Sagitário 2015: A Visão de Um Novo Mundo. Paris. Terrorismo. Saturno em Sagitário
Cena do The Mahabharata, realizado por Peter Brook
Nota-chave de Sagitário
“Eu vejo a meta. Eu alcanço essa meta e vejo outra.”
(Lua Cheia: 25 de novembro de 2015. 10:44 pm. GMT.)
“Sagitário é considerado esotericamente como um signo de equilíbrio e sem extremos; não há grandes quedas nem exaltações. Este facto indica que o discípulo tem de caminhar num único caminho entre os pares dos opostos, sem ser influenciado quer pelo “poder da exaltação ou pela potência do que está em queda.” Nem os vales nem os cumes produzem qualquer efeito visível.”1
Sagitário: A Visão de um Novo Mundo
O Massacre em Paris e a Escalada Geopolítica
Terrorismo Intelectual e a Terceira Fase da Guerra Mundial
Saturno em Sagitário: Ciclos de Depressão Económica
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Sagitário: A Visão de um Novo Mundo
“Em Sagitário, o intelecto que foi desenvolvido, usado e finalmente iluminado, torna-se sensível a um ainda mais elevado tipo de experiência mental e a isto chamamos perceção intuitiva. Começam a incidir lampejos de luz sobre os problemas; uma distante e no entanto possível visão de realização é vislumbrada.”2
O grande contrapeso para o declínio e destruição que é o último suspiro da Era de Peixes, é a criação de um novo paradigma que o vai substituir. Neste processo Sagitário desempenha um papel-chave, porque é um signo capaz de ter a visão do novo ideal, de chegar mais acima para resgatar da Grande Mente as verdades filosóficas perenes. O Arqueiro Sagitariano dispara setas flamejantes em direção ao céu, penetrando a “nuvem de chuva das coisas cognoscíveis”, provocando a precipitação de Sabedoria e Entendimento.
Com a alargada regência filosófica de Júpiter, as penetrantes setas de Sagitário passam a ter acesso ao Verdadeiro Código de vida pelo qual se devem orientar: o Plano para a evolução da consciência humana, através das forças astrológicas que condicionam a nossa evolução. Neste ciclo, o Sexto Raio da Devoção e do Idealismo expressa-se por intermédio de Sagitário de forma mais potente do que qualquer outro raio, proporcionando a imaginação que alimenta a acuidade mental e intuição de Sagitário. Neptuno e Marte regem o sexto raio, Neptuno dando a visão mística e Marte a direção. (Marte é também o regente hierárquico de Sagitário.)
Através do regente de Sagitário, Júpiter, e Júpiter é o regente do Segundo Raio de Amor-Sabedoria, Sagitário possui um otimismo ilimitado, que decorre das frequentes e negras experiências do signo anterior, Escorpião. É este otimismo exagerado o construtor das qualidades do segundo raio que nos permite, durante a passagem anual de Sol por Sagitário, reorientarmo-nos e contribuir para a construção de um novo paradigma emergente.
Permite também um reconhecimento da destruição que “fica à nossa passagem” enquanto o uni-direcionado Arqueiro se mantém focado no alvo. O medo está constantemente a ser gerado nesta terrível situação mundial. Sagitário proporciona a oportunidade para continuar a fazer soar a nota do Plano Divino, “desempenharmos a nossa parte de forma firme e resoluta”, para nos mantermos firmes perante a visão pois “onde não há visão, o povo perece.” E, para usar um grande mantra deste signo, é preciso “seguir em frente e para cima”.
