Balança 2018: O Caminho do Meio e o Caminho do Fio da Navalha
Nota-Chave de Balança
“Eu escolho o Caminho que passa entre as duas grandes linhas de força.”
(Lua cheia: 25 de setembro de 2018. 2:52 UTC.)
Balança e as Duas Grandes Linhas de Força
O Nobre Caminho do Meio e o Caminho do Fio da Navalha
O Caminho do Meio para o Aspirante Lutador
O Novo Grupo de Servidores Mundiais como o Caminho do Meio
Balança, o Quarto Raio e o Caminho do Meio
O Mestre Rákóczi e o Conselho Anual de Outubro
Balança e Dinheiro: Uso Indevido do Sétimo Raio da Magia
O vídeo The Hidden History of Humanity – estão disponíveis versões novas legendadas.
Balança e as Duas Grandes Linhas de Força
Qual é o significado da nota-chave de Balança: “Eu escolho o Caminho que passa entre as duas grandes linhas de força.”? Como pode alguém, independentemente da maior ou menor proeminência de Balança no seu horóscopo, invocar e utilizar estas forças no período em que o Sol atravessa anualmente o signo de Balança?
Invocar este signo do zodíaco é equilibrar os pratos librianos usando a faculdade mental, percorrer o Caminho do Meio entre os opostos e transcender a dualidade do mundo exterior; estar em sintonia com o estado natural da alma. A sublimação bem-sucedida dessa condição contribui para uma integração e unidade planetária mais elevadas, transformando finalmente a Terra num “planeta sagrado” – em parte, isto é a resposta à pergunta “por que estamos aqui”!
“Balança – está relacionado com a unidade mental e … produz finalmente um equilíbrio entre os pares de opostos. Isto é conseguido no plano astral. É a obtenção deste equilíbrio que produz a inversão do modo como se percorre a roda zodiacal, o que acontece quando se conseguiu a integração e o homem está focado no plano mental. Pode então, através do uso correto da mente, discriminar entre os pares de opostos, encontrar o caminho estreito do fio da navalha que passa entre eles e percorrê-lo sem perder o equilíbrio.”[1]
Há aqui muito para desembrulhar – temas sobre os planos astral e mental, “inversão da roda” e o “nobre caminho do meio” budista:
1. Balança está relacionado com a unidade mental.
a. A “unidade mental” está localizada no plano mental inferior – é o equivalente, na personalidade, ao “átomo mental permanente” que reside no plano mental superior – a sede da alma. Parte do objetivo da evolução é construir uma ponte entre os dois – o símbolo de Balança é uma ponte.
O átomo mental permanente é o aspeto inferior da Tríade espiritual ou alma, conforme ilustrado no diagrama abaixo; está associado aos átomos astrais e etéricos permanentes – todos repositórios de experiências vividas durante todas as encarnações – nos corpos mentais, emocionais e físicos; eles guardam memórias às quais recorre a alma reencarnante, para elaborar a prescrição kármica essencial para as lições da vida seguinte.
b. Balança é um signo de “ar”, um elemento associado à mente na astrologia tradicional.
c. Saturno está exaltado em Balança e é um dos planetas da mente. Saturno rege o chakra da garganta, sede do corpo mental. Saturno está relacionado com o processo de construção de formas-de-pensamento geométricas na matéria mental. Saturno é também o regente hierárquico ou mais elevado de Balança. Saturno está relacionado com relacionamentos de longo prazo, casamento, lei e dinheiro; é o regente do terceiro raio de inteligência ativa.
d. Vénus e Urano são os regentes exotérico e esotérico de Balança. Vénus rege o quinto raio da Ciência e está associado ao quinto plano de perceção (contando de cima para baixo), o plano de manas ou mente, cujos três subplanos superiores são a morada do corpo causal ou alma. (Ver abaixo o mapa dos planos de percepção.)
