Virgem 2018: Integração, Cura, Totalidade. Curando o Planeta Terra. O Renascimento das Mulheres. Livros de Leitura.
Nota-Chave de Virgem
“Eu sou a Mãe e o Filho. Eu, Deus, matéria sou.”
(Lua Cheia: 26 de agosto, 2018. 12:56 GMT.)
Parte I: Virgem: Integração, Cura e Totalidade
Parte II: Invocando Virgem para Curar o Planeta Terra
Boas Notícias/Más Notícias: Estarmos Corretamente Informados
Parte III: O Renascimento das Mulheres
Parte IV: Virgem e a Crítica dos Assuntos Mundiais
Virgem e o Regresso aos Livros de Leitura
Parte I: Virgem: Integração, Cura e Totalidade
(Grande parte deste boletim será apresentada no domingo, 26 de agosto no webinar Iniciativa 2025, que está aberto a quem queira participar. Seguir-se-ão algumas outras apresentações e perspetivas breves, e por fim será proporcionado um espaço para discussão e colocação de perguntas por parte da audiência.) Esta apresentação vai discutir o papel de Virgem e a sua importância para a Humanidade e para o planeta como um todo.
No século passado, o Mestre Tibetano, Djwhal Khul, criou dez grupos-semente que constituiram uma experiência para iniciar pontos focais de energia, através dos quais determinadas energias poderiam fluir para a humanidade. A experiência consistia em inaugurar novas técnicas no trabalho e nas formas de comunicação. Esses dez grupos-semente são:
1. Comunicadores telepáticos. 2. Observadores treinados. 3. Curadores magnéticos. 4. Educadores de Nova Era. 5. Organizadores políticos. 6. Campo da religião. 7. Servidores científicos. 8. Psicólogos. 9. Finanças e economia. 10. Trabalhadores criativos. (ver aqui para consultar mais detalhes sobre esses grupos.)[2]
O grupo de curadores magnéticos é aquele que está associado a este boletim sobre Virgem:
“Estes curadores não têm nenhuma relação com o trabalho dos chamados curadores magnéticos de hoje. Eles trabalham de forma inteligente com as forças vitais do corpo etérico. Este grupo de curadores deve conseguir realizar a cura correta das personalidades dos indivíduos, em todos os aspectos da sua natureza. O trabalho a ser feito é o da transmissão inteligente de energia às várias partes da sua natureza — mental, emocional e física — através da organização e da circulação correta da força. O seu trabalho será trabalho em grupo e, geralmente, para um grupo. Os curadores magnéticos devem aprender a trabalhar como almas, não como indivíduos. Devem aprender a transmitir energia de cura a partir do reservatório de força viva para o paciente ou pacientes.”[3]
Virgem é um canal para o segundo raio de Amor-Sabedoria, o mais potente de todos os signos do zodíaco, portanto, uma importante força zodiacal de cura. Para curar, devemos ter uma visão do que significa ser “completo” e aonde isso nos vai levar. Temos de considerar o “ser completo” e libertar as causas que conduziram um indivíduo ou um grupo a um estado de separação ou desequilíbrio. Devemos trabalhar com todos os níveis possíveis de influência – os corpos etérico/físicos, astral e mental, correntes de energia que entram e saem desses corpos, crenças e mentalidades – e, claro, a alma – individual e grupal.
O glifo de Virgem é triplo, indicando que é um refletor da trindade divina de Vontade, Amor-Sabedoria e Inteligência – expressa através da personalidade humana nos planos mental, emocional e físico. Virgem é um signo bem conhecido pelo tema da cura, embora mais popularmente no plano físico -através da dieta, nutrição e outras artes de cura física, como o yoga, tai chi e qi-gong. Como um signo triplo-temático, está igualmente relacionado com a saúde emocional e mental. Há várias razões pelas quais Virgem é um signo de cura:
1. O segundo raio de Amor-Sabedoria, o raio principal deste sistema solar – e como raio de ensino e da cura, encontra a sua expressão mais forte através de Virgem durante este ciclo mundial maior. Júpiter é o regente do segundo raio de Amor-Sabedoria e também é o regente mais elevado, ou hierárquico, de Virgem.
2. O caduceu é o símbolo de Mercúrio, regente de Virgem – o bastão da vida entrelaçado por duas serpentes, sobrepostas pelas asas da alma; é um símbolo triplo, refletindo as três correntes principais que percorrem a coluna vertebral – os nadis ida, pingala e shushumna. Mercúrio representa a mente inferior e superior – e é também o Mensageiro entre ambas.
3. Virgem é um signo de terra e a Lua o seu regente esotérico, representando a Mãe Terra ou a Mãe do Mundo que abraça o planeta inteiro. A Lua representa a natureza forma que deve ser curada e transcendida. Como os dois regentes de Virgem, “a Lua e Mercúrio em conjunto indicam a atividade da mente superior e inferior e estão, portanto, relacionados com o terceiro Raio de Inteligência Ativa”[4]
A Lua vela quer as forças de Vulcano, Neptuno ou Urano – e essa verificação só poderá ser feita intuitivamente. Estes três planetas também representam os três níveis da personalidade a serem integrados – mental, emocional e físico.
4. O planeta Vulcano é muito importante relativamente a Virgem porque é por intermédio da regência do primeiro de raio, que Vulcano o Ferreiro “martela” e molda a natureza forma.
5. Existem vários asteróides associados a Virgem:
a. Vesta a Virgem Pura, representando a “castidade” da natureza do desejo que é purificado no plano astral ou emocional.
b. Ceres-Deméter, a deusa dos cereais que o símbolo de Virgem reflete – a deusa virgem a segurar uma espiga de trigo – nutrição do plano físico, bem como a criação de ideias-semente no plano mental.
c. Hígia – a deusa da cura, de onde deriva a palavra higiene. Hígia usava serpentes para encontrar ervas curativas na floresta, daí o símbolo do Caduceu acima mencionado.
d. As três deusas de Virgem: Eva, Ísis e Maria:
“… elas personificam em si mesmas a simbologia de toda a natureza forma, que, uma vez integrada e a funcionar como uma pessoa completa, chamamos a personalidade. Esta personalidade é… o terceiro aspecto da divindade, o de Deus o Espírito Santo, o princípio ativo, inteligente e nutridor do universo. [também chamado “a mãe”, ver # 6.]