“A Visão é uma visão da realidade. O eterno Sonhador sonha e o maior de todos os Místicos é o próprio Logos divino. Mas o Seu sonho tem de ser registado na nossa consciência como o Plano de Deus e a visão mística é o necessário, embora provisório desenvolvimento no ser humano do aspeto “sonhador” da natureza de Deus. Reflitam sobre isto, pois contém revelações para aqueles que o façam da forma correta.’’3
O Massacre em Paris e a Escalada Geopolítica
Imediatamente após a lua nova de Escorpião, o mundo assistiu a um massacre repugnante em Paris, na sem dúvida deliberadamente escolhida data de sexta-feira 13. O acontecimento evidenciou todas as características da expressão mais baixa de Escorpião, o Escorpião com um aguilhão venenoso na sua cauda. A este nível, Escorpião é um signo de manipulação emocional e de vingança – e isto foi precisamente o que foi conseguido, lançando o medo sobre a França, a Europa e o Mundo.
Mas obrigou também a um determinado esforço por parte das pessoas que pensam para entenderem o que se passou; refletir sobre o chamado grupo Daesh (ISIS) e outras forças que os levaram a um esforço deliberado para criar instabilidade no Médio Oriente e na Europa. Este acontecimento não parece ter sido obra de um pequeno grupo de Jhiadistas fanáticos. Vários horóscopos serão examinados, o mapa da lua nova, o mapa do momento em que os ataques começaram e o horóscopo da Primeira República Francesa.
A Lua Nova em Escorpião 11-11
O ciclo da lua nova é astronomicamente o tempo mais escuro em cada mês. Contém a semente para os ciclos futuros, em particular os catorze dias da lua cheia que se seguem. Escorpião é um signo que está intimamente relacionado com a escuridão da matéria e a sua transformação final. A Lua cai neste signo, expressando simbolicamente aquilo que está morto.
Escorpião é um dos quatro signos da morte (Carneiro, Peixes, Capricórnio) mas é provavelmente o mais infame pelo mau uso que faz do poder. Pode dizer-se que este horrífico acontecimento em Paris foi um ato bem planeado de magia negra. Escorpião rege a Hidra das nove cabeças e as três cabeças “emocionais” (ou “astrais”) foram invocadas – medo, ódio e amor pelo poder.
Marte, o Deus da Guerra, é o regente de Escorpião, em conjunto com Plutão o Senhor do Submundo. Ambos os planetas trabalham a um nível inferior e superior; juntos a um nível inferior – voilà, o terrorismo em Paris.
Ambos os planetas a trabalhar a um nível superior, são a demonstração de como Hércules pode elevar a Hidra de Lerna do pântano astral da humanidade, trazendo-a à clara luz do dia; como o discípulo mundial pode entrar na batalha contra estas forças do materialismo segurando a Lanterna da Iluminação. Este último símbolo é apresentado na nona carta do Tarô dos Arcanos Maiores – O Eremita, que corresponde ao nono signo, Sagitário.
Marte estava posicionado no último grau de Virgem, em oposição ao Sol em Peixes da Primeira República Francesa – numa rota de colisão com o Nodo Lunar retrógrado em Balança; Estavam a fazer uma conjunção exata em Virgem, 23 horas depois, um dia apenas antes dos ataques de 13 de novembro.
Aquela conjunção foi na cúspide da casa quatro, o lar, família e “fundações psicológicas” da vida de cada um. A França foi sacudida até às suas fundações pelo calculista e de sangue frio Marte em Virgem, agindo a partir da obscuridade desta lua nova de Escorpião. Foi relatado que os dois homens no interior do teatro, durante 10 minutos dispararam as suas armas tendo-as calmamente recarregado por quatro vezes. Este ênfase na casa quatro corresponde também ao ascendente Caranguejo do horóscopo de Paris no momento do ataque.
O horóscopo da lua nova tem também Quíron, o Curador Ferido, em Peixes (na casa onze da comunidade), representando a ferida do amor incondicional e da compaixão. Peixes é o signo da alma da França, cujo objetivo é “a salvação dos outros”.
A cúspide da casa dez (público) tem Aquário na cúspide; o seu regente Urano está colocado em Carneiro, outro signo regido por Marte, a fazer um quincôncio ao Sol e Lua em Escorpião – ligando estes díspares signos de água e fogo.