Urano é o regente da alma de Balança, auxiliando Saturno na construção de planos mentais e na expansão do corpo mental. Urano é o regente do sétimo raio da Organização, Ordem Cerimonial ou Magia – é o raio da geometria sagrada. Responder às energias de Urano, o regente de Balança, é desenvolver relações mais impessoais que não sejam dominadas por emoções, permitindo, no entanto, a sua expressão saudável.
2. “Isto é conseguido no plano astral.”
Para o aspirante e discípulo no caminho, o corpo emocional ou de desejo é o mais difícil de controlar; o seu controlo definitivo só pode ser conseguido quando o indivíduo está “focado no plano mental”.
““A triplicidade dos pares de opostos e do caminho estreito de equilíbrio entre eles, o nobre caminho do meio, é o reflexo no plano astral da atividade do espírito, alma e corpo; da vida, consciência e forma, os três aspetos da divindade – todos eles igualmente divinos.”[2]
3. “A obtenção desse equilíbrio produz a reversão da roda zodiacal.”
“A “Reversão da roda” só pode ocorrer quando esse equilíbrio mental é alcançado e tem lugar, algures entre a primeira e a segunda iniciação. (Não antes da primeira iniciação, como assumiram alguns estudantes.)
Assim, a reversão representa uma fase relativamente avançada no caminho para a iniciação de segundo grau – o culminar do controlo bem-sucedido da natureza astral. Muitos aspirantes estão mentalmente bem desenvolvidos, mas ainda estão longe de controlar completamente o corpo de desejos. Portanto, o segundo grau é uma fase bastante avançada pois a iniciação mais elevada de terceiro grau do corpo/personalidade mental segue-se rapidamente na mesma vida ou na próxima.
“Balança, portanto, controla o “momento de reversão da roda” na vida de todos os aspirantes, pois chega um momento, no ciclo de vidas, em que é alcançado um ponto de equilíbrio e mantida uma estabilidade relativa, e Balança preside este acontecimento.”[3]
Atualmente, Balança é proeminente no horóscopo planetário[4]
o que significa que um número significativo de pessoas que trilham a Senda têm a oportunidade de “reverter a roda”. Reparem na palavra “oportunidade”, nem todos fazem essa escolha, embora possa parecer uma opção óbvia. Balança é um signo de escolhas, de tomada de decisões, pesando nos pratos da balança com a mente judiciosa, uma descrição muito saturnina:
“É em Balança que deve ter lugar o equilíbrio dos pares de opostos e a solução ser alcançada através da atividade da mente judiciosa e pelo estabelecimento do ponto de equilíbrio entre os princípios masculino e feminino.”[5]
4. “Discriminar entre os pares de opostos e encontrar o caminho estreito do fio da navalha..”
Discriminação é uma qualidade mental que é desenvolvida no signo anterior de Virgem e aplicada em Balança. Reparem que a palavra discriminar tem “di” como raiz, significando “dois”, enquanto “dis” significa “não de” – daí o problema da distinção dos opostos, e “não ser de” nenhum. Isto está relacionado com o facto de Balança ser chamado “o mestre da terra de ninguém”,[6] estando no mundo, mas não sendo do mundo. (João 17.)
““Conhecimento discriminativo … A luz, após ter sido contatada, é usada e o resultado é tornarem-se evidentes os pares de opostos, a dualidade é conhecida, e entra a questão da escolha. A luz de Deus é lançada sobre ambos os lados do caminho do fio da navalha que o aspirante se esforça por trilhar e, no início, esse “nobre caminho do meio” não é tão evidente como o que se apresenta em cada um dos lados. Adicionando o desapaixonamento ou desapego ao conhecimento discriminativo, os obstáculos são desgastados, o véu que oculta a luz torna-se cada vez mais ténue até que finalmente a terceira ou mais elevada luz seja tocada.”[7]
O Nobre Caminho do Meio e o Caminho do Fio da Navalha
O Caminho do Meio significa uma abordagem equilibrada da vida, mas é um processo dinâmico – não passivo ou não-comprometedor, como pode sugerir o seu título. Trilhar o Caminho do Meio significa exercer esforço contínuo e vigilância entre os pares de opostos, o que resulta na batalha ou “kurukshetra diária”. Kurukshetra foi o nome dado à grande guerra na história do Mahabharata, onde Arjuna ficou paralisado devido à indecisão de Balança. (Ver “Libra: War and Peace”.)