Eva – símbolo da mente do homem atraído pela sedução do conhecimento a ser adquirido através da experiência da encarnação. Nos tempos da Lemúria, Eva colheu a maçã do conhecimento da serpente da matéria – indicando o período de Individualização da Humanidade.[5]
Ísis – cumpriu-se metade do caminho; a vitalização do que é desejado (o Desejo de todas as nações, como é chamado na Bíblia) teve lugar e Ísis aparece consequentemente, nos zodíacos antigos, como símbolo de fertilidade, de maternidade e como a guardiã da criança.
Maria – transporta este processo até ao plano ou lugar de encarnação, o plano físico, e aí dá à luz o Cristo menino.
Nestas três Virgens e nestas três Mães do Cristo, têm a história da formação e da função dos três aspectos da personalidade através dos quais o Cristo [alma] deve procurar expressar-se.
Virgem representa uma síntese destes três aspectos femininos — Eva, Ísis e Maria. Ela é a Mãe Virgem, fornecendo aquilo que é necessário para a expressão mental, emocional e física da escondida, mas sempre presente, divindade.”[6]
6. As qualidades Femininas Divinas de Virgem – nutrição e proteção.
“Virgem é considerada pelos instrutores esotéricos … para ser identificada com o terceiro aspecto da divindade, com o princípio mãe …”[7]
Virgem a mãe Virgem representa o útero do tempo e também a natureza tripla da forma, na medida em que guarda o princípio Crístico dentro da sua própria substância material. Então, depois de uma longa gestação, ela dá à luz o Cristo menino ou alma.
“Virgem simboliza as profundezas, escuridão, silêncio e calor; é o vale da experiência profunda onde segredos são descobertos e finalmente “trazidos à luz”; é o lugar de crises lentas, suaves porém poderosas e com desenvolvimentos periódicos que ocorrem no escuro, no entanto, conduzem à luz.
É o “estágio dos olhos vendados”, que se encontra nos rituais maçónicos e que sempre precede a dádiva da luz. Virgem representa o “útero do tempo” onde o plano de Deus (o mistério e o segredo das idades) é lentamente amadurecido e – com dor e desconforto e através da luta e do conflito – trazido à manifestação no final do tempo determinado.
Hoje parece … que estamos a entrar no oitavo mês do período de gestação; este é quase literalmente o caso no que diz respeito à humanidade – contando de Virgem para Aquário, o signo em que estamos agora a entrar – descobrimos que existem precisamente oito signos: Virgem, Leão, Caranguejo, Gémeos, Touro, Carneiro, Peixes e Aquário, e isto é certamente a garantia que o nascimento da nova era, da nova consciência e da nova civilização e cultura são inevitáveis e seguros.”[8]
Reparem nestas frases, “segredos são descobertos e finalmente “trazidos à luz”” – e “o “estágio dos olhos vendados”” – apontando para a natureza profundamente subjetiva de Virgem, a sua aptidão para penetrar e atravessar as profundezas e, finalmente, revelar a luz.
Parte II: Invocando Virgem para Curar o Planeta Terra
O nosso planeta atingiu uma crise precária na maioria dos campos de atividade humana – política, religião e educação, artes e ciências, negócios e finanças, relações humanas, escravidão e exploração sexual, sem-abrigo e refugiados. Todos estes temas são galopantes e difundidos por todo o mundo.
Enfrentamos uma catástrofe global por via das alterações climáticas e dos climas extremos, em parte devido ao abuso, por parte da Humanidade, dos três reinos inferiores – mineral, vegetal e animal. Estes últimos temas pertencem ao lado exterior ou exotérico de Virgem – cura planetária e recuperação dos oceanos poluídos, das terras devastadas por práticas egoístas de extração mineral, acabar com a manipulação climática por parte da ciência e assim por diante
No entanto, algumas destas mudanças terrestres são naturalmente cíclicas, desenvolvendo-se durante vastos períodos de tempo – em que os pólos se movem para os trópicos, se sucedem idades do gelo ou derretimentos, ou há aumento da atividade vulcânica e terramotos. Esta última ocorrência preveu-se que vá aumentar nos próximos milhares de anos. À medida que a Humanidade permanece na cúspide da Quinta Raça-Raíz e se move para a Sexta Raça-Raíz, purgas e purificações terão lugar para abrir caminho ao que é novo. Muitos destes fatores na situação atual mundial foram proporcionados por dois fatores principais:
- A Humanidade como um todo, a sua falta de desenvolvimento e integração da personalidade tripla – vista como um só corpo; que não foi capaz de usar os recursos planetários de forma responsável por via da ignorância, pobreza, ganância ou apatia.
| - Uma pequena parcela da Humanidade – Um grupo mentalmente muito desenvolvido embora uma minoria, ter explorado e manipulado o dinheiro e os recursos finitos do planeta – para nenhum objetivo que não o de ganho pessoal, para viverem rodeados de luxo material e indiferentes às necessidades do resto da Humanidade.
Portanto, tem havido um sobre-desenvolvimento do princípio mental, especialmente nesta Quinta Raça-Raíz polarizada mentalmente – com os efeitos colaterais da arrogância, ganância e separatismo. O princípio de compaixão tem sido contornado, ironicamente, nesta Era de Peixes em fase de desvanecimento e na qual poderia ter sido desenvolvido para grau muito mais elevado.
Assim, para usar as correspondências anteriores, a deusa Eva foi favorecida e Ísis foi ignorada, mesmo ao ponto do seu nome sagrado ter sido manchado por um acrónimo usado por um grupo terrorista – que encarna a expressão mais básica do ódio humano. É aí que reside o par de opostos – amor e ódio.
No entanto, grupos como este são simplesmente um subproduto de uma cultura global predominante assimétrica de agressão e egoísmo. Portanto, para usar novamente o simbolismo de Virgem, ocorreu uma desconexão na integração tripla global da Humanidade entre Eva no plano mental e Maria no plano físico.
Deusa | Plano | Aspeto |
Eva – Sedução do conhecimento a ser adquirido através da experiência da encarnação. | Plano mental – fogo. Centro da garganta. |
Vontade |
Ísis – Vitalização daquilo que é desejado; fertilidade, maternidade, guardiã. | Plano astral – água. Centro do plexo solar e do coração. |
Amor |
Maria – Dá à luz o Cristo menino. | Plano físico – terra. Centro sacro e da garganta. |
Inteligência |
Ísis representa o princípio intermédio da compaixão e o seu reflexo emocional – e ela atualmente definha, enquanto a humanidade se atrasa no seu desenvolvimento. Como foi dito anteriormente, o segundo raio de amor-sabedoria flui através de Virgem de forma mais poderosa do que outro signo. Virgem representa o nascimento do Cristo dentro da caverna do coração (a primeira iniciação) – o que acontece em grande número na Humanidade.