Daí Urano representar a natureza repentina e imprevisível deste acontecimento público, muito mais mortífero, pode se encontrar retrógrado, a fazer quadratura a Plutão, co-regente de Escorpião – na sua própria casa, a oito, da morte e transformação.
Urano estava também proeminente no mapa do alegado cérebro dos ataques (Abdelhamid Abaaoud), que foi dado como morto num raide em S. Denis em 18 de novembro. Ele era um Carneiro regido por Marte (8 de abril, 1987) e o radical Urano estava a fazer a segunda passagem sobre o seu Sol; era também da geração de Plutão em Escorpião.
O Símbolo Sabiano para o grau da conjunção Sol-Lua em Escorpião é, “uma mulher a afastar duas cortinas”, o que sugere que através deste traumático evento, a luz vai finalmente ser lançada sobre tudo o que está atualmente a elevar-se das profundezas do inconsciente da Humanidade.
O Horóscopo do Momento do Massacre de Paris
Este horóscopo tem vários aspetos importantes:
1. A Lua (regente do ascendente Caranguejo) estava em Sagitário, um signo bem conhecido pelo extremismo e fundamentalismo religioso. A Lua está colocada na casa cinco com outros planetas, indicando os lugares de lazer e entretenimento para onde os ataques foram direcionados.
2. A Lua fazia uma quadratura a Júpiter em Virgem. Júpiter é o regente de Sagitário e uma quadratura como esta tende a um exagero dramático.
3. Júpiter está em Virgem, o regente da alma de Paris. Júpiter é o regente hierárquico de Virgem, no entanto apesar da sua potência latente, o seu poder está oculto.
4. Marte tinha acabado de entrar em Balança, o deus da guerra no signo do pacificador. Como descrito no mapa acima da lua nova, Marte tinha acabado de fazer uma conjunção com o nódulo norte da Lua no final de Virgem (alma de Paris) no dia anterior – bem conhecido pelos astrólogos como uma conjunção que se manifesta com frequência com violência Marcial.
O Horóscopo da Primeira República teve alguns trânsitos importantes:
1. O trânsito da Lua em Sagitário em quadratura a Mercúrio em Virgem. Mercúrio é o regente deste mapa de Virgem e ocupa o grau onde ocorreu, em setembro de 2015, um eclipse parcial do Sol.
2. O Sol em Virgem no mapa exotérico é um lembrete para o facto de Virgem ser esotericamente a alma de Paris. (Pensem em Notre Dame) O Sol em Virgem foi também eclipsado pelo eclipse total do Sol em março de 2015. O trânsito conjunto de Marte e do nódulo sul pelo Sol em Virgem, ativou o padrão do eclipse da marcha solar.
3. Mercúrio em trânsito e o Sol estavam em Escorpião na casa nove das Relações Exteriores – o que é regido por Mercúrio. Ambos os corpos estavam a aproximar-se do Meio do Céu em Escorpião, onde Marte está colocado em Escorpião. Esta posição representa a guerra e a violência, antes e depois da declaração da Primeira República. (Mais sobre isto mais à frente)
4. Saturno em trânsito esteve recentemente em conjunção com a Lua em Sagitário; houve também o retorno lunar apenas 22 horas antes. A Lua no mapa de qualquer entidade representa a sombra. No caso de França, simboliza a ética, princípios e idealismo sobre os quais a República foi fundada, por todos os pensadores daquele tempo.
Mas a Lua em Sagitário da Primeira República também representa o fanático Reino do Terror que teve início naquela altura, a degolação de milhares de pessoas:
“O comité era a favor da igualdade imposta pela democracia direta, castigo e violência. A guilhotina foi a foice da igualdade, o machado do povo.”4
Esta é a foice de Saturno, o Senhor do Karma. É interessante notar que o trânsito de Saturno (no seu ciclo de 30 anos) passou recentemente sobre a Lua em Sagitário no início de novembro de 2015, na sua terceira de três passagens em 2015. A primeira coincidiu com os ataques ao Charlie Hebdo em janeiro de 2015. (ver esta newsletter.) Terá sido uma espécie de passado (Lua) kármico (Saturno) que aqui foi ativada?
