritual.” 24
Será que o bem mais elevado conseguirá emergir neste período, através das corretas relações e da incansável perseverança pela paz (auxiliada pela intuição), para que Balança o pacificador triunfe?
Esta crise síria é muito profunda e globalmente ameaçadora, no entanto, os reais motivos dos poderes do Ocidente têm sido obscurecidos pela propaganda e por outras histórias distrativas ou mesmo manipuladas de “acontecimentos” nos média. 25
Marte em Capicórnio
Outro fator que poderá complicar ou potenciar a situação na Síria é o trânsito de Marte em Capricórnio durante todo o mês, enquanto o Sol estiver em Balança. Marte está exaltado em Capricórnio e, na sua expressão mais baixa, pode criar muita ambição e competição entre as nações que estão a negociar a paz na Síria. Marte em Capricórnio pode criar um egoísmo frio e calculista (sobre o dinheiro e recursos), um desejo de reconhecimento e de status, especialmente pelos políticos, gente dos negócios e militares.
Já existe um pouco de autoengrandecimento por parte de algumas nações, numa tentativa de manter o seu sentido de identidade sob controlo. Esotericamente, Marte em Capricórnio é,
“… O Deus da Guerra, o Produtor de conflitos e, neste signo terreno, Marte triunfa nas fases iniciais … na história de vida do homem pouco desenvolvido e do homem comum. Materialismo, a luta pela satisfação das ambições pessoais e o conflito com tendências espirituais mais elevadas prosseguem firmemente e este, que é o mais material de todos os signos, é o campo de batalha entre os hábitos, a velha ordem estabelecida e as novas e mais elevadas tendências e inclinações.”1
A Influência de Israel na Síria (2016)
Muitos observadores têm afirmado que o controlado pelo Sionismo, Israel, é a principal influência por detrás destes problemas do Médio Oriente – the “tail that wags the dog” of USA [NT: expressão ing. usada quando a parte menos importante influencia a mais importante]; que a ideologia Sionista de direita leva os neoconservadores a fazerem a sua aposta no Médio Oriente, baseada na sua insegurança fruto da ocupação ilegal da Palestina em 1948 – no meio de várias nações árabes. Reparem nesta data, por altura da criação da CIA em 1947 e da sua “ativa ingerência” em 1949.
Assumindo a posição de observador imparcial relativamente aos Sionistas se terem organizado para criar uma “terra natal” nos anos 1940, o Mestre faz um comentário. Quando ele se refere aos “Judeus”, ele quer dizer os Sionistas:
“A área de dificuldade – como é bem sabido – é o Próximo Oriente e a Palestina. Os Judeus, pelas suas atividades ilegais e terroristas, [bem documentadas] criaram uma base de grande dificuldade para aqueles que procuram a promoção da paz mundial. Como referiu um membro Judeu do meu Ashram (e eu recomendo-o pela visão da sua alma), os Judeus, mais uma vez, abriram parcialmente as portas para as Forças do Mal, que trabalharam inicialmente através de Hitler e do seu bando de malfeitores.
O “selar” dessa porta não tinha sido bem sucedido e cabe à sabedoria descobrir isso a seu tempo. Estas Forças do Mal trabalham através de um triângulo do mal, sendo que um dos pontos pode ser encontrado no Movimento Sionista nos Estados Unidos, outro na Europa central e o terceiro na Palestina. A Palestina já não é a Terra Santa e não deve dessa forma ser considerada.” 26
Podemos observar que, desde essa altura, os Sionistas consolidaram consideravelmente o seu controlo sobre o ponto Israelo-Palestiniano do triângulo. Especula-se que o ponto na Europa pode ser Viena, porque é onde Theodore Herzl, o fundador do moderno Sionismo, lançou o semanário Die Welt (O Mundo) em 1897 para promover o Sionismo. O ponto nos EUA é provavelmente na cidade de Nova Iorque ou Chicago, ambas poderosas bases sionistas.
Outro tema continuamente em curso em Israel e na Síria é o petróleo e o armamento. Num artigo, The ongoing media propaganda war against Syria, Daniel Margrain fala sobre uma estratégia alargada para desmembrar a Síria:
“…aquilo que tem sido pouco mencionado nos principais meios … o estado Judeu concedeu direitos de exploração no interior da Síria, nos ocupados Montes Golan à multinacional, Genie Energy. Os principais acionistas da empresa – que têm também interesses no gás de xisto nos Estados Unidos e petróleo de xisto em Israel – incluem Rupert Murdoch e o Lord Jacob Rothschild.
Outras entidades envolvidas incluem a subsidiária israelita, Afek Oil and Gas, American Shale, French Total e a BP. Existe, portanto, uma alargada e poderosa rede de ligações de interesses americanos, britânicos, franceses e israelitas na linha da frente para promover o desmembramento da Síria e para o controlo do que pensam ser, potencialmente, os vastos recursos de petróleo e gás não explorados no país.Entretanto, do outro lado do Atlântico, os grandes empreiteiros da indústria da defesa, Raytheon, Oshkosh, e a Lockheed Martin, asseguram aos investidores que eles têm a ganhar com a escalada dos conflitos no Médio Oriente. Bruce Tanner, vice-presidente executivo da Lockheed Martin, disse que a sua companhia teria “benefícios indiretos” da guerra na Síria. Adicionalmente, um acordo que autorizou 607 biliões de dólares para a defesa, negociado pelo Congresso norte-americano, foi descrito como um “presente” para a indústria.Que melhor forma para beneficiar deste “presente” do que as principais potências assegurarem o potencial dos hidrocarbonetos dos recursos da costa síria, com o objetivo de reduzir a dependência europeia do gás russo e aumentar o potencial da independência energética.” 27
Shimon Peres e Israel: Guerra e Paz
(Shimon Peres: 2 de agosto de 1923 – 28 de setembro de 2016)
Peres tinha o Sol em Leão, um verdadeiro “Leão de Judá” com a Lua em Carneiro e uma conjunção de Mercúrio-Neptuno em Leão, refletindo a sua oratória inspiradora. Ele foi um dos pilares da fundação de Israel, fundado, no entanto, com base na distorcida ideologia Sionista que promoveu a “terra natal” para os Judeus.
A formação de Israel criou um “estado de separação” manifestando uma profunda cristalização da ideologia sionista, complicando a condição do povo judeu como um todo, o seu eterno problema da não assimilação. (Pelo menos para um terço dos judeus que residem em Israel.) Esta atitude de orgulho racial e de separatismo está refletida no horóscopo de Israel de 1948, com a conjunção de Lua e Plutão em Leão.
Os média mais populares dizem que no início Peres era um “falcão” mas, uns anos mais tarde, era muito mais a “pomba”, com a sua promoção de igualdade para os palestinianos e a solução dos dois estados. A sua perspetiva inicial pode ter sido governada pela sua Lua em Carneiro regido por Marte e, nos últimos anos, por Saturno em Balança.
“Israel não deve ser apenas um recurso mas também um valor. Um apelo moral, cultural e científico para a promoção do homem, qualquer homem. Deve ser um lar bom e acolhedor para os judeus que não são israelitas, bem como para os israelitas que não são judeus. [Hoje em dia, qualquer novo imigrante tem de ser judeu para viver em Israel.] E deve criar oportunidades iguais para todos, sem fazer discriminações entre religiões, nacionalidades, comunidades ou sexo… Já vi Israel nas suas horas mais difíceis e também em momentos de realização e elevação espiritual.
A minha idade permite-me estar num ponto a partir do qual posso observar a cena da nossa vivificadora nação, espalhada em toda a sua glória… Deixem-me ser um otimista. Deixem-me ser um sonhador deste povo. Se, por vezes, a atmosfera é outonal e se hoje também o dia subitamente se tornou cinzento, o presidente que Israel escolheu nunca se cansará de encorajar, despertar e relembrar – porque a primavera está a aguardar por nós. A primavera acabará por chegar.” (Shimon Peres) 28
Grandes sentimentos, mas à dura luz da história de Israel, os seus esforços pacificadores foram um sonho impossível para compensar os deslocados palestinianos, um problema que ainda não foi resolvido desde a criação de Israel.
“A primavera está a aguardar” porque Israel está preso, de forma quase irremediável, num longo inverno que oferece sobretudo gelo e um coração frio aos palestinianos –
equivalendo essencialmente a “limpeza étnica”. Foi notório, no funeral de Peres, o facto de Obama ter recitado tantos louvores de frases que devem ter sido música para alguns ouvidos sionistas. Aqui ficam alguns exemplos do seu discurso:
“Justiça e esperança no coração da ideia sionista numa terra natal reconquistada.” Que quantidade de lixo conivente! Completamente o oposto da ala direita sionista.
Obama falou das atrocidades nazis durante a Segunda Guerra Mundial, o que não deixa de ser irónico quando disse, “ a forma como um grupo de pessoas desumaniza outro” – precisamente o que continua a acontecer com o apartheid na Palestina, um exemplo de um dos piores registos do abuso dos direitos humanos no mundo.
Então, houve a dissimulação de Obama, “O povo Judeu não nasceu para governar outro povo”. Estas palavras soaram muito vazias e sem sentido. Acho que ninguém dos presentes no funeral de Peres acreditasse nisso por um segundo! Porque isto é exatamente o que os sionistas fazem, não apenas na região do Médio Oriente mas especialmente “governando” os EUA. Basta apenas ver o grande mestre de marionetas, Netanyahu no Congresso norte-americano a receber 29 ovações de pé! Para perceber o grau de controlo existente.
Tem havido muitos líderes israelitas nos últimos setenta anos que fizeram terríveis declarações sobre como outras nações ou “Goys” (não judeus) são inferiores e que deviam ser sujeitas ao domínio israelo-sionista.
Devido em parte às suas capacidades de mediação librianas, Peres foi também determinante na criação da indústria das armas nucleares em Israel. (O falcão e a pomba de Carneiro-Balança.) Mas foi mais a desonestidade de Peres a responsável pela obtenção do que era necessário para um reator nuclear. Há uma história fantástica sobre a forma como Peres mexeu os cordelinhos para conseguir isto – “How Shimon Peres Stole the Nuclear Bomb with a Bluff”.
“A bomba israelita permitiu-lhe virtualmente rejeitar todas as iniciativas de paz que lhe foram oferecidas desde 1967 … A oposição à bomba israelita foi forte e cruzou grupos políticos. Entre aqueles que estavam contra, encontrava-se o futuro primeiro-ministro Levi Eshkol, Pinchas Sapir, Yigal Alon, Golda Meir e o líder do desenvolvimento de almas de Israel, Yisrael Galili.” 29
Atualmente, Israel tem um dos maiores e mais sofisticados arsenais de armas nucleares do mundo. Algo sobre o qual se deve refletir, à luz das revelações que foram feitas no dia seguinte à morte de Peres – de que Peres afirmou ter persuadido Netanyahu a não fazer desferir um ataque nuclear contra o Irão em 2014. 30
Peres era considerado como um “grande expoente da paz” e recebeu o Prémio Nobel da Paz conjuntamente com Arafat e Rabin em 1994. Na realidade, os seus esforços idealísticos foram em vão – como “trancar as portas da casa depois desta ter sido roubada”. Talvez ele só tenha alinhado no jogo de parecer ser um pacificador:
Agora que Peres já abandonou o palco, existirá um vazio e até onde é que isso levará Netanyahu? Paradoxalmente, este homem tem o Sol e vários planetas em Balança! (Ver este link para a sua análise astrológica).
Mas Simon Peres é um daqueles líderes israelitas à semelhança de Ben Gurion, seu mentor e Ariel Sharon, que construíram um mito à sua volta. Parte, propaganda política, parte, construção da sua imagem e parte, a necessidade dos israelitas e do resto do mundo de acreditarem no mito que lhes foi vendido de Israel como o milagre no deserto, as pessoas que fizeram uma terra estéril florir, que drenaram pântanos e os transformaram em prósperos kibutzes.” 31
“Peres era intermitente na sua procura da paz com os árabes. Na verdade, em 1993, ele conduziu o esforço que culminou nos Acordos de Oslo. Mas os subsequentes governos israelitas abandonaram-nos e finalmente acabaram por cair completamente em descrédito tanto à esquerda como à direita.