Estamos a aproximar-nos da Exteriorização da Hierarquia – o Cristo e os Mestres de Sabedoria voltarão ao contacto humano em algum momento depois de 2025. Este acontecimento planetário extraordinário não ocorre desde que Eles foram obrigados a retirar-se do contacto humano durante os dias sombrios da Atlântida. O seu reaparecimento iminente foi planeado há séculos – e à medida que nos aproximamos do ano 2025, as forças do materialismo estão a lutar furiosamente para evitar que tal ocorra.
Aquelas forças trabalham através de seus agentes egoístas no plano físico em todas as áreas da expressão humana, visivelmente na política, ciência e particularmente nas grandes empresas. Reparem que estes departamentos de atividade humana estão todos nos “raios de linha dura” ou 1, 3, 5, 7 – a energia de Vontade, na medida em que funcionam através dos raios mentais.
Ao que parece – e as aparências nem sempre refletem a verdade – a tendência materialista global está enraizada tão profundamente que as atitudes de mudança são uma tarefa assustadora para os trabalhadores da luz – devido a circunstâncias económicas difíceis, apatia ou pensamento condicionado. É aqui que o indivíduo se pode juntar a um grupo particularmente interessado e dar a sua contribuição. O materialismo foi o problema que levou à queda da Atlântida, em que o crime por roubo foi primordial.
“Para obter o que cobiçavam e sentiam que precisavam, os mais evoluídos daquela raça começaram a praticar magia … Foram empregues Palavras de Poder e praticados rituais planeados cuidadosamente por aqueles que buscavam enriquecer e possuir o que queriam, independentemente dos danos causados aos outros.”[9]
Atualmente, o roubo foi sendo refinado e desenvolvido, difundido globalmente – roubo de recursos globais, evasão fiscal de empresas, roubo de identidades e de dados pessoais, roubo de meios de subsistência pessoais em nome do lucro, roubo de terra, pessoas, etc. etc.
Apesar das grandes iniciativas actualmente em curso para abordar muitos destes problemas mundiais, às vezes é difícil avaliar quão longe a humanidade está um passo à frente. Podemos ter algum conforto na passagem anterior que declarava: “o nascimento da nova era, da nova consciência e da nova civilização e cultura são inevitáveis e seguros.”? Podemos rejeitar a “serpente da dúvida” como o Mestre Morya a descreve – a “praga de pequenos vermes da dúvida requer uma cura longa.”
A humanidade evoluiu muito rapidamente nos últimos 70 anos, equivalendo a séculos de evolução. Temos de reflectir sobre quão desigual ou assimétrico tem sido o nosso desenvolvimento, através da ciência e da tecnologia, por exemplo, – e que medidas urgentes são necessárias para remediar a situação do paciente enfermo – a humanidade.
Aqui devemos aplicar a discriminação de Virgem ou Viveka, para discernir o real do irreal. Que opções permanecem em aberto para a Humanidade, Hierarquia e aqueles que constituem o Novo Grupo de Servidores Mundiais? Vários cenários incluem o seguinte, real ou imaginado:
Cenário 1. Os discípulos e aspirantes do mundo vão prevalecer, vão estar à altura da ocasião e através de trabalho dedicado, incansável, efectuarão mudanças. Consolidarão sobre o trabalho já iniciado e prosseguindo-o até estar concluído; trabalharão com perseverança incessante.
Estes aspirantes e discípulos formam o Novo Grupo de Servidores Mundiais que trabalham objetiva e subjetivamente em todo o mundo. Uma porção menor do NGSM é treinada esotericamente tendo uma oportunidade para trabalhar subjetivamente através da meditação, rituais e outras actividades – adicionando continuamente o paradigma emergente de novos princípios aquarianos.
Mas estarão todos os aspirantes e discípulos do mundo a fazer realmente o suficiente? Estarão os seus “corações incendiados com o espírito de serviço”? Estarão eles a viver de acordo com as expectativas da Hierarquia ou será que se tornaram preguiçosos e distraídos – e falharam coletivamente em estar à altura?
A este respeito há uma lição do passado sobre a qual poderíamos refletir. Os livros O Discipulado na Nova Era (ou DINE) de Alice Bailey trataram sobre os vários grupos de discípulos a que o mestre DK deu instruções pessoais. Apesar do facto de estes grupos terem tido o privilégio extraordinário de serem guiados por um Mestre da Sabedoria, DK dissolveu o grupo porque,
- O grupo não estava integrado e não produziu nenhuma iniciativa espiritual em especial. Muitos deles fizeram menos pelo trabalho dos Triângulos, pelo trabalho de Boa Vontade e pela distribuição da Invocação, do que o estudante comum da Escola – não ajudaram DK conforme ele tinha pedido.
- Incumprimento da obediência oculta – muitos não fizeram absolutamente nada quanto às instruções pessoais dadas por DK.
- Os membros que não concordaram com algumas instruções. Quando as instruções eram favoráveis já achavam que era do próprio DK.
Havia um quarto ponto que foi apagado do texto original – poderia ter sido talvez por preguiça? Isto recorda o incentivo de DK no final de um dos seus livros, “Trabalhem meus irmãos!” Poderíamos muito bem perguntar retoricamente por que é que o desempenho dos discípulos neste dia e nesta época, sem a orientação do mestre seria melhor do que era entre os anos 1920 e 1950?
Cenário 2. Há uma derrocada financeira pior do que alguma a que o mundo jamais assistiu, um evento que tem sido previsto para a última década, criando graves dificuldades a curto prazo (uma depressão), mas dando finalmente origem ao nascimento de um sistema económico mais justo e à redistribuição de riqueza.
Cenário 3. Pelo facto de a humanidade não ser capaz de efetuar mudanças em tempo útil, a Hierarquia intervém drasticamente e Aquele que detem o cargo de Manu, desencadeia mais cataclismos do que originalmente planeado, como uma “correção planetária” – forçando a humanidade a transformar-se e viver num maior espírito de cooperação.