5. Desde o ataque, o Sol e Mercúrio em trânsito culminaram com Marte no Meio do Céu em Escorpião, tendo-se visto a França dramaticamente a reforçar o seu envolvimento na Síria – e também seguindo alguns dos alegados terroristas em Paris.
O presidente Hollande declarou “guerre” e que iria lidar com o problema de forma “impiedosa”, uma resposta compreensível. Acabámos de ter em consideração o mapa “exotérico” da França, mas se considerarmos o horóscopo esotérico, o Tibetano diz-nos,
“A lição que a França tem de hoje de aprender é que a salvação dos outros é o objetivo para a sua alma pisciana e com isto, o interesse próprio de Leão [a personalidade da França] precipita o conflito – é responsável pelo seu intenso espírito nacionalista…”5
Por isso, para alcançar a expressão da sua alma, o orgulho nacionalista tem de ser de alguma forma temperado. Hollande é ele próprio do signo Leão, tendo nascido no mesmo dia que Hasna Aitboulahcen (12 de agosto de 1989), a mulher que se fez explodir com um colete suicida durante o raide em S. Denis.
É claro que os trabalhadores e meditadores esotéricos no mundo podem fazer muito de forma subjetiva para ultrapassar estas tensões globais – individualmente e especialmente em reflexões grupais feitas com regularidade (mais sobre isto mais à frente). Muito já o estão a fazer, segurando a luz da alma de França neste tempo de escuridão. Este é o aspeto mais elevado de Marte-Plutão, regentes de Escorpião – movendo-se do plexo solar para o coração. (Para uma análise mais detalhada de França, ver esta newsletter passada.)
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Terrorismo Intelectual e a Terceira fase da Guerra Mundial
Sagitário é o símbolo da religião e dos princípios espirituais, por isso uma discussão sobre este tema é sempre apropriada quando o Sol o atravessa anualmente, particularmente quando acabou de entrar em Sagitário para um mandato de dois anos. E também por causa da atual crise mundial e o foco no Islão.
O uso do medo para manipular as políticas mundiais já foi discutido anteriormente, mas na crescentemente polarizada mentalmente Quinta Raça-Raiz, desenvolveu-se um “terrorismo intelectual”, apelando insidiosamente à razoabilidade e ao aspeto racional da natureza humana, criando no entanto medo e paranoia; explora a polarização básica da Humanidade em Kama-manas, ou mente desejo, mente e emoções combinadas, daí resultando o obscurecimento da limpidez do pensamento claro. Muitos estudantes da Sabedoria estão conscientes de um dos avisos sérios do Tibetano sobre a religião:
“Esta situação é uma das quais o Cristo quer alterar; esteve em preparação para que Ele instituísse uma nova e mais correta apresentação da verdade divina…com amor e compreensão…para indicar as falhas das religiões mundiais, com as suas teologias obsoletas e a sua falta de amor…
…Que os Judeus se devem ver livres do medo é da maior importância… que eles [religiões] todos se devem mover para a síntese e eliminar os seus antagonismos mútuos e rivalidades é igualmente urgente…Que o Vaticano cesse com os seus esquemas políticos, a sua exploração das massas…que sejam feitas pontes entre as muitas divisões das igrejas protestantes é imperativo…
Se nenhuma destas coisas acontecer, a humanidade está a conduzir-se para uma guerra religiosa que fará parecer a guerra passada [2ª Guerra Mundial] uma brincadeira de crianças; antagonismos e ódios confundirão populações inteiras e os políticos de todas as nações tirarão partido da situação para precipitar uma guerra que pode bem vir a ser o fim da humanidade. Não existem ódios tão grandes nem tão profundos como os promovidos pela religião.”6
Parece que neste último suspiro da Era Pisciana, a “Intransigentia” está a dar o seu melhor para evitar que ocorram estas reformas, especialmente fomentando ódios antimuçulmanos através de várias propagandas – das mais subtis às mais ruidosas. Existem também as correspondentes propagandas antijudaicas de longa data baseadas em perceções de Sionismo, metendo todos os Judeus no mesmo saco.