Da mesma forma, uma reportagem da NBC diz , em parte:
“Peres era intermitente na sua procura da paz com os árabes. Na verdade, em 1993, ele conduziu o esforço que culminou nos Acordos de Oslo. Mas os subsequentes governos israelitas abandonaram-nos e finalmente acabaram por cair completamente em descrédito tanto à esquerda como à direita.
Mas Simon Peres é um daqueles líderes israelitas à semelhança de Ben Gurion, seu mentor e Ariel Sharon, que construíram um mito à sua volta. Parte, propaganda política, parte, construção da sua imagem e parte, a necessidade dos israelitas e do resto do mundo de acreditarem no mito que lhes foi vendido de Israel como o milagre no deserto, as pessoas que fizeram uma terra estéril florir, que drenaram pântanos e os transformaram em prósperos kibutzes.” 31
Da mesma forma, uma reportagem da NBC diz , em parte:
apenas fingiu alcançar a paz e um estado palestiniano independente.
“De acordo com o analista político Mahdi Abdel Hadi, o antigo presidente e duas vezes primeiro-ministro apenas fingiu alcançar a paz e um estado palestiniano independente.
Hadi chamou a Peres uma “raposa” que fortaleceu Israel, “mentindo, enganando, manipulando os dados, fazendo jogos.” [Talvez Peres fosse ascendente Gémeos? Não existe hora de nascimento disponível.]
O proeminente político e ativista palestiniano Mustafa Barghouti acusou Peres de “iludir a causa da paz.” Barghouti acrescenta: “Ele é agora apresentado por todo o mundo como um pacificador, mas foi ele que criou … o poder nuclear em Israel e o poder israelita que foi usado contra os palestinianos e diversas nações árabes.” 32
O falecimento de Peres é certamente oportuno tendo em conta as eminentes eleições norte-americanas em novembro e da possibilidade, se Clinton for eleita, da política sionista e do controlo por parte de Israel continuarem. Basta apenas olhar para as notas de solidariedade proferidas por Obama e Bill Clinton nos seus elogios para perceber este facto.
Hillary Clinton: As Eleições Americanas de 8 de Novembro de 2016
Num recente discurso de Hillary Clinton (Março de 2016) no AIPAC (American Israel Public Affairs Committee), foi noticiado:
“Hillary Clinton tem sido sempre radical quanto ao Médio Oriente … Muita da retórica da candidata presidencial democrata parece indistinta da de um neoliberal. Alguns observadores compararam-na até com o primeiro-ministro israelita da linha dura da ala direita, Benjamin Netanyahu.
“ Os Estados Unidos e Israel têm de estar mais unidos do que nunca, mais fortes do que nunca, ”declarou Clinton. “Temos de levar a nossa aliança para um nível acima,” disse ela, apelando “ainda a uma mais intensa segurança e cooperação diplomática” e exigindo que os Estados Unidos armem os militares israelitas “com a mais sofisticada tecnologia de defesa.”
… Ela afirmou o seu firme apoio à organização – o que é notório pelo seu igualmente firme apoio às políticas de direita, tais como, a sua veemente oposição ao acordo nuclear com o Irão – e falou de forma radiante sobre “o privilégio de trabalhar intimamente com os membros do AIPAC para fortalecer e aprofundar os laços entre a América e Israel.” 33
(E quem poderia alguma vez esquecer Hillary Clinton a regozijar-se, numa entrevista, com o cruel assassinato de Kadhafi – líder da Líbia, outra nação destabilizada por EUA-Reino Unido-França; tornado agora num estado falhado, tendo-se criado um vazio, permitindo o brotar de todo o tipo de grupos insurgentes pelo país. E também houve a terrível tragédia de Benghazi com o envolvimento de Clinton.)