Cenário 4. As forças do materialismo assumem o controlo e submetem este planeta à escravidão, tal como previa o plano nazi e quase conseguiu na 2ª Guerra Mundial. Consideraria a Hierarquia afastar-se da Humanidade, à semelhança do que esteve preparado durante a 2ª Guerra Mundial, quando os nazis pareciam estar perto da vitória? Uma perspectiva verdadeiramente chocante para ser considerada – que a Hierarquia abandonaria a Humanidade por causa do seu egoísmo inerente.
Cenário 5. Surge uma terceira guerra (nuclear) mundial e destrói o planeta. Isto é improvável, mas é mencionado porque é um medo que é perpetuado por certos líderes mundiais. Foster Bailey declarou em um de seus livros posteriores na década de 1970 que a Hierarquia não permitirá a ocorrência de uma guerra nuclear. Tal como não será permitido, diz-se, pelos extraterrestres que nos observam! (veja os comentários do astronauta Edgar Mitchell.)
Alguns destes pontos podem parecer horríveis, mas na verdade descrevem os medos residuais que toda a humanidade mantém – nesta hora crítica de desenvolvimento de karma planetário; estes pontos resumem o que muitas pessoas pensam, temem e sobre os quais especulam; é claro que haverá outros, provavelmente. A conjunção de Saturno e Plutão em Capricórnio, em janeiro de 2020 simboliza o momento em que muitos destes problemas globais podem ter uma resolução, de uma forma ou de outra.
Boas Notícias/Más Notícias: Estarmos Corretamente Informados
Para contrabalançar o que acabou de ser exposto, investigadores descobriram que o cérebro humano está programado para dar mais atenção a notícias negativas do que às positivas. Biologicamente, os nossos cérebros estão preparados para se inclinarem em direção ao pessimismo, o que nos estimula a prestar mais atenção às notícias negativas.
“Steven Pinker [Sol em Virgem] está entre os poucos líderes intelectuais que dedicaram as suas vidas a mudar a percepção incapacitante que temos sobre nós próprios. … O autor de best-sellers reiniciou recentemente este discurso com o seu novo livro, Enlightenment Now (N.T.: Iluminação Já), no qual defende o progresso e demonstra como a humanidade continua a desenvolver-se de acordo com várias medidas, incluindo prosperidade, paz, segurança e felicidade.
Pinker salienta que houve muitas melhorias na vida humana: “… apesar das nossas muitas deficiências, estamos a viver vidas mais longas, mais saudáveis, mais seguras e mais felizes do que em qualquer outro ponto da história da humanidade. Rejeitar o quão longe nós chegámos é em última análise uma negação da verdade.”
1987: 23 guerras, 85 autocracias, 37% da população mundial a viver em pobreza extrema e mais de 60.000 armas nucleares.
2017: 12 guerras em curso, 60 autocracias, 10% da população mundial a viver em pobreza extrema e mais de 10.000 armas nucleares.
Durante a maior parte da história humana, a expectativa de vida ao nascer era de cerca de 30 anos. Hoje é acima de 70 a nível mundial, e nas zonas desenvolvidas do mundo, acima de 80. Apesar da desigualdade de riqueza, há uma diminuição na pobreza global. Há 200 anos, 90% da população mundial subsistia com pobreza extrema. Hoje, isso acontece com menos de 10%.
As taxas de alfabetização continuam a subir. Antes do século XVII, não mais de 15% dos europeus conseguiam ler ou escrever. Atualmente, mais de 90% da população mundial com menos de 25 anos consegue ler e escrever. Com o aumento do acesso à informação digital, esperamos que esse número aumente naturalmente.
Apesar dos retrocessos na democracia em várias regiões, o mundo nunca foi tão democrático como tem sido na última década, com dois terços das pessoas a viver em democracias.
Estamos também a viver de uma forma mais segura. Durante o último século, tornámo-nos 96% menos propensos a morrermos num acidente de carro, 99% menos propensos a morrermos num acidente de avião, 95% menos propensos a sermos mortos no trabalho, e 89% menos propensos a sermos mortos através de desastre natural, graças aos avanços em infra-estruturas.”[10]
Parte III: Virgem e o Renascimento das Mulheres
“Onde as mulheres são reverenciadas e protegidas, a prosperidade reina e os deuses exultam.”
Que uso fazemos das energias de Virgem para curar o planeta? Como podemos trabalhar com este elo perdido de Amor-Sabedoria tão escasso nos corações de tantos grupos políticos e empresariais que controlam as nossas vidas? Como produzir uma subversão de Amor-Sabedoria – que abrirá corações, que agitará as consciências e a consciencialização coletivas? Estarão eles realmente fora do nosso alcance, estes nossos companheiros e membros da Humanidade?
Se voltarmos ao tema Ísis, podemos ver que a solução é bastante óbvia. Estimular a era do Divino Feminino ganhou impulso crescente nas últimas décadas; encorajou o despertar do coração e faz-nos lembrar que a Humanidade como um todo está a elevar a sua consciência coletiva do plexo solar para o coração:
“É esse processo de descentralização e “elevação” da consciência inferior (no plexo solar) para a superior (no coração) que produz as principais dificuldades às quais o discípulo é submetido. É também este processo que está hoje a acontecer no mundo como um todo, causando terrível perturbação nos assuntos humanos, na cultura e na civilização.
O foco completo da consciência da humanidade está a ser mudado; a vida egoísta (característica do homem centrado nos seus desejos e, consequentemente, no centro do plexo solar) está a dar lugar à vida descentralizada do homem altruísta (centrado no Eu ou alma), consciente das suas relações e responsabilidade com o Todo e não com as partes.
Esta sublimação da vida inferior na superior é um dos momentos mais profundos para o indivíduo e para a raça. Uma vez que o discípulo individual e a humanidade, simbolizando o discípulo mundial, tenham dominado o processo de transferência no que a isto diz respeito, veremos a nova ordem de serviço individual e de serviço mundial estabelecida e, portanto, a chegada da aguardada nova ordem.”[11]
A ascensão gradual das mulheres reflete-se nas iniciativas de décadas recentes que deram poder às mulheres e criaram menos abuso sexual, mas é claro que ainda há um longo caminho a percorrer. A seguir estão algumas passagens inspiradoras dos ensinamentos de Agni Yoga de Helena Roerich, transmitidas pelo Mestre Morya:
“A Mãe do Mundo está à frente da Grande Hierarquia de Luz do nosso planeta … Atrás de cada símbolo está uma Alta Individualidade, e cada símbolo abarca uma grande realidade.”[12]
“De facto, é altura de salientar que a única Mãe de ambos os Senhores não é um símbolo, mas uma Grande Manifestação da Origem Feminina, na qual é revelada a Mãe espiritual de Cristo e de Buda. Foi Ela Quem Os ensinou e ordenou que triunfassem. Desde tempos imemoriais, a Mãe do Mundo foi enviada para que a obra se realizasse.