Há no entanto reformas em marcha – os esforços do Papa Francisco no Vaticano e no Papado são um exemplo notável, assim como o movimento Inter-Faith. Na Era Aquariana dos próximos 2000 anos, emergirá uma Espiritualidade Universal ou religião que reconhecerá e celebrará o fio que liga todos os sistemas de crença, todas as abordagens a Deus. (Ver o ensaio do autor, The Blending of Races and Cultures: Moving Toward a New Race and Universal Religion (2011))
No entanto, continua a haver áreas desesperadamente cristalizadas que precisam de muito trabalho no Judaísmo, Cristianismo, Islamismo e Hinduísmo. O Budismo não tanto, mas a violência budista aumentou dramaticamente na última década. De todas estas religiões o Judaísmo e o Islamismo podem apresentar os maiores problemas, tornando o conflito israelo-palestiniano o mais complicado.
Todas as religiões sem exceção têm os seus adeptos fanáticos nesta era do decrescente sexto raio do idealismo e de Peixes. Muitos deles cometem atrocidades em nome da religião, mas essencialmente através da ignorância e de décadas de condicionamento cultural. Anos mais tarde, o Tibetano refere-se à passagem anterior sobre “ódios e antagonismos” com um diferente ponto de vista:
“Há uns anos atrás, eu disse que a guerra que se poderia seguir a esta iria ser travada no campo das religiões mundiais. Este tipo de guerra não acontecerá no entanto num semelhante período de extrema carnificina e sangue; será largamente combatido com armas mentais e no mundo do pensamento; envolverá também os domínios do emocional, do ponto de vista do fanatismo idealista.7
Bem, pode ser ligeiramente tranquilizador saber que “Este tipo de guerra não acontecerá no entanto num semelhante período de extrema carnificina e sangue” – mas não podemos tomar isto como garantido. Estas “armas mentais” manifestam-se agora através de monstruosos meios de propaganda (ver a newsletter do mês passado sobre este tema), fóruns online, websites, TV, rádio e livros. O mundo encontra-se envolvido numa guerra de ideias sem fim e de larga escala, de meias verdades e de mentiras que criam divisão e ódio.
A propaganda tem-se tornado consistentemente mais refinada nos últimos setenta anos, daí estas guerras de propaganda poderem ser vistas como a terceira e (esperançosamente) fase final das 1ª e 2ª Guerras Mundiais; alcançando um ponto relativo de estabilidade no balanceamento em curso das polaridades do plano mental.
Os líderes mundiais TÊM de saber que uma guerra nuclear será o fim da Humanidade (será que existe isso de “limitada guerra nuclear”?), daí que durante esta terceira fase eles têm de cavar bem fundo para resolver estas ideologias em guerra – que se opõem no plano mental. O plano mental é onde “as armas mentais no mundo do pensamento” pode ser ativadas através da meditação grupal, para ultrapassar as investidas da propaganda. Foi-nos dito que a 2ª Guerra Mundial podia ter sido evitada se não fosse “karmicamente necessária”8 e essa,
“…guerra podia ter sido evitada no plano físico, tivessem os discípulos e aspirantes do mundo estado à altura da oportunidade e das suas responsabilidades. A Grande Invocação tornou-se relativamente menos poderosa, do ponto de vista da utilidade dinâmica, porque a maioria daqueles que a usavam, transformou-a numa prece de paz. Era no entanto, um espiritualmente grande pedido militante invocativo.”9
Por outras palavras, se a Grande Invocação tivesse sido usada de uma forma mais desapegada e menos egoísta ou temerosa, num co-ordenado grupo, podia não ter sido necessário mais do que 30 pessoas para influenciar a psique mundial. Hoje em dia com excelentes comunicações via internet e fóruns de grupo, os esforços grupais têm muito mais possibilidades de serem bem-sucedidos.