O Caminho ou Via do Meio, é o termo que Gautama Buda usou para descrever o caráter do Nobre Caminho Óctuplo, daí a variante “Nobre Caminho do Meio”; este caminho conduz do ciclo doloroso dos renascimentos ou samsara, até à libertação ou condição de Arhat. A própria religião budista é por vezes chamada “o Caminho do Meio”, porque procura conciliar pontos de vista opostos, mantendo o equilíbrio.
O Caminho Óctuplo abrange: compreensão correta, pensamento correto, palavra correta, ação correta, meio de vida correto, esforço correto, atenção plena correta e meditação correta ou samadhi – “absorção meditativa ou união”. Reparem na palavra união – a mistura e equilíbrio dos opostos em Balança. Yoga significa união e é através da “ciência rainha” ou Raja Yoga, que é transcendida a dualidade e alcançada a unidade. Seguem-se algumas citações sobre o caminho do meio e do caminho do fio da navalha:
“… sigam o caminho antigo do Raja Yoga e introduzam a mente como um agente dissipador, aprendendo assim a permanecer na “luz” entre os pares de opostos, e através dessa “luz” a alcançar a liberdade ao trilhar o nobre caminho do meio.[8] Sobre esse “caminho estreito do fio da navalha”, aprende-se a andar com disciplina e discrição e com a ausência de desejo que se experimenta em uníssono com os seus co-discípulos.”[9] Existe o vício do desapego, bem como o vício do apego e o verdadeiro servidor do Plano procura o caminho do meio.[10] … desenvolvendo o poder para passar entre os pares de opostos, sem por eles serem afetados, deixando-os assim para trás. … Usando a mente como um distribuidor da luz que revela o “caminho do meio” – e que dissipa o fascínio com o seu brilho e resplandecência.”[11]
O Caminho do Meio para o Aspirante Lutador
Na ciência do esoterismo existem termos técnicos para as fases de desenvolvimento espiritual – caminho do Aspirante, caminho Probatório, Discipulado e Iniciação; estas fases são, por sua vez, divididas noutras fases intermédias, como “chela na luz”, “chela no fio”, etc. Essas fases cobrem muitas vidas, dependendo do indivíduo, do karma, raio da alma ou trabalho ashrâmico; estas encarnações são muitas vezes cheias de conflitos quando aquele que busca oscila de um lado para o outro. De certa forma, somos todos aspirantes no caminho, não importa o patamar alcançado. É salutar posicionarmo-nos como um contraponto para não exagerar o ponto alcançado no caminho – o que também se aplica em termos de reconhecimento e cooperação com todos os co-trabalhadores.
“É no Caminho Probatório que se manifesta a oscilação, registada conscientemente, entre os pares de opostos até que o caminho do meio seja avistado e sobressaia. Esta atividade produz o fascínio dos pares de opostos, que tem uma natureza densa e nebulosa, por vezes colorida de alegria e felicidade e noutras de tristeza e depressão à medida que o discípulo oscila entre as dualidades.
Esta condição persiste enquanto a ênfase for colocada no sentimento – o qual percorrerá todo a gama, desde a alegria potente do homem que procura identificar-se com o objeto de sua devoção ou aspiração, não o conseguindo, sucumbe ao desespero profundo e ao sentimento de fracasso.