Na história da humanidade, a Sua Mão traça um fio inquebrável … No Sinai, a Sua Voz soou. Ela assumiu a imagem de Kali. Ela esteve na base do culto de Ísis e Ishtar. Depois da Atlântida, quando um golpe foi infligido ao culto do espírito, a Mãe do Mundo começou a tecer um novo fio, que começará agora a irradiar.
Depois da Atlântida, a Mãe do Mundo ocultou o Seu Rosto e proibiu que pronunciassem o Seu Nome até que a hora das constelações ocorresse. Ela manifestou-Se apenas parcialmente; nunca Se manifestou à escala planetária …”[13]
A palavra Virgem é uma deturpação de um antigo nome Atlante que foi aplicado ao princípio mãe. Em certa altura, a Atlântida era um matriarcado que dominava a civilização, daí alguns dos antigos mitos sobre Lilith, a última das Deusas Virgens. Helena Roerich continua,
“… Com a degradação da mulher, o embrutecimento e degeneração da humanidade era inevitável. Existe um ditado muito antigo que diz: “Onde as mulheres são reverenciadas e protegidas, a prosperidade reina e os deuses exultam… A Nova Época… (que começa agora) trará o renascimento da mulher. A Época de Maitreya é a Época da Mãe do Mundo.”[14]
Essa “época” está à nossa porta, a Era de Aquário, inseparável da Mãe do Mundo e do Senhor Maitreya.
“A mulher pode ser juíza e advogada, pois a injustiça diminuirá quando os próprios tribunais repelirem o princípio do mal. Tal distinção transformará todo o modo de vida. Quando eu digo: “Vós, mulheres, podeis compreender a cooperação”, eu desejo evocar os fogos adormecidos das profundezas dos vossos corações.”[15]
Temos aqui o símbolo feminino da justiça, os olhos vendados para permitir a imparcialidade, feminino para permitir a intuição e a segurar a espada da discriminação.
“Uma visão clara pode ser obtida a partir do futuro equilíbrio entre espírito e matéria. Mas não devem ser vistos apenas fragmentos. É por isso que os antigos guardavam este telescópio natural com tanto cuidado. Os telescópios mais poderosos eram mulheres.”[16]
De facto, nos tempos da Roma Antiga, apenas as mulheres eram escolhidas como sibilas ou médiuns, “treinadas por discípulos de sétimo raio para falarem sob a inspiração da Hierarquia, cuja presciência … não se estende para além de dois mil anos.”[17]
Virgem e a Evolução Dévica
Embora não haja espaço suficiente para cobrir adequadamente o assunto, o tema dos devas ou da hierarquia angélica não pode deixar de ser mencionado porque eles constituem o aspeto Mãe da evolução; eles têm uma evolução paralela à da humanidade e constroem as formas que todos habitam. A evolução humana é considerada masculina, enquanto a evolução dévica é feminina e, nestas duas correntes, encontra-se um casamento e síntese divinos.
Parte IV: Virgem e a Crítica dos Assuntos Mundiais
Introdução A separação é originada pela crítica que é simbolicamente e na verdade a sombra da mente altamente discriminativa de Virgem. Todos os signos do zodíaco são, naturalmente, capazes de crítica, alguns veementemente, mas Virgem é um dos seus principais símbolos.
Uma expressão da palavra discriminação é usada, por exemplo, quando os brancos discriminam os negros – ou outras minorias raciais. Daí o apartheid (apart-heid – separateness; N.T.: separatismo). Esta é uma expressão da mente inferior cujo ponto de menor resistência é separar e rotular. É também a expressão-sombra do Quinto Raio da Ciência que condicionou o desenvolvimento desta Quinta Raça-raiz, todas as nações ocidentais.
Mas a verdadeira discriminação é o processo evolutivo contínuo do equilíbrio dos pares de opostos no plano mental, o desenvolvimento do discernimento entre o real e o irreal, o inferior e o superior. Para usar uma palavra-chave Virginiana, é um refinamento da mente, onde ocorrem ajustes delicadamente atenuados – é Viveka.
O grande Adi Shankara escreveu um tratado Vedanta chamado Vivekachudamani – “Crest-jewel of discrimination”, que discute o discernimento entre o real e o irreal, o eterno e o temporário – como a tarefa central do discípulo em busca da libertação ou Moksha.
A prática correta de viveka desenvolve a habilidade para discernir os detalhes de alinhamento, voltando a atenção para dentro e trabalhando com detalhes invisíveis. Daí a meditação – Virgem é considerado como um signo que incorpora “a fase de meditação da meditação”. (Leão – concentração, Virgem – meditação, Balança – contemplação, Escorpião – iluminação, Sagitário – inspiração.)[18]
Observem o uso da palavra “detalhes”, outra característica Virginiana associada aos seus outros temas de “totalidade meticulosa” e minuciosidade. Daí Virgem, o erudito, o poeta e escritor, que presta atenção assídua e diligente aos detalhes do seu ofício – e em qualquer campo de atividade humana – da música e das artes, da ciência ou da política.
A expressão sombria de Virgem tem sido bastante proeminente no final da Era de Peixes, devido ao facto de ser o oposto polar deste signo. O fator mental crítico de Virgem contribuiu para um desenvolvimento desigual, ficando aquém do amoroso entendimento e compaixão de Peixes; o que é irónico porque o segundo raio de Amor-Sabedoria encontra a sua expressão mais forte neste ciclo maior através de Virgem.
A Crítica dos Eventos Mundiais Com a Lua, Marte e Vénus em Virgem, o autor conhece bem o lado sombrio deste signo! E, como comentador de longa data sobre os assuntos mundiais, também está familiarizado com a tendência para criticar eventos e personalidades mundiais. Deve-se no entanto aspirar à neutralidade, imparcialidade e a uma aptidão apolítica!