Neste momento, todas as super-potências mundiais estão reunidas na Síria (EUA, Rússia, França, China, Irão, etc.) – para co-operarem umas com as outras e derrotar todos os grupos terroristas como o Daesh. Ou, dependendo de agendas/interesses escondidos, envolverem-se num confronto final umas com as outras (Rússia vs. EUA) no plano físico, ou tentarem retirar Assad do poder.
Perto deste teatro de Guerra está o Líbano, também cenário de trágicos ataques suicidas no dia seguinte ao ataque em Paris. Israel está sem dúvida no centro de tudo isto, rodeado de estados árabes por todos os lados; tem enormes stocks de armas nucleares, tal como as superpotências. Continuando a mesma passagem acima,
“Este fanatismo inerente (que se encontra sempre em grupos reacionários) lutará contra o aparecimento da futura religião mundial e a propagação do esoterismo. Para esta batalha algumas das bem organizadas igrejas, através dos seus mais poderosos e conservadores elementos estão já a preparar-se. Aqueles mais sensíveis aos novos impactos espirituais [a maior parte dos que leem isto!] estão ainda longe de serem poderosos; aquilo que é novo enfrenta sempre dificuldades em suplantar e ultrapassar o que é velho e estabelecido.
O fanatismo, entrincheirado em posições teológicas e egoísmo materialista, pode ser encontrado, ativamente organizado nas igrejas em todos os continentes e de todas as denominações. É esperado que lutem pela sua ordem eclesiástica estabelecida, o seu lucro material e a sua lei temporal e já estão a fazer as preparações necessárias. (Escrito em 1945)10
Aqui a frase-chave é, “…fanatismo inerente que se encontra em grupos reacionários, lutará contra o aparecimento da futura religião mundial… [espiritualidade universal] ”. O Fanatismo existe em diversas religiões – Islamismo, Judaísmo e Cristianismo são os mais ofensores. As suas chamas são sopradas por forças subversivas que procuram destabilizar as outras nações ou pôr um grupo contra um outro. Porém, embora isto esteja a causar enormes danos num curto prazo, será que a Humanidade como um todo o vai aceitar? Por outro lado, existem muitas dúvidas sobre qual será o resultado dos refugiados e da imigração massiva para a Europa de África e do Médio Oriente.
Continua a existir também um ponto de impasse no Médio Oriente que reflete algumas das mais profundas clivagens religiosas e raciais – Israel e a Palestina. A filosofia de extrema-direita do Sionismo político que domina Israel e o governo dos Estados Unidos (daí a sua tentativa de domínio do Médio Oriente), está ligada a uma religião monoteísta que já ultrapassou a sua data de validade há mais de 2000 anos. O Tibetano, discute mais à frente o que terá de ser feito no futuro:
“A gradual dissolução da fé judaica ortodoxa, com o seu ensinamento obsoleto, a sua ênfase separativa, o seu ódio pelos Gentios e a sua falha em não reconhecer o Cristo [ou em termos judaicos “O Messias”]. Ao dizer isto eu não deixo de reconhecer aqueles Judeus espalhados pelo mundo que reconhecem os males e que não pensam de forma ortodoxa; eles pertencem à aristocracia da crença espiritual à qual a própria Hierarquia pertence.
A re-organização das religiões mundiais – para que as suas teologias fora de prazo, as suas mentes estreitas e as suas crenças ridículas de que sabem o que está na Mente de Deus, possam ser ultrapassadas para que as igrejas possam eventualmente ser os recetáculos da inspiração espiritual.”11
O Judaísmo fanático esteve por trás da criação de Israel por fundamentalistas sionistas, apropriando-se ilegalmente de uma terra a que não tinham direito, o que a imergiu num conflito constante desde 1948.