Tudo isto é, no entanto, de natureza astral e de qualidade sensitiva e não é, de modo algum, da alma. Os aspirantes permanecem durante muitos anos e por vezes muitas vidas aprisionados por esse fascínio. A libertação do discípulo do mundo dos sentimentos e a polarização no mundo da mente iluminada dissipará este fascínio que faz parte da grande heresia do separatismo.”[12]
O Mestre Tibetano Djwhal Khul enfatiza frequentemente este tema de ir para além do sentimento, e vale a pena reiterar a fantasmagoria estranha e maravilhosa de new age, afetuosa – onde muitas vezes a ênfase é colocada na emoção e a mente é ignorada ou demonizada como ‘sem coração’. Claro que há alguma verdade nisso, o uso da mente trouxe à humanidade muitas de suas conquistas; mas o uso indevido da mente inferior também criou problemas – um afastamento da natureza, a alienação do sentimento que contribuiu para a falta de compaixão. Aqui está outro par de opostos, com o qual luta o aspirante/discípulo.
“… Um estágio bem definido na vida do aspirante, sendo a causa desse sentimento infeliz de dualidade que produz angústia e tristeza na vida de todos os discípulos. É neste ponto do Caminho que tropeçam muitos discípulos bem-intencionados. Em vez de permanecerem no ser espiritual e assumirem uma posição firme no caminho intermédio entre os pares de opostos, e assim intensificar o toque de apropriação e esforço para fazer a abordagem da quietude, caem nas ilusões da autocomiseração. [Um dos fascínios principais do segundo raio de amor-sabedoria.]
Estes impedem o processo de apropriação. Segue-se então um conflito tremendo, no esforço para mudar o tema das suas vidas, e os discípulos esquecem que esse tema é a corporificação da Palavra das suas almas em qualquer encarnação particular, e que nenhum tema – ao reunir determinadas condições – conseguiria fornecer as circunstâncias adequadas e necessárias para o desenvolvimento amplo e completo. Eles ficam tão ocupados com o tema que esquecem o seu compositor.”[13]
O Novo Grupo de Servidores Mundiais como o Caminho do Meio
Balança é o signo do diplomata e do mediador, o que procura manter duas partes envolvidas. O noivado leva ao casamento de duas pessoas, grupos e nações. O NGSM serve em todos os campos da atividade humana, muitos fazem-no discretamente, trabalhando nos bastidores. São um coletivo e provavelmente não sabem que fazem parte deste grupo, mas têm um sentimento global intuitivo da sua ligação. O NGSM é como uma ponte entre a Hierarquia e a Humanidade – um grupo mediador que deve trilhar o Caminho do Meio – nesta transição entre as eras zodiacais de Peixes e Aquário.
“O Novo Grupo de Servidores Mundiais mantém-se firmemente no “Nobre Caminho do Meio” (como o Buda o chamou) e busca o enterro decente de formas antigas, a implementação daquilo que é novo e a restauração daquilo que, no passado, provou ser útil e bom e que poderá formar o germe vivo da nova criação.”[14]
Reparem na expressão “enterro decente” – uma expressão muito libriana que implica o processo de permanecer envolvido com todas as partes – os errantes e recalcitrantes ou os progressistas – por causa da sua humanidade comum e do ideal de estar unido e não dividido. Balança e o Caminho do Meio tem a ver com o compromisso de longo prazo da Humanidade para com ela mesma. É interessante notar que o horóscopo exotérico das Nações Unidas possui vários planetas em Balança – Vénus, Neptuno, Quíron e Júpiter.
A Era Aquariana como um Caminho do Meio
Quando consideramos a história esotérica,[15] devemos entender onde estamos no tempo, qual é o estágio geral de desenvolvimento da consciência humana. A humanidade está atualmente no final da Quinta Raça-Raiz, em fase de transição para a Sexta Raiz-Raiz nos próximos milhares de anos. Como mencionado anteriormente, tem havido alguns traços superdesenvolvidos nesta raça-raiz, tal como houve na anterior Quarta Raça-Raiz, a Atlante. Portanto, neste novo ciclo aquariano, a Humanidade tem a oportunidade de navegar entre os excessos mentais da Quinta Raça-Raiz – e as distorções emocionais da Atlântida:
“A civilização Atlante … pode ser expressa por palavras como animismo, espiritismo, psiquismo e sentimento inferiores. O sentimento de Deus, o sentimento de imortalidade, o sentimento de relações internas mais sutis, o sentimento de adoração e a sensibilidade indevida do homem moderno é nossa herança notável das civilizações que existiram na antiga Atlântida.