Há uma linha muito ténue entre o tipo de análise impessoal de quinto raio – e a crítica. (Haverá aqueles que alegarão que estão a exercer a primeira e não a segunda – quando, na verdade, estão a expressar a segunda sob a bandeira da primeira!)
Ao fazer uma distinção entre crítica e julgamento, “A crítica aponta uma falha, discordando ou desaprovando as ações/palavras de algo ou alguém baseado na opinião – mas não determinando o valor da pessoa/coisa. O julgamento afirma que o valor ou reputação de alguém ou de alguma coisa é determinado pelas suas ações/palavras/estilo de vida ou por uma falha ou recurso relativos.”[19]
Há também, é claro, “crítica construtiva”, mas permanece o facto de que há muitas críticas no mundo que levam à separação dentro da humanidade. A crítica ocorre em todos os níveis de evolução, desde os muito ignorantes aos parcialmente informados, até à elite intelectual. Nos ensinamentos da Sabedoria sem Idade, o Mestre Djwhal Khul aconselha os aspirantes e discípulos no Caminho a absterem-se de criticarem os acontecimentos mundiais.
Esta pode ser uma tarefa muito difícil, especialmente quando se pode ter um sentimento de indignação com as injustiças perpetuadas pelos seres humanos uns sobre os outros. O feedback contínuo a alertar quem lidera é necessário, como parte das muitas correções e ajustes envolvidos na evolução humana. Isto claro, se esses líderes prestarem atenção! A verdadeira democracia pode ser ainda um sonho distante, em que os líderes e representantes estão atentos. Se não estiverem, pode ter então que surgir uma revolução francesa ou americana e destruir a estrutura de poder.
Há boas razões para que a abstenção de crítica contribua para uma construção subjetiva maior do novo ciclo Aquariano no qual a humanidade está a entrar. Há uma linha ténue entre a consciencialização da situação mundial e o que há de errado com o sistema, e aquilo que vamos fazer a esse respeito. Muitos indivíduos e grupos apontam continuamente estes factos, mas em vez de aumentarem a consciencialização, ajudam a direcionar o problema mais profundamente para a matéria. Aqui seguem várias passagens sobre o assunto, intercaladas com comentários:
“O perigo de “colocar em risco”, como o Mestre Morya o chamou … Aquilo a que se refere é a reação do discípulo ao mal mundial. Isto produz incerteza quanto ao futuro, aborrecimento com o que está a ser feito em todo o planeta por não-discípulos, críticas ao planeamento nacional e internacional e uma atmosfera geral de infelicidade, além de uma sensação de conhecimento superior. Tudo isto é expresso de forma negativa e não-construtiva.
Muitos discípulos são hoje propensos a isto; eles precisam perceber que os assuntos mundiais não são e não podem ser moldados ou determinados por qualquer conhecimento hierárquico na posse do discípulo. Os assuntos e as condições mundiais têm necessariamente de se basear na procura e no ponto de evolução das massas da humanidade, trabalhando através dos seus representantes, escolhidos ou impostos, em todos os países.
Esta procura pode ser e é afetada, modificada e espiritualizada pela atitude e pelo ensinamento dos discípulos em todo o lado que são oralmente articulados e com instintos humanitários. Se, no entanto, a vontade e o conhecimento dos discípulos em todas as nações condicionassem os assuntos mundiais e controlassem inteiramente a vida política, económica e social do povo, isso produziria uma divisão muito mais séria do que a que existe agora, por exemplo entre os ricos e os os pobres, ou entre as classes e as castas.
Produziria uma linha pronunciada de demarcação entre o Reino de Deus e o reino dos homens. Isto iria contra a intenção hierárquica, que está a tapar rapidamente a brecha existente, e assim compensar o trabalho que Cristo se propôs a fazer na Terra. Este ponto é muitas vezes negligenciado por discípulos bem-intencionados. É a humanidade que determina o seu próprio destino. Os discípulos apontam o caminho, indicam a visão, estabelecem um exemplo necessário e enfatizam os pontos de referência antigos.”[20]
De facto, a frase “produziria uma divisão muito mais séria do que a que existe agora” leva a alguma reflexão. Da mesma forma, “os assuntos e as condições mundiais têm necessariamente de se basear na procura e no ponto de evolução das massas da humanidade”. Estes fatores remetem-nos para o ideal da democracia e para um processo participativo consciente de toda a população.
“Ele (Ela) (o aspirante) deve ser ensinado a concentrar-se na atividade construtiva e a abster-se de derrubar a velha ordem de vida. Ele deve estar preparado para construir para o futuro e pensar de acordo com as novas linhas de pensamento. Ele deve ser advertido para não desperdiçar tempo a atacar aquilo que é indesejável, e em vez disso deve submeter todas as suas energias para a criação do novo templo do Senhor através do qual a glória possa ser manifestada. Desta forma, a atenção pública será gradualmente focada no novo e belo, e as criações antigas estabelecidas cairão em decadência por falta de atenção e assim desaparecerão.”[21]
Como Jesus disse uma vez, construa para o futuro e “deixe os mortos enterrarem os seus mortos” – “mas vai e prega o reino de Deus.” (Lucas 9:60). A longa passagem acima que começa com “o perigo do risco”, pode ser uma das mais difíceis de aceitar para alguns discípulos por causa da pergunta óbvia: se ignorarmos as injustiças planetárias, quem cuidará de defender a lei e a inspiração/aspiração de viver corretamente? O resto da Humanidade não desperta ou parcialmente desperta? Estas questões resumem-se a cada indivíduo encontrar o sentido de serviço no todo maior.
Nações inteiras podem ser enganadas por líderes, como a Alemanha na Segunda Guerra Mundial – e mesmo a Hierarquia teve de abandonar a sua postura até então neutra e colocar-se do lado das Forças Aliadas contra os Poderes do Eixo; Eles não podiam continuar no silêncio dos bastidores, orientando e inspirando a Humanidade. Esta passagem acima sobre o ‘colocar em risco’ exorta os discípulos (em oposição à humanidade não desperta), a reconhecer e usar as suas capacidades subjetivas para construir o novo paradigma, confiando que o resto da humanidade se elevará à altura da ocasião e reconhecerá o papel que deve desempenhar.