Existem diversas variedades de Sionismo, mas o tema comum é o apoio ao re-estabelecimento da nação Judaica no território definido historicamente como A Terra de Israel. Poder-se-ia dizer que a responsabilidade pela intratabilidade do problema israelo-palestiniano reside na desatualizada fé judaica, particularmente naqueles textos distorcidos e carregados de ódio como o Talmude.
O Judaísmo é o pai das três “religiões abraâmicas” que incluem o Cristianismo e o Islamismo. O problema israelo-palestiniano está também exacerbado pelo desenvolvimento do radicalismo islâmico, devido ao ódio e ao ressentimento construído por décadas de repressão e de maus-tratos – não apenas na Palestina, mas noutras nações árabes e no Afeganistão. O ódio gera cada vez mais ódio, mantendo a situação num eterno beco sem saída de desconfiança e de falta de compaixão.
Pode pois argumentar-se que estas condições conduziram o mundo para este atual impasse no Médio Oriente, combatendo “terroristas” que muitos observadores afirmam ser uma criação das agências de informação secreta de Israel, Arábia Saudita e EUA – com o objetivo de criar um completo domínio na região.
A alma do povo Judeu é do primeiro raio da vontade ou poder12 e o Sionismo político (que não se preocupa com o povo Judeu), é a sombra deste raio: a sua expressão mais baixa procura o controlo impiedoso e expressa-se através do aspeto inferior de domínio subversivo e de destruição de Plutão (regente do primeiro raio).
Antes que o leitor possa ser induzido em erro, este comentário não pretende assumir uma posição de culpabilização anti-judaica, é apenas uma avaliação esotérica dos factos sobre o que é o Sionismo e de como ajudou a criar uma cultura desprovida de espiritualidade tanto nos Judeus como nos Gentios; é motivada por uma antiga consciência tribal jeovista, temível e vingativa, possuída pelas forças das trevas, bem como pelos elementos extremistas no Islamismo, Cristianismo ou Hinduísmo. No seu conjunto, constituem parte do Morador do Umbral da Humanidade que tem de ser ultrapassado através da tolerância e do cultivo da compaixão.
Saturno em Sagitário: Ciclos de Depressão Económica
O ciclo de 29,4 anos de saturno (ou os seus múltiplos) tem demonstrado coincidir com as maiores crises económicas ao longo dos últimos séculos. A queda das bolsas de 29 de outubro de 1929 e de outubro de 1987 são dois exemplos famosos, mas menos conhecidos são os seguintes:
1. 1782. Início do declínio do qual resultou a depressão económica nos EUA. 1783-1787.
2. 1838-1841. Severa depressão económica que se prolongou por sete anos – começou com o pânico de 1837, provocado por uma série de falhas bancárias.
3. 24-9-1869. Pânico do Mercado do Ouro – “Sexta Feira Negra”, início de um declínio económico que resultou numa severa recessão para os EUA. 1873-1879.
4. 1893. O “Pânico de 1893” resultou numa severa recessão até 1897, quando Saturno entrou em Sagitário, neste caso no fim da recessão.
Geralmente, o padrão das recessões económicas dos EUA a cada 30 ou 60 anos está relacionado com o período de 29,4 anos da translação de Saturno em torno do Sol. Claro que houve ciclos de 30 anos em que não ocorreram grandes crises económicas, o que pode ter sido devido a influências modificadoras de outros planetas.
Agora que Saturno acabou mais uma vez de entrar em Sagitário, a perspetiva de uma grande depressão mundial, tão má ou pior que a de 1929, pode estar ultrapassada – como apontado por muitos analistas económicos. Sagitário não é um signo normalmente associado ao dinheiro, porquê então a repetição deste padrão de uma forma tão consistente?
A resposta pode residir no facto de que Sagitário é por vezes um signo de grande especulação, pensamento inflacionado e idealismo despropositado. Sagitário pode bem ser chamado Exagitário! Aqui assistimos à influência de Júpiter, juntamente com o emocionalmente orientado sexto raio – um cocktail mortífero para criar um frenesi num alcoolizado mercado bolsista. Há um velho ditado em Wall Street de que a bolsa é conduzida apenas por duas emoções: medo e ganância. Por conseguinte, Saturno traz o seu pragmatismo ao idealismo de Sagitário.
O crash de 1929 ocorreu em Balança, um dos principais signos esotericamente associado ao dinheiro. (Ver newsletter passada.) O regente de Sagitário, Júpiter estava no volúvel Gémeos em 1929, ajudando à especulação na bolsa. Daí, Saturno como Senhor do Karma, fazer ajustes e trazer algumas duras lições – mantendo a Humanidade no trilho. O crash de 1929 ocorreu porque,
“…um “boom” especulativo que levou centenas de milhares de Americanos a investir fortemente na bolsa. Um número significativo pediu dinheiro emprestado para comprar mais ações. Em agosto de 1929, os corretores estavam rotineiramente a emprestar aos pequenos investidores mais do que dois terços do que o valor nominal das ações que estavam a comprar.”13
Por outras palavras, ganância – e a corrupção que é Wall Street. Avançando rapidamente para o crash financeiro de 2008 e outra vez a mesma razão fundamental da ganância, um dos “sete pecados mortais”. Desta vez foi devido à altamente esotérica bruxaria financeira envolvida, “empréstimos de subprime e swaps com risco de incumprimento empacotados, emitidos para garantir estes empréstimos e os seus emissores, rapidamente evoluíram para uma crise global, resultando em várias falhas bancárias na Europa e acentuadas quebras no valor das ações (stock) e das mercadorias no mundo inteiro.”14
É digno de nota que o crash de outubro de 1929 ocorreu quatro meses antes da descoberta de Plutão em 1930. No crash de setembro de 2008 (que também abrangeu Balança), Plutão em trânsito estava no fim de Sagitário, transmitindo uma mensagem semelhante de que o abuso das leis espirituais teria consequências. Desta vez, Saturno pode bem transmitir alguma dor e vem-me à cabeça a letra de uma canção extremamente apocalítica de Bob Dylan – “It’s a hard rain’s a-gonna fall”.
Os contribuintes suportaram os bancos e Wall Street voltou aos negócios como habitualmente – sem grandes ajustes éticos. Daí, será pouco provável que Saturno não exerça a sua influência ao seu modo mais austero durante este período entre o momento presente e dezembro de 2017, quando entra em Capricórnio – um dos signos de competência financeira e de gestão prudente.
Se os políticos estão a falar de “cortes de austeridade”, então Saturno dirá “Querem ver austeridade, Eu mostro-vos o que é austeridade!” Se um crash não ocorrer brevemente, então no período de Saturno em Capricórnio a partir do início de 2018, poderemos ver uma reestruturação completa do sistema financeiro global. Nenhuma transformação ocorre sem que haja dor e reajustamento. Parece que se esta necessária crise financeira ocorrer, pode durar até dez anos, como aconteceu em 1929. Para a humanidade comum, Sagitário rege “o desejo ambicioso, a direção e a orientação”. Saturno em trânsito em Sagitário deverá trazer uma nova orientação.
Phillip Lindsay © 2015.
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.186. [↩]
- Esoteric Psychology II, Alice A. Bailey. p.181. [↩]
- Esoteric Psychology II, Alice A. Bailey. p.606. [↩]
- http://blogs.longwood.edu/incite/2014/05/07/the-republican-razor-the-guillotine-as-a-symbol-of-equality/ [↩]
- The Destiny of the Nations, Alice A. Bailey. P.72. [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy. Alice A. Bailey. p.545. [↩]
- Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.453. [↩]
- The Unfinished Autobiography, Alice A. Bailey. p.302. [↩]
- The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.250. [↩]
- Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.453. [↩]
- Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.453 [↩]
- Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.394. [↩]
- Wikipedia [↩]
- https://answers.yahoo.com/question/index?qid=20081207150407AA3vaKx [↩]