Caranguejo 2017: Lar. Família. Grenfell. Londres, Grã-Bretanha e Democracia. William Blake.
A Criação de Eva (William Blake)
Chave de Caranguejo
“Eu construo uma casa iluminada e nela habito.”
(Lua cheia: 9 de Julho de 2017. 5.06 GMT)
Caranguejo: O Lar e a Família Humana
Caranguejo: O Choro da Mãe Terra
O Incêndio de Londres: Crise na Democracia
Londres: Centro Planetário da Garganta
O Ascendente Caranguejo William Blake: Místico, Artista e Poeta
Jan Dietrich, astróloga e co-trabalhadora
Pedido Anual de Donativos
Caranguejo: O Lar e a Família Humana
Caranguejo é encarnado pelo arquétipo de Eva, a primeira mulher que deu à luz a Humanidade durante a Individualisação – daí o seu símbolo da lua, a construtora da natureza da forma. Eva é também a mente, complementando o terceiro raio da inteligência ativa que passa através de Caranguejo:
“Eva é o símbolo da natureza mental e da mente do homem atraído pela sedução do conhecimento a ser adquirido através da experiência da encarnação. Eva, portanto, tirou a maçã do conhecimento à serpente da matéria e iniciou o longo empreendimento humano de experimentação, experiência e expressão.”1
Eva é o “primeiro aspeto” da trindade da deusa – Eva (1), Isis (2) e Maria (3) – representando os três níveis da personalidade: mental, emocional e física. Mais comummente, Caranguejo-Eva é a mãe, casa e família, enfatizando a nutrição, proteção e sensibilidade emocional. A
casa ou o espaço de vida é a base ou a fundação a partir da qual a vida é conduzida, proporcionando uma estabilidade ancorada para atingir os objetivos de vida da paternidade, família, carreira, criatividade e interação com o resto da comunidade.
Caranguejo é o acolhedor e confortável fogo doméstico, o coração. No entanto, para outros, a casa é simplesmente um estado de espírito, quando as armadilhas externas de ter uma morada não são uma prioridade. Casa, para alguns, pode ser um estilo de vida simples, nómada, onde as perspetivas de expansão mental e experiências espontâneas compensam a banalidade e as acumulações que a vida quotidiana às vezes pode trazer.
A casa pode significar viver numa nação estrangeira ao local de nascimento, que mantém um fascínio exótico, ou simplesmente algum lugar onde alguém “se sente em casa”. Alguns acham o planeta terra tão estranho que eles podem preferir habitar outro planeta ou sistema estelar – de fato, alguns até acreditam que são oriundos desses mundos!
Muitas pessoas não têm nada a dizer sobre onde podem viver, sendo forçadas pela pobreza e pelas circunstâncias a viver nas ruas ou nos seus carros – um fenómeno crescente nas nações ocidentais “ricas”. Outras são de países apanhados em guerra, forçadas a refugiarem-se noutras nações – para serem refugiados, sem uma casa, elementos essenciais para a vida, a segurança do abrigo, comida e família. Este tem sido um tema persistente nos últimos anos e foi abordado noutras newsletters: Sem Abrigo dos EUA (2012), Crise dos Refugiados Europeus (2015) e Refúgio e Refugiado (2016).
Os refugiados também estiveram recentemente em destaque no incêndio da Torre Grenfell em Londres, onde a maioria dos inquilinos e vítimas eram imigrantes ou refugiados. Durante a atual passagem do sol em Caranguejo muitos esforços estão a ser feitos para realojar essas pessoas deslocadas. (Veja a seção posterior acerca de Grenfell.)
De facto, desalojamento é uma palavra muito desconcertante para o Caranguejo, pode trazer o caos ao que poderia ser, de outra forma, um mundo estável e estruturado. Os raios 3 e 7 passam através de Caranguejo, fornecendo essa estabilidade e estrutura que contribuem para este signo como sendo um bom conservador de recursos.
O terceiro raio da Inteligência-Ativa é a mãe, a matriz – governada paradoxalmente por Saturno o pai, dando a capacidade de gerar, organizar e estruturar ideias e pensamentos, em formas – uma forma de pensamento, um estilo de vida, uma horta ou uma casa onde viver.