“Este trabalho de educar os homens e mulheres de boa vontade em todo o mundo deve prosseguir o mais rapidamente possível. O trabalho deve, no entanto, ser realizado sem violação da harmonia. Não deve haver interferência nas preferências e programas nacionais, nem menosprezo pelos governos nacionais, não importa quais sejam. Nenhuma atividade política deve ser realizada em nome do Novo Grupo de Servidores do Mundo. Tal ação daria continuidade aos velhos métodos e perpetuaria os antigos ódios.
Não deve haver ataque a nenhum partido ou grupo e nenhuma crítica a qualquer líder ou atividade nacional. Tais métodos ultrapassados já foram tentados e não conseguiram trazer a paz à terra. Os membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo, e aqueles associados a eles, não representam nenhum partido, nem são a favor nem contra qualquer grupo ou forma de controlo. Esta é a sua posição imperativa. Eles não têm tempo, energia ou dinheiro para ataques ou contra-ataques. No entanto, a sua atitude não é de “não-resistência passiva”. Eles estão a trabalhar equilibrando as forças mundiais e promovendo o crescimento desse grupo de homens que representam a boa vontade, a compreensão e a fraternidade.”[22]
Este é um remédio muito difícil de engolir para alguns discípulos! Quantas vezes vemos posts nas redes sociais, por exemplo, de injustiças como crueldade contra animais, liderança política maligna, tráfico de seres humanos ou poluição global? Mas o que é que essas publicações incómodas estão realmente a mudar? Todos nós fazemos isto em alguma medida – uma coisa é aumentar a consciencialização acerca de uma questão e estarmos informados, mas como usamos a nossa energia da maneira mais eficiente no combate a estes problemas?
Certamente, criando ou juntando-se objetivamente a um grupo de ação, ou iniciando um grupo de meditação que trabalhe no nível subjetivo – mas postar continuamente “o mesmo do mesmo”, leva simplesmente mais sal à ferida; perpetua um ciclo interminável que gera o mesmo tipo de ódio e separação – iguais àqueles que estão a ser criticados pela sua desumanidade. A passagem final seguinte desafia-nos a viver e aspirar às leis superiores:
“O verdadeiro discípulo tem a visão. Ele procura então manter-se em contacto tão íntimo com a sua alma que possa permanecer firme enquanto se esforça para tornar essa visão uma realidade; ele visa alcançar o que, do ponto de vista do mundo, parece ser impossível, sabendo que a visão não se materializa através da conveniência e da adaptação indevida das ideias sugeridas pelos conselheiros mundanos ou intelectuais.
A opinião pública e o conselho daqueles que são Piscianos nas suas tendências e não Aquarianos, são cuidadosamente considerados, mas não indevidamente, e quando o conselho é considerado separatista e tende a eliminar a harmonia e produz uma falta de amor e compreensão fraternal, é recusado imediatamente. Quando é evidenciada uma atitude constantemente crítica em relação a outros trabalhadores no campo de serviço mundial e onde existe a capacidade de ver apenas egoísmo e culpa e de imputar motivos errados e acreditar no mal, então o verdadeiro aspirante recusa-se a ser influenciado e segue serenamente o seu caminho.
No ciclo vindouro, digo-vos categoricamente que a verdadeira obra será levada adiante (a obra de soldar espiritualmente o mundo numa síntese, e a produção de uma fraternidade reconhecida de almas) somente por aqueles que se recusam a ser separatistas e cujas palavras são observadas para que nenhum mal seja dito; estes são os obreiros que vêem o divino em tudo e recusam-se a pensar mal e imputar o mal; eles trabalham com os lábios selados; eles não lidam com os assuntos dos seus irmãos, nem revelam aquilo que lhes diz respeito; as suas vidas são coloridas pela compreensão e pelo amor; as suas mentes são caracterizadas por uma percepção espiritual treinada e por aquela consciência espiritual que emprega um intelecto aguçado como o corolário de um espírito amoroso.
Possa eu repetir por outras palavras este tema, pois a sua importância é vital e o efeito do trabalho destes instrumentos no mundo é imenso. Estes homens e mulheres cuja missão é inaugurar a Nova Era aprenderam o segredo do silêncio; eles são animados sem interrupção por um espírito de amor inclusivo; as suas línguas não os levam para o campo da crítica ordinária, e não permitem a condenação dos outros; eles são animados pelo espírito de proteção. A eles será submetido o trabalho de fomentar a vida da Nova Era.
Para aqueles que ainda não atingiram este ponto na evolução e cuja visão não é tão clara, nem a sua natureza tão disciplinada, resta o importante trabalho, num nível inferior, de trabalhar com os da sua espécie. Os seus atributos e qualidades fazem chegar até eles os que se lhes assemelham; eles não trabalham com tanta solidão e o seu trabalho é mais bem-sucedido externamente, embora nem sempre seja assim.
Deve ser lembrado que todo o trabalho, à vista dos Grandes Seres, é de igual importância. Para aquelas almas que estão na etapa em que uma casa ou ofício proporcionam experiência suficiente, isso é para elas o esforço supremo; o seu esforço de trabalho é – no seu próprio nível – uma conquista tão grande quanto cumprir o destino de um Cristo ou de um Napoleão. Não esqueçam isto e procurem ver a vida verdadeiramente e não com as suas distinções – feitas pelos homens e perigosas. Um discípulo que ainda não tenha a visão mais completa de um trabalhador mais treinado e que esteja apenas a aprender o ABC do trabalho público pode, com todos os seus fracassos e imensas tolices, estar a sair-se tão bem quanto um discípulo mais velho com o seu conhecimento e experiência mais amplos.”[23]
Palavras inspiradoras! A frase: “Para aqueles que ainda não atingiram este ponto na evolução” – é importante ter em mente que DK em todas estas passagens está a abordar principalmente os discípulos aceites nas fileiras da Hierarquia, lembrando-os das suas capacidades para trabalhar subjetiva e objetivamente, mas com restrição de críticas.
Há um número enorme de aspirantes nas fileiras do Novo Grupo de Servidores do Mundo (“cuja natureza não é tão disciplinada”), e são eles que particularmente devem abandonar os velhos métodos “experimentados, mas falsos”; mas não menos verdade para os “discípulos aceites”, é claro. Neste reconhecimento está também alguma discriminação Virginiana sobre onde se está no Caminho; muitos aspirantes consideram-se discípulos, quando não estão nem perto desse estágio de desenvolvimento.