… o que está a ser imposto hoje é exatamente o oposto, e como reação – normal, correta e em desenvolvimento – o homem está a criar uma superestrutura, na qual a ênfase é colocada cada vez mais sobre o tangível, o material, o visto, e sobre aquilo que pode ser provado, diagnosticado, analisado e utilizado para melhorar a vida exterior do homem e a sua posição material no planeta.
Ambas as civilizações foram longe demais e no movimento oscilatório do pêndulo [Balança] voltaremos inevitavelmente a uma posição intermédia, ao “caminho nobre do meio”. Este caminho do meio, utilizando os ideais mais elevados e melhores que as duas civilizações precedentes produziram, caracterizará a futura Era Aquariana e as suas civilizações. Essa expressão do material e do imaterial, do visível e do invisível, do tangível e do espiritual foi sempre o objetivo daqueles que compreendem o verdadeiro significado de cultura.”[16]
Balança, o Quarto raio e o Caminho do Meio
O quarto raio de Harmonia através do Conflito, também chamado raio de Arte e Beleza, tem características em comum com Balança. Balança e o 4º raio estão relacionados com a expressão estética da beleza e da arte – Balança através de seu regente Vénus; estão ambos no negócio da mediação; ambos condicionam largamente a Humanidade – o 4º raio rege a Humanidade como um todo, enquanto Balança está a influenciar a Humanidade no horóscopo planetário; estão ambos ligados à descoberta do Caminho do Meio. Nas instruções de DK a um dos seus discípulos, ele assinalou os pares de opostos do quarto raio:
“Quais são, meu irmão, as características de um corpo mental de quarto raio? Permita-me listar-lhe algumas delas, para que o possa aplicar a si mesmo, com veracidade e compreensão.[17]
Destrutivas ……………………………………………………………………………. Construtivas
Uma batalha mental interior ……………………………………………………….A resolução dos pares de opostos.
Muitos antagonismos …………………………………………………………………Não partidarismo. O Caminho do Meio.
Preconceito ……………………………………………………………………………… Compreensão tolerante.
Unidade e síntese da Personalidade …………………………………………….Unidade grupal e síntese.
Discórdia, interior e exterior ……………………………………………………….Harmonia interior e exterior.
Problemas com o meio circundante ……………………………………………. Paz ambiental.
Imposição da vontade pessoal …………………………………………………….Expressão da vontade de amar.
O Mestre Rákóczi e o Conselho Anual de Outubro
“Em cada mês de outubro e de março, o Mestre R. reúne o Seu conselho de auxiliares, os Mestres e os iniciados mais graduados, nos Ashrams do terceiro, quinto e sétimo raios. Embora Ele seja o Chefe do terceiro Raio de Aspecto e esteja no comando, portanto, dos dois Raios de Atributo acima referidos, Ele não exerce Pessoalmente o seu poder sobre essas forças, porque Ele é Um dos três Chefes da Hierarquia e o Seu trabalho não pode ficar confinado à atividade de qualquer raio em particular. Ele opera através dos Ashrams desses raios, mas Pessoalmente opera principalmente em cooperação com o Cristo e o Manu.”[18]
Carneiro corresponde a março e outubro a Balança. Faz sentido que o Mestre R, o Senhor da Civilização, presida a essas reuniões. Carneiro é o primeiro impulso e o primeiro festival solar do ano espiritual, quando devem ser lançadas as sementes de novos planos. Balança é onde serão reveladas indicações sobre quão abundante, ou não, foi a colheita; se as sementes “caíram em solo fértil ou solo rochoso”.