Quem quer que fique no gabinete, uma coisa é certa, esse líder será ditado pelos neoconservadores como representantes do Israel sionista. (Reparem nesta distinção aqueles que possam ser demasiado apressados em atribuir rótulos de anti-Semitismo.)
Pode pois ser um alívio para toda a gente se Trump não for eleito, mas Clinton pode ser ainda mais perigosa, trabalhando para o status quo, perpetuando as intermináveis guerra e agressão no Médio Oriente e noutros países. É interessante notar que a família republicana Bush pode votar na democrata Clinton nestas eleições.
Tem havido análises dos candidatos às eleições norte-americanas em anteriores newsletters. A análise dos trânsitos de Trump para o dia 8 de novembro estão aqui. A de Clinton está aqui. A análise de Trump é muito mais detalhada. Ele tem excelentes hipóteses, mas, ao contrário de Clinton, tem dois trânsitos muito difíceis que o podem derrubar. (Ver os pontos 6 e 7 na newsletter.)
A campanha eleitoral está agora a ficar cada vez mais suja e enlouquecida à medida que ambos os candidatos trocam acusações de indecência sexual ou financeira, de rumores, etc. Mais comentários sobre a eleição do próximo presidente norte-americano, serão publicados na próxima newsletter de Escorpião para a Lua cheia de Novembro.
Russia e EUA: Corretas Relações Librianas
Esta secção repete algum conteúdo de newsletters dos últimos anos e ajuda-nos a relembrar a dinâmica das energias entre a Rússia e os EUA. É certamente oportuno rever a relação da Rússia com os EUA, pelo facto de terem voltado a cair numa guerra fria.
“… há três grandes energias que se fundem entre si ou centros vitais presentes no nosso planeta:
- Rússia, fundindo e misturando a Europa de Leste e Ocidental e a Ásia Setentrional.
- Os EUA (e mais tarde a América do Sul), fundindo e misturando a Europa Central e Ocidental e todo o hemisfério ocidental.
- O Império Britânico, fundindo e misturando homens e raças através do mundo inteiro. Nas mãos destas nações está o destino do nosso planeta” 34
Uma declaração bastante extraordinária! Destes países, dois são regidos por Aquário ao nível da alma – Rússia e EUA – é bastante apropriado que dois destes três grupos tenham “orientação da alma” aquariana no início desta Era Aquariana. (Apenas uma outra nação, a Holanda, tem alma aquariana.)
Moscovo tem também personalidade aquariana, o que contribui ainda mais para o
não convencionalismo, rebeldia e individualismo da Rússia. A Rússia tem o seu oposto polar Leão a reger a sua personalidade daí o individualismo ser enfatizado:
“ … o controlo da personalidade russa [Leão] foi ultrapassado … No presente, a intensa e individualista força de Leão, nos seus piores aspetos é dominante, mas isto não durará para sempre como a história finalmente provará. A barulhenta e cruel criança pode tornar-se num humanitarista controlado quando atingir a vida adulta e as influências potentes no horóscopo russo indicam isso” 35
País | Alma | Personalidade |
Rússia | Aquário (Moscovo: Touro) | Leão (Moscovo: Aquário) |
EUA | Aquário (Washington: Caranguejo) | Gémeos (Washington: Sagitário) |
Reino Unido | Gémeos (Londres: Leão) | Touro (Londres: Balança) |
Para além de Aquário, reparem nos signos em comum entre estes três países:
Reino Unido alma Gémeos – EUA personalidade Gémeos.
Reino Unido personalidade Touro – Moscovo alma Touro.
Reino Unido Londres alma Leão – Rússia personalidade Leão.
Para além da mesma alma Aquário, aqui não há muito em comum ao nível da personalidade entre a Rússia e os EUA. Daí a posição crucial da Grã-Bretanha para mediar entre estas duas nações. Embora a Grã-Bretanha esteja atualmente a mando dos EUA, o seu papel adequado tem sido frustrado. O que se segue foi escrito nos anos 1940, mas continua válido hoje em dia:
“A Rússia é um gigante, que se está a fazer ao caminho – um jovem gigante, consciente das grandes possibilidades, animado por um espírito profundamente religioso, embora um espírito não ortodoxo, com a desvantagem de ser uma combinação de características orientais com propósitos do ocidente, e desacreditada pelo mundo, devido a passos iniciais dados em falso. Estes movimentos foram uma tentativa para se infiltrarem noutras nações, para perturbar a sua estabilidade e enfraquecendo-os permitir que fossem facilmente arrastados para a casa da humanidade que a Rússia está a tentar construir. A Rússia está interiormente (no entanto inconscientemente) motivada pelo desejo de trazer a fraternidade à existência.” 36
Esta desconfiança tem sido continuada através das várias guerras frias desde a Segunda Guerra Mundial e apresenta-se hoje em dia num grau alarmante de ameaça à paz. A maya dos média está a ser ainda mais utilizada através das redes empresariais globais, daí que a maior parte da população mundial tenha recebido uma visão distorcida dos acontecimentos na Ucrânia ou na Síria.
Dois pontos deste triângulo, a Grã-Bretanha e os EUA, estão em oposição ativa contra a Rússia por várias razões, controlo imperialista, recursos, etc. O governo britânico colocou-se gradualmente sob a influência dos EUA e rege-se atualmente por essa submissão relativamente às políticas globais. Daí que os interesses egoístas que constituem estes problemas, sejam contrários ao Plano Planetário – estas três nações a trabalharem em conjunto para o bem da Humanidade. Tal como mencionado anteriormente, os EUA e a Rússia estão a lidar com o facto de ambos terem personalidades do sexto raio, um raio que pode criar muito fanatismo, Todavia,
“A nota-chave, porém, do ser humano será tocada pela Rússia, Grã-Bretanha e os Estados Unidos – não por causa do seu poder, do seu passado histórico, dos seus recursos materiais ou extensão do território, mas porque estão numa posição em que podem misturar e fundir os vários tipos, porque têm uma visão mais alargada quanto ao seu propósito mundial, porque não são basicamente egoístas nos seus intentos e porque o governo dos povos chega às profundezas de cada nação e é fundamentalmente para o povo.” 37
Sendo uma alma aquariana a trabalhar através de Moscovo – uma personalidade aquariana, a Rússia está numa posição única para iluminar os princípios aquarianos de fraternidade, co-operação e de comunidade no mundo – algo que o libriano Putin pode ter pensado que era alcançável com os EUA na Síria:
“O verdadeiro segredo da fraternidade (algo até agora desconhecido e não compreendido) é a ela que cabe dar ao mundo, mas que até agora ainda não se sabe qual é. Este facto, de que a Rússia tem a custódia espiritual de uma revelação, é sentido por outras nações do mundo; e a primeira reação tem sido o medo, baseado nalguns erros iniciais e na sua atividade prematura no plano físico. Apesar de tudo, todos os povos veem a Rússia com expectativa; percebem vagamente que dali virá alguma coisa nova, pois a Rússia está rapidamente a amadurecer e a integrar-se e demonstrará que tem muito para dar.” 38
A Rússia é uma alma do sétimo raio (Ordem Cerimonial, Magia) e uma personalidade do sexto raio (Devoção, Idealismo). O que se segue, foi escrito no século passado durante o período de Estaline, por isso algumas concessões podem ser feitas para uma maior maturidade:
“Daí o tremendo conflito que está a decorrer entre a crueldade do fanático sexto raio, do seu regime de sexto raio, e a inofensividade espiritual que é o princípio básico da ideologia nacional. Daí também o materialismo de vários setores importantes da sua população, e a irmandade essencial que é imposta pelo idealismo e a aspiração mística dos génios russos, expressos através do seu povo como um todo.” 39
Phillip Lindsay © 2016.
Clique aqui para voltar a Balança 2016 (1ª parte)
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.170. [↩]
An immeasurably insightful and important document you have produced here Philip. One I wish all of the Western world’s peoples would read and “ruminate” upon. If only wishes all came true. My regards to you, you the Libra persona of import for so many of us concerned with the larger pictures. Thank you Philip