Um “pouco de conhecimento pode ser uma coisa perigosa” e, da mesma forma, há discípulos que se consideram iniciados.
Estes são problemas bem conhecidos nos grupos esotéricos de todo o mundo, que são considerados pela Hierarquia como os mais “fascinados”! Virgem é um signo conhecido pela humildade, aquele grande antídoto para a arrogância humana e a natureza inferior de Leão, o signo anterior a Virgem. DK também nos lembra que somos todos aspirantes desde os servidores mais simples e humildes até, e mesmo para além, do próprio Cristo!
Virgem e o Regresso aos Livros de Leitura
“As bibliotecas são realmente as portas para o futuro. Por isso, é lamentável que, em todo o mundo, observemos as autoridades locais a aproveitarem a oportunidade para fecharem bibliotecas como uma maneira fácil de economizar dinheiro, sem perceberem que estão a roubar do futuro para pagar o presente. Elas estão a fechar as portas que deveriam estar abertas.”[24] (Neil Gaiman: Por que é que o nosso futuro depende de bibliotecas, da leitura e do sonhar acordado.)
De facto, desde a revolução das comunicações, que ainda continua, tem havido cada vez menos leitura de livros físicos e um maior consumo de vídeos, ou leitura em dispositivos eletrónicos. Não é de admirar que as lojas de segunda mão estejam cheias de estantes de livros difíceis de vender!
Nesta era de distração Geminiana regida por Mercúrio, é extremamente necessário um regresso à leitura/meditação Virginianas regidas por Mercúrio. Atualmente há pessoas que nunca lêem, só assistem a vídeos. Os vídeos são ótimos e podem transmitir muita informação e inspiração, mas eles não oferecem necessariamente a oportunidade de refletir – a menos que se esteja continuamente a retroceder ou a pausar o vídeo!
Ler a partir de um livro oferece a oportunidade de reflexão silenciosa – não é necessário efetuar registo – apenas o envolvimento da mente. Sem conexão, sem recarga, sem interrupções ou bips do seu dispositivo (se o telefone estiver desligado) – apenas leitura pura e simples e a possibilidade de envolver a imaginação.
Os vídeos descrevem-nos uma imagem de algo para transmitir significado, mas muitas vezes há muitas outras imagens que podem ser usadas. Assim, a leitura permite adaptar o imaginário pessoal ao texto, misturado com a faculdade cognitiva. É uma atividade dinâmica, enquanto a visualização de vídeos tende a ser passiva – e frequentemente os espectadores estão a consultar outros dispositivos ao mesmo tempo – sem realmente absorverem nada!
Os dispositivos eletrónicos e telefones podem ser bons para leitura, mas, em última análise, estão cheios de interrupções de e-mails, mensagens de texto, telefonemas e redes sociais, portanto, distraem e diluem a “pureza” do acontecimento principal. Um livro, particularmente um livro espiritual que nos é querido, tem vida própria. Ele é imbuído com a aura do leitor e desenvolve um certo magnetismo que permanece quando o leitor retorna a ele. Existem várias iniciativas em todo o mundo que estão a incentivar uma tendência de volta aos livros. (Veja: Real books are back. E-book sales plunge nearly 20%; N.T.: Os livros reais estão de volta. As vendas de e-books caem quase 20%). Gaiman continua,
“Temos a obrigação de tornar as coisas bonitas. Não deixar o mundo mais feio do que o encontrámos, não esvaziar os oceanos, não deixar os nossos problemas para a próxima geração. Temos a obrigação de limpar depois de passarmos, e não deixar os nossos filhos com um mundo que nós distorcidamente estragámos, prejudicámos e incapacitámos.
Perguntaram uma vez a Albert Einstein como poderíamos tornar os nossos filhos inteligentes. A sua resposta foi simples e sábia. “Se quiser que os seus filhos sejam inteligentes”, disse, “leia-lhes contos de fadas. Se quiser que eles sejam mais inteligentes, leia-lhes mais contos de fadas.” Ele entendeu o valor da leitura e da imaginação. Espero que possamos dar aos nossos filhos um mundo no qual eles lerão, serão lidos, imaginarão e entenderão.”[25]
Virgem descreve o estereótipo da Libriana bibliotecária e nerd, retratada com humor em filmes. Esta é a Virgem feminina como a discriminadora intelectual, a buscadora do conhecimento e amante das artes literárias. Ela também é retratada de maneira astrológica deliberada por J.K. Rowling, como Hermione, nos livros de Harry Potter – o aspeto feminino do ensino superior – e da magia.
O intelectual de Virgem foi anteriormente mencionado, é esta maior profundidade de investigação que deve ter um ressurgimento, para contrariar gerações de crianças e adultos mal informados que não beneficiaram dos livros e, como resultado, estão sobrecarregados com uma ignorância terrível!
Phillip Lindsay © 2018.
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Books by Phillip Lindsay
[1] Illumination, II:VIII:11. Helena Roerich.
[2] Discipleship in the New Age I, Alice A. Bailey.p.37.
[3] Discipleship in the New Age I, Alice A. Bailey.p.37.
[4] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.281.
[5] See Unveiling Genesis: Mysteries of the Rootraces and Cycles, Phillip Lindsay.
[6] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.253.
[7] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.281.
[8] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.260.
[9] Esoteric Healing, Alice A. Bailey. p.231.
[10] New Evidence That the World Really Is Getting Better
[11] Esoteric Healing, Alice A. Bailey. pp.127-8.
[12] Letters Of Helena Roerich I, 18 June 1935.
[13] Leaves of Morya’s Garden II, Helena Roerich. 220.
[14] Letters Of Helena Roerich II, 5 April 1938.
[15] Aum, Helena Roerich, 421.
[16] Leaves of Morya’s Garden II 125.
[17] The Destiny of the Nations, Alice A. Bailey. p.28.
[18] Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.228.
[19] https://www.answers.com/Q/What_the_difference_between_criticism_and_judgment
[20] Discipleship in the New Age II, Alice A. Bailey. p.68.
[21] A Treatise on White Magic, Alice A. Bailey. p.420.
[22] Esoteric Psychology II, Alice A. Bailey. p.674.
[23] A Treatise on White Magic, Alice A. Bailey. pp.631-2.
[24] Neil Gaiman: Why our future depends on libraries, reading and daydreaming
[25] Neil Gaiman: Why our future depends on libraries, reading and daydreaming