É por isso que Balança é um signo intimamente associado ao karma, às consequências das ações semeadas em Carneiro que produzem os seus frutos em Balança; é também por isso que Saturno, o senhor do karma, está exaltado em Balança. Saturno também rege o terceiro raio de inteligência ativa que é o domínio do terceiro departamento hierárquico do Mahachohan. Todos os “raios de atributo” – 4,5,6,7 estão sob a égide do Mahachohan.
Nos círculos Hierárquicos, o Mestre R é conhecido como “O Conde”, aludindo à “encarnação” imediatamente a seguir a Francis Rákóczi – que o conduziu a assumir o cargo de Senhor da Civilização. Anteriormente como Mestre R e iniciado de quinto grau, ele era o chefe do ashram do sétimo raio. Por isso, ele tem muita experiência em exercer poder sobre as forças desses raios e trabalhar com nações em crise. (Por exemplo, o seu trabalho como Conde St. Germain perto da Revolução Francesa.)
Desde a Segunda Guerra Mundial, o trabalho de Mestre R tem sido extremamente difícil para trazer a nova civilização, operando com a energia geradora de ordens do sétimo raio. O seguinte foi escrito no final dos anos 40, mas continua muito atual, uma vez que ainda subsistem muitos dos problemas:
“Todo o ritmo do pensamento internacional tem de ser alterado, o que constitui uma tarefa lenta e árdua; as personalidades malévolas que em todos os países são responsáveis pelo caos e pela incerteza têm finalmente de ser substituídas por quem pode trabalhar em cooperação com o ritmo do sétimo raio, produzindo assim beleza ordenada.
Durante o processo de substituição do caos pela ordem, a tarefa torna-se ainda mais complicada pelo fato das culturas nacionais deverem ser preservadas e o esboço da nova civilização apresentado ao povo. Este Ashram principal é, portanto, confrontado com dois elementos em todas as terras e nações: as pessoas que se apegam às coisas ruins do passado e os que operam no extremo oposto rumo ao que é novo. [Estes opostos nunca foram tão acentuados como são hoje.]
Sob a influência deste equilíbrio energético do sétimo raio, o equilíbrio tem de ser conseguido e preservado, de modo que o “nobre caminho do meio” da ação correta e das relações humanas corretas possa ser trilhado seguramente. A tarefa do Mestre R. é, no entanto, iluminada pelo facto do sétimo raio estar agora a entrar em atividade e a sua potência a aumentar a cada ano que passa. A Sua tarefa é também auxiliada pelo trabalho inteligente feito pelo Ashram do Mestre Inglês, Que trabalha consistentemente com as massas que despertam e emergem.”[19]
De facto, o poder deste ciclo novo de sétimo raio, que começou em 1945, está a tornar-se mais forte e a começar a superar o sexto raio em processo de saída, mas ainda tem um longo caminho a percorrer. “Personalidades malévolas” foram embora mas também voltaram. O Mestre Inglês está por trás dos movimentos Trabalhistas e dos sindicatos em todo o mundo. Hoje, o poder dos sindicatos foi consideravelmente corroído por grandes empresas e corporações.
A passagem acima é repetida hoje nesta “terceira fase da guerra mundial” – “as pessoas que se apegam às coisas ruins do passado e os que operam no extremo oposto rumo ao que é novo. Vemos isso refletido no fascismo rastejante de muitos governos Ocidentais – e empresas que ditam a esses governos, contra os progressistas que tentam desesperadamente dar origem a novas ideias – pessoas como Bernie Sanders, Jeremy Corbyn ou Yanis Varoufakis. Muitas das questões em jogo têm a ver com uma terrível desigualdade económica que surgiu, onde a riqueza foi concentrada nas mãos de poucos, à custa dos “99%”.
Balança e Dinheiro: Uso Indevido do Sétimo Raio da Magia
O autor discutiu este tema com frequência em missivas anteriores que podem ser encontradas aqui:
Libra and Money
Libra, Money and the Etheric
Libra, Money and the Old Paradigm Imploding
Urano em Touro: Revolução do Sistema Monetário
U.S. Debt: A Libran Crisis During Mercury Retrograde
Externalisation of the Third Ray Ashram
Os Magos Negros da Nossa Era
Anteriormente foi feita uma análise sobre o sétimo raio e como o Mestre R trabalha com a energia de organização, que é inerente ao mundo das finanças. O terceiro raio está ligado ao dinheiro em geral – como meio de pagamento de bens e serviços. Mas o sétimo raio está relacionado com o mercado financeiro, que lida com a gestão do dinheiro e como investi-lo. O terceiro e sétimos raios são os raios do mago, aquele que pode manipular matéria ou dinheiro.
Como o sétimo raio apenas retomou a sua força cíclica nos últimos 75 anos, o ponto de menor resistência é usar essas forças para fins egoístas. Isto também se aplica a uma nova era aquariana, onde o tema dos grupos cooperativos que trabalham para um propósito comum tem sido largamente cooptado por empresas com motivações egoístas. É claro que isto irá mudar gradualmente, à medida que a Humanidade transitar para a experiência da Era Aquariana nos próximos 2.000 anos. Reparem que o sétimo raio e Aquário são ambos regidos por Urano.
Mas, por enquanto, a situação é invulgarmente complicada e crítica, devido às cabalas e grupos de terceiro raio que controlaram as finanças do planeta nos últimos séculos; o seu poder consolidou-se extraordinariamente no ciclo maior de terceiro raio, aumentado pela sobreposição deste ciclo de sétimo raio; muitos deles pertencem às legiões de magos que abusaram do poder e cobiçaram os bens alheios nos dias sombrios da Atlântida – o crime de roubo: “Para obterem o que cobiçavam e achavam que precisavam, os mais evoluídos dessa raça começaram a praticar magia.”[20]
Portanto, o mundo está a assistir a uma forma muito mais sofisticada de roubo empresarial em diversas áreas da atividade humana. Os novos magos estão atualmente em Wall Street, Londres e em Silicon Valley – alguns deles com bons motivos, mas muitos apanhados pelo fascínio da ganância; esses abutres da cultura empresarial sugam o sangue da vida da humanidade. Hoje vivemos na nova Babilónia, um antigo eco do egoísmo que os humanos podem expressar. Os negócios são, no entanto, um caminho espiritual legítimo, onde muitas almas trabalham com um foco meditativo unidirecionado:
“Todos os grandes capitalistas e os chefes supremos das finanças, ou negócios organizados, são os expoentes de poderes semelhantes. São personificações da adesão unidirecionada a uma linha de pensamento, e a sua evolução equipara-se à do místico e do ocultista. Procuro enfatizar fortemente este fato. Eles são os que meditam na linha do Mahachohan, ou o Senhor da Civilização ou Cultura.
A atenção concentrada e suprema que dedicam a cada assunto torna-os no que são, e em muitos aspectos alcançam resultados mais importantes do que muitos estudantes de meditação. Tudo o que precisam fazer é transmutar o motivo subjacente ao seu trabalho, então, a sua conquista superará a de outros estudantes. Aproximar-se-ão de um ponto de síntese e o Caminho Probatório será então trilhado.”[21]
A humanidade está agora à beira de uma grande crise – se os que possuem toda a riqueza e poder aprendem a compartilhá-la ou simplesmente acumulam mais. Qual será o destino desses capitalistas que monopolizaram tantos recursos do mundo? O mundo provavelmente descobrirá a partir de janeiro de 2020 com a conjunção de Saturno e Plutão em Capricórnio.
Jeffrey D. Sachs é um professor de economia de renome mundial, líder em desenvolvimento sustentável, consultor sénior da ONU, autor de best-sellers e colunista, cujos artigos em jornais mensais são publicados em mais de 80 países; ele é definitivamente um “discípulo” humanitário do mundo da economia. A seguir, um trecho do seu artigo recente, “Billionaires reach for the stars while the world suffers” [NT: “Milionários tentam alcançar as estrelas enquanto o mundo sofre”]:
“A economia mundial está a bombear centenas de biliões de dólares para as contas de apenas alguns milhares de pessoas. Estas riquezas deveriam ser direcionadas, em primeiro lugar, para acabar com os milhões de mortes desnecessárias causadas pela pobreza extrema e para educar as centenas de milhões de crianças que não têm escolaridade. Os multimilionários ainda teriam o suficiente para satisfazer o seu desejo por mega iates, naves espaciais pessoais, ilhas tropicais privadas e outros consumos conspícuos.
… A era digital criou modelos de mercados de informação do tipo, “o vencedor leva tudo” – incluindo os nossos dados pessoais – e Bezos, Mark Zuckerberg, Larry Page, Sergei Brin e outros estão a tirar partido euforicamente dessas vantagens. Nos últimos 12 anos, de acordo com a revista Forbes, o número de milionários e o seu património líquido triplicaram, de 793 milionários, com 2.600 biliões de dólares de património líquido em 2006, para cerca de 2.200 milionários, 9.100 biliões em março deste ano.
… Quase 200 indivíduos ricos aderiram à The Giving Pledge [NT: campanha fundada por Bill Gates e Warren Buffett para incentivar as pessoas ricas a contribuir com uma grande parte de sua riqueza para causas filantrópicas] nos últimos oito anos, menos de 10% dos milionários. Além disso, não há relatórios ou prestação de contas do valor real dos seus donativos. Ao todo, a maioria das pessoas mais ricas do mundo ainda não se juntou à batalha para acabar com a pobreza. No entanto, a sua riqueza é tão grande que esses poucos indivíduos poderiam melhorar drasticamente a vida de centenas de milhões de pessoas … Apenas 1% do património líquido dos milionários no espaço de um ano seria cerca de 91.000 milhões, quantia que poderia garantir acesso aos cuidados de saúde e educação para as crianças mais pobres do mundo.”
The Hidden History of Humanity – novas versões legendadas em diferentes idiomas.
Em pouco mais de um ano, o vídeo The Hidden History of Humanity ultrapassou 4.000.000 de visualizações. Agora está disponível com legendas em cinco idiomas: inglês, italiano, francês, espanhol e russo. (Por favor, siga este link para “legendas em inglês e estrangeiras”.) Informa-se que o livro, The Hidden History of Humanity [NT: A História Oculta da Humanidade], em breve estará esgotado e será substituído por Unveiling Genesis: Mysteries of the Rootraces and Cycles [Desvendando o Génesis: Mistérios das Raças-Raízes e Ciclos].
Phillip Lindsay © 2018.
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Books by Phillip Lindsay
[1] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.302.
[2] Glamour: A World Problem, Alice A. Bailey. p.79.
[3] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.183.
[4] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.238.
[5] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.233.
[6] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.238.
[7] The Light of the Soul, Alice A. Bailey. p.316.
[8] Glamour: A World Problem, Alice A. Bailey. p.100.
[9] Glamour: A World Problem, Alice A. Bailey. p.49.
[10] Discipleship in the New Age I, Alice A. Bailey. p.158.
[11] Glamour: A World Problem, Alice A. Bailey. p.110.
[12] Glamour: A World Problem, Alice A. Bailey. p.79.
[13] Esoteric Psychology II, Alice A. Bailey. p.276.
[14] The Reappearance of the Christ, Alice A. Bailey. p.90.
[15] Unveiling Genesis: Mysteries of the Rootraces and Cycles, Phillip Lindsay.
[16] Education in the New Age, Alice A. Bailey. p.42.
[17] Discipleship in the New Age I, Alice A. Bailey. p.257.
[18] The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. p.668-9.
[19] The Externalisation of the Hierarchy, Alice A. Bailey. pp.668-9.
[20] Esoteric Healing, Alice A. Bailey. p.231.
[21] Letters on Occult Meditation, Alice A. Bailey. p.251.