O Sétimo Raio da Ordem Cerimonial dá exatamente isso, a capacidade de ordenar, organizar, planear e projetar, trazer o espírito à matéria – “Deus Geometriza”. Ambos os raios 3 e 7 são uma excelente combinação para trabalhar com o prana conhecido como dinheiro, complementando a capacidade do Caranguejo de administrar todos os tipos de recursos; da mesma forma que os opostos polares Capricórnio e Balança, signos que também canalizam os raios 3 e 7.
Ao considerar Neptuno, o regente esotérico de Caranguejo, este conjuga imaginação, fantasia e experiência visionária. Para o desenvolvimento de crianças, a fantasia convida a imaginação criativa para o jogo, proporcionando a natureza emocional com uma saída construtiva. Na sua expressão mais baixa, Neptuno é o vício canceriano por alimentos ou substâncias, “alimentando o coração faminto”. É também o tipo de fantasia “vaga e sonhadora” canceriana. Caranguejo constrói o recipiente – seja uma carteira, uma banheira, uma cidade ou uma forma geométrica para abrigar a visão. Um excelente exemplo do uso desta combinação de Caranguejo, os raios 3, 7 e Neptuno, é o artista William Blake, perfilado mais adiante nesta newsletter.
Caranguejo está preocupado com essas necessidades básicas da vida, daí os programas de TV relacionados com a culinária, renovação de casas e construção serem muito populares. Um exemplo disso é o programa inglês Grand Designs, apresentado por Kevin McCloud. O programa foi concebido em Touro, que está relacionado com o Caranguejo através da exaltação e regência da lua nesses dois signos, respetivamente.
Ao contrário do espírito de economia e do terceiro raio, muitos projetos no programa são exercícios em excesso (Touro na sua expressão mais baixa), com os proprietários a irem além dos seus meios para construir algo que é um monumento ao ego e ao prestígio social.
Touro representa a terra e a estabilidade e é outro signo “feminino” como Caranguejo, partilhando muito em comum. McCloud também tem sol-lua em Touro, com Vénus em Gémeos, adepto da conexão com muitas pessoas diferentes. (Talvez seja ascendente Caranguejo?). Curiosamente, no espírito acima mencionado de estar na estrada ou morar numa nação estrangeira, ele criou outro programa, Escape to the Wild, seguindo famílias que trocaram as suas vidas urbanas por uma nova em destinos remotos em todo o mundo.
Este comportamento itinerante está no espírito do inquieto Gémeos (que rege a alma do Reino Unido), sempre em busca de novas experiências, representado pelo oposto polar Sagitário. Sagitário é bastante contrário a Caranguejo (fogo e água) – estes dois signos estão facilmente em conflito. Caranguejo pode ser conservador e ficar-em-casa, cauteloso em se aventurar além da comunidade imediata, enquanto Sagitário quer superar o além!
William Blake era ascendente Caranguejo com um sol em Sagitário (tal como a cidade de Washington), sem dúvida reconciliando essas forças através da sua extraordinária produção criativa, viajando na consciência e para além da sua casa em Londres. (Coincidentemente, o Sol nesta lua cheia em Caranguejo estará conjunto ao ascendente de Blake a 18 graus de Caranguejo).
Todos têm necessidades e lições diferentes ao longo do ciclo das encarnações, mas a única casa constante que não pode ser negada é a da alma. “A casa está onde o coração está”, reflete a nota-chave de Caranguejo, “eu construo uma casa iluminada e nela habito”. Essa deve ser a chave para cada indivíduo e para a Mãe Terra como um todo:
“Você está em processo de encarnação; está a seguir o caminho escolhido. A casa que está a construir ainda está iluminada? É uma casa iluminada, ou é uma prisão negra? Se for uma casa iluminada, vai atrair para a sua luz e calor todos os que estão ao seu redor e para a atração magnética da sua alma, cuja natureza é luz e amor, e irá salvar muitas pessoas.
Se ainda é uma alma isolada, terá que atravessar os horrores de um isolamento e de uma solidão mais completos, pisando sozinho o caminho escuro da alma. No entanto, esse isolamento, essa solidão e essa separação na noite escura fazem todos parte da Grande Ilusão.”2
Caranguejo é também o regente de duas capitais dos EUA, Washington e Nova Iorque. Pessoas de todo o mundo fizeram desta nação a sua casa. (Veja outras newsletters sobre estes temas: Caranguejo nos EUA: Washington e a Cidade de Nova Iorque e Nascido a 4 de Julho: Estados Unidos da América.
Caranguejo: O Choro da Mãe Terra
Caranguejo é a Mãe Terra, que governa a beleza e a generosidade deste planeta, especialmente nesta época do ano no hemisfério norte, quando o trigo dourado está amadurecido – um período cheio de esperança, otimismo e re-criação. Existem muitos pontos de beleza estimulantes neste planeta que fornecem nutrição e inspiração para os seres humanos, mas estão a diminuir rapidamente ou a ser prejudicados por falta de cuidado.
Essas áreas idílicas são frequentemente dadas como garantidas, sem a compreensão da situação perigosa que incide sobre este planeta devastado. A maioria de nós está ciente da lista interminável de problemas ambientais que resultam da ganância humana, ignorância e apatia; a falta de conexão entre seres humanos e o meio ambiente:
Terra
- Solos contaminados através de práticas agrícolas tóxicas, pesticidas industriais e fertilizantes.
- Produtos alimentares desnaturados e tóxicos como resultado das práticas acima. A consequente falta de conteúdo nutricional e vitalidade etérica nos alimentos, composta por vários métodos de preservação.
- O monopólio e patentes de stock de sementes para criar alimentos transgénicos que maximizam o lucro mas enfraquecem a constituição humana.
- Uso excessivo de açúcar, aditivos alimentares e substâncias prejudiciais numa ampla gama de alimentos. Muitos produtos farmacêuticos.
- Empresas de petróleo e exploração de minério que ainda operam sem salvaguardas ambientais. Extração para espremer cada última gota de petróleo do chão.
Água
- Rios poluídos que alimentam os oceanos em todo o mundo.
- Falta de instalações adequadas de saneamento e esgoto – despejo em rios e oceanos. O mesmo para resíduos industriais.
- Marés de algas vermelhas criadas por escoamento de fertilizantes agrícolas no oceano.
- Piscinas-de-tamanho-continental-de plástico a flutuar em vários oceanos.
- Lixo e resíduos de óleos descarregados por navios no mar.
- Diminuição dos stocks de peixes, poluídos por produtos químicos, mercúrio e PCB’s. Viveiros piscícolas que alimentam peixes com produtos de origem animal, criando recursos alimentares mais nocivos.
- Todas as criaturas da cadeia de alimentos marítimos que são afetadas, de aves a seres humanos. Aves, golfinhos e baleias que morrem à fome por ingerir plástico.
- Super arrastões que “minam” o mar, levando tudo no seu caminho, provocando danos incalculáveis ao fundo do mar.
Ar
- Fábricas e centrais elétricas que libertam milhões de toneladas de gases tóxicos para a atmosfera – que, como os oceanos, são distribuídos por todo o planeta.
- Tráfego – milhões de carros que queimam milhões de barris de combustível, descarregados para a atmosfera.
- Caminhos de química – Pulverização controversa por aeronaves, clima de geo-engenharia, contaminação do solo, comportamento humano, etc. (Muitos vídeos aqui de pesquisadores e cientistas).
- Mudanças climáticas e aquecimento global, “gases de efeito de estufa” – como resultado de muito do anterior, mas também de ciclos de longo prazo que ocorrem naturalmente.
- Eliminação inadequada de resíduos, desconhecimento dos métodos de reciclagem, em particular nos países em desenvolvimento mas também em muitas nações “desenvolvidas”. Seres humanos afastadas do seu meio ambiente.
- Odores desagradáveis e tóxicos que invadem muitos ambientes, não simplesmente confinados a áreas industriais.
- Poluição sonora: como resultado de tudo o acima exposto, o barulho do trânsito, da indústria, da maquinaria, da música amplificada, guerra, competição e uma corrida por recursos, todos impactam seriamente o sistema nervoso da Terra com muitos sons discordantes.
Etérico
- Poluição magnética invisível de transmissores de micro-ondas, torres de linha de energia, telemóveis, wi-fi, antenas, raios-x, vazamentos de resíduos nucleares, etc.
- HAARP (Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência): Ondas de baixa e alta frequência que interferem com o campo elétrico da Terra – para efetuar o controle do clima, criar desastres “naturais”, aplicações de armas militares, controle mental eletromagnético, etc.
Estes são apenas alguns dos fatores que vêm imediatamente à mente, há muitos mais! Se fôssemos médicos e considerássemos todos estes fatores planetários em relação a um corpo humano, é um milagre que a Terra, a “paciente” – ainda esteja viva. O diagnóstico é terminal ou pode o quase-morto ser ressuscitado?
Poderá a humanidade regenerar o planeta a tempo, como a cantora Patti Smith canta ferozmente, “wrestle the earth from fools”? Muitas iniciativas estão, naturalmente, a ser geradas e isso é encorajador, mas será que as mudanças vão ser efetuadas a tempo para evitar uma calamidade planetária? Algumas nações importantes estão agora a dar dois passos atrás através das suas políticas ambientais egoístas e ignorantes; decisões financeiras que maximizam o lucro a curto prazo sem plano de longo prazo. Ao fazê-lo, elas colherão o karma e tornar-se-ão vítimas do que não conseguiram parar – serem engolidas por uma catástrofe ambiental.
O Incêndio de Londres: Crise na Democracia
Esta análise de eventos recentes em Londres é simplesmente uma visão geral de uma tendência política existente que levou a que esses trágicos acontecimentos se desenrolassem. Grande parte desta próxima seção não é astrológica ou esotérica, mas estabelece uma base para a seção a seguir sobre Londres e a Grã-Bretanha.
Os ensinamentos esotéricos sempre nos exortam a elevarmo-nos acima desse tipo de dualidades, inerentes ao segundo raio ideal democrático de Amor-Sabedoria – de que o mundo ainda se está apenas a aproximar, diante do poder crescente das oligarquias. Nós estamos encarregados de não nivelar a crítica em relação àqueles que assumem a responsabilidade e adicionam ao conjunto tóxico de formas-de-pensamento que se espalham à volta desses eventos.
Isso é verdade, mas também não devemos mergulhar as nossas cabeças na areia e ignorar os principais problemas em jogo, ou o sofrimento humano; ser politicamente pró-ativo e responsabilizar os líderes; avaliar e analisar os acontecimentos mundiais de forma imparcial, sem permitir que uma tendência emocional ou a crença distorçam a nossa visão do mundo. Isto nunca é uma tarefa fácil e é sempre um “trabalho em andamento”, que atravessa o mundo interior do significado e o mundo exterior da ilusão.
O incêndio trágico, na torre de Grenfell em Londres, não pode ser separado da série recente de eventos terroristas e políticos na Grã-Bretanha. Todos estes incidentes ocorreram principalmente como resultado da política externa do governo e de uma cultura egoísta que caracteriza uma grande proporção da população – um reflexo das nações ocidentais e orientais em geral. E Londres-Grã-Bretanha é um caldeirão de praticamente todas as raças e nações da Terra.
A história pode muito bem olhar para trás neste momento como um momento decisivo, quando a maré finalmente começou a voltar a mais ideais humanistas – uma rejeição dos média corporativos mentirosos e da propaganda, políticas draconianas e um paradigma de negócios avarentos e evasivos em relação aos impostos.
Este incêndio terrível seguiu de perto algum do terrorismo mais desprezível e cruel em Manchester e Londres. O absoluto horror de pessoas indefesas com a garganta cortada e a serem repetidamente esfaqueadas em torno de London Bridge foi combinado em Grenfell por inquilinos presos cruelmente queimados vivos. No momento deste texto ser escrito – 79 mortos, mas provavelmente muitos mais. Especulou-se que os verdadeiros números poderiam ter sido suprimidos, como um movimento político para prevenir tumultos generalizados.
O edifício ganhou notoriedade nos últimos anos por falta de características de segurança contra incêndios, através de queixas veementes dum comité de inquilinos e ignoradas com desprezo pelos conselhos locais, empresas privadas e governo. Materiais mais baratos e não à prova de fogo foram usados porque a principal motivação para a renovação recente de 10 milhões de libras do edifício foi fazer com que ele ficasse um pouco mais apresentável na alta área de mercado em torno de Kensington.
Foi revelado como os patrões que dirigem as empresas responsáveis pela manutenção “de forma barata” da Torre Grenfell têm vivido estilos de vida luxuosos, enquanto estão envolvidos em acusações de evasão fiscal, trabalho de má qualidade e má gestão. Também veio à tona que o concelho de Kensington tinha acumulado 274 milhões de libras de reservas utilizáveis após anos de sub-gastos crónicos. Uma pequena fração desse dinheiro poderia ter sido gasta na Torre Grenfell para torná-la várias vezes mais segura.
Assim, “foi apertado o cinto” e o dinheiro economizado usado na criação de uma nova fachada externa, uma boa metáfora para os empresários, vereadores locais e políticos que não ligaram a vários relatórios e ignoraram os pedidos dos residentes nos últimos anos. (Uma empresa duma série delas envolvidas com a renovação da Grenfell é chamada Façades – Fachadas – Harley!)
Fachada é também uma palavra apropriada para descrever alguns dos “líderes de papelão” sem imaginação que tomam o poder e representam charadas ocas para os seus sombrios mestres. Esta fachada, tal como os média de propaganda, está agora a ser mais amplamente vista e, como o Muro de Berlim, está em processo de demolição.
Não se deve fazer aproveitamento político de tal tragédia, mas os factos estão lá para serem vistos – esta tragédia é extremamente política, pois vai direta ao coração do que está errado na moderna Grã-Bretanha e a divisão de classes, também proeminente noutras nações ocidentais. O incêndio ocorreu logo após as eleições britânicas que fizeram os conservadores voltar a ter uma tentativa de poder. O simbolismo não poderia ser mais completo.
O que a tragédia revelou foi que o trabalho básico ou a classe média eram discriminados da maneira mais perniciosa e descuidada. Em janeiro de 2017 o Partido Trabalhista, para seu crédito, apresentou um projeto de lei relativo a alterações para “fazer casas adequadas para habitação humana”; foi votado contra por Deputados Conservadores, incluindo o Ministro dos Incêndios que, como 71 outros ministros, acontece serem proprietários residenciais dentro e ao redor de Londres.
Não há dúvida de que é por isso que Jeremy Corbyn estava furioso depois de Grenfell, sugerindo simbolicamente que as 1.300 casas singulares deixadas em Kensington e Chelsea por investidores estrangeiros, fossem “requisitadas” para realojar aqueles que ficaram sem casa devido ao incêndio da Torre Grenfell.
Outro fator que prejudicou a inclemência da luta foi a falta de funcionários e corporações de bombeiros, muitas delas fechadas por outra medida de corte de custos dos Conservadores, defendida nada mais nada menos do que pelo ex-presidente da câmara de Londres, Boris Johnson; em consonância com os serviços de cortes de polícia e de emergência dos Conservadores, já estendidos ao limite.
Johnson implementou estes cortes em 2014, fechando dez corporações de bombeiros, com a perda de 552 empregos de bombeiros e 14 carros de bombeiros. Quando os cortes foram implementados em 2014, os bombeiros choraram e abraçaram-se à porta das corporações que fecharam – incluindo a mais antiga da Grã-Bretanha, em Clerkenwell.3
Johnson anulou a Brigada de Bombeiros de Londres e usou ações legais para criar cortes de 29 milhões de libras. Quando deixou de ser o presidente da câmara de Londres, criou mais cortes de 100 milhões de libras. Quando desafiado por um comité em segurança contra incêndios, sobre como cortar o serviço de incêndio não aumentaria as mortes, ele respondeu “Vai-te lixar”. Este rasto cheio de atos negligentes durante os últimos anos levou à tempestade perfeita que foi a Torre Grenfell, sintomática de uma negligência a longo prazo mais profundamente enraizada:
“A negligência é uma questão completamente mais ampla da governação anti-democrática sistemática dos governos britânicos em relação aos seus cidadãos. Isso é típico de todos os países ocidentais que sucumbiram à fraude capitalista neoliberal de enriquecer alguns à custa da maioria.
Margaret Thatcher e a sua chamada “revolução pro-negócio” – empurraram uma economia capitalista neo-liberal que considera a despesa pública como um obstáculo para enriquecer a elite na sociedade. O lucro privado tornou-se a única base da governação britânica. Os governos trabalhistas sob Tony Blair e Gordon Brown também foram dominados por essa traição dos trabalhadores a favor dos ricos.”4
Se a consciência daqueles que governam não tiver sido fortemente tocada, a nação está num triste estado. Polly Toynbee do The Guardian acerta com habilidade:
“… os Deputados Conservadores que rejeitaram ironicamente a regulação da habitação; os cortes no financiamento para os conselhos responsáveis pelos supressores de incêndios retro-ajustados; o desrespeito das instruções forenses após a tragédia da Casa Lakanal em 2009; e até mesmo o plano para excluir os regulamentos de segurança da UE. O concelho conservador de Kensington e de Chelsea a tapar alegadamente os seus ouvidos contra a ansiedade bem fundamentada dos inquilinos é apenas o escândalo imediato. Mas este evento atinge muito mais profundamente, até aos nervos da política do seu partido.
Aquela torre é a austeridade em ruínas. O simbolismo é tudo na política e nada melhor significa a era de May-Cameron-Osborne que despojou o estado e a sua proteção social e física aos cidadãos. O horror das pessoas pobres queimadas vivas a poucos metros das mansões mais grandiosas do país, muitos delas vazias, investimentos de borracha, capta perfeitamente a política dos últimos sete anos. Os Cameron, Osborne, Gove, Notting Hill ficaram vivos mesmo ali ao cimo da rua.
Dos cortes de 40% aos concelhos locais, ao imposto de quartos e ao limite de benefícios habitacionais, expulsando pessoas para centenas de quilómetros de distância da família e das escolas, as pessoas que se espalham pela rua, protegidas por igrejas e mesquitas, são os emblemas infrutíferos dos ataques deliberados dos Conservadores.
Juntos com a sua imprensa venenosa, endureceram os corações públicos contra aqueles que lutam e trabalham arduamente para obter salários baixos… Aqui está o momento em que os corações públicos se suavizam e a ideia da segurança social recupera o seu significado.
Que contraste foi a visita de Jeremy Corbyn, abraçando e acarinhando as vítimas, prometendo garantir que aquilo nunca mais aconteça. Ninguém poderia ter planeado uma melhor parábola para transmitir a diferença entre os dois partidos do que as visitas dos dois líderes. ”5
O microcosmos da situação britânica é representado pelos moradores de Grenfell – pretos, brancos, asiáticos, africanos, do médio oriente, europeus – foi revelado que eram predominantemente imigrantes. (Foi amargamente irónico que a identidade da primeira vítima anunciada fosse um refugiado da Síria devastada pela guerra).
Assim, o sucesso da Grã-Bretanha em incutir valores mais justos e criar um novo paradigma nos próximos anos será um contributo essencial para a recuperação planetária. É também por isso que a influência recém-conquistada de Corbyn e do partido trabalhista é crítica durante esta mudança das marés. Mas, no ínterim, haverá muito mais conflitos e turbulências nos próximos anos – à medida que o antigo paradigma é regenerado.
Os Conservadores estão a agitar e a falhar em muitas frentes (“Essa torre é a austeridade em ruínas”), a contorcer-se sob a pesada perceção de que os valores e o estilo de vida que eles já tiveram estão agora em revisão séria:
“Levou muito tempo para o grande público britânico despertar para a fraude anti-democrática que passa por governo. Durante muitos anos, os média de imprensa, em grande parte de direita e pró-Conservadora ajudaram a enganar as pessoas sobre a natureza real da fraude capitalista da sociedade saqueadora para o enriquecimento de poucos. Mas as coisas parecem estar a mudar agora de forma fundamental. Um grande despertar está em andamento.
As pessoas podem ver cada vez mais como as comunidades e os serviços públicos estão a ser negligenciados e consignados a condições sociais cruéis. Os governos britânicos podem encontrar milhões de libras para gastar em guerras no além-mar matando homens inocentes, mulheres e crianças em países distantes; estes governos não têm problemas em encontrar grandes somas de dinheiro para construir armas nucleares e expandir as forças da NATO em toda a Europa para ameaçar a Rússia com o risco da paz mundial.
Mas quando se trata de proporcionar aos trabalhadores normais empregos decentes, salários, habitação, educação e saúde, bem, de repente, toda a conversa oficial gira piedosamente à volta do “equilíbrio de orçamentos” e a necessidade de “austeridade” para administrar “com prudência” as finanças públicas.”6
Ou, os mil milhões de libras de “suborno” dos Conservadores para os seus novos parceiros da aliança, o DUP Irlandês. Austeridade, como o próprio nome sugere, é uma disciplina fiscal muito Saturnina, desprovida de compaixão, favorecendo a elite de dinheiro enquanto faz as classes mais baixas pagarem. O livro The Violence of Austerity argumenta que a austeridade é uma forma de violência sistemática, que anos de cortes levaram a um desmantelamento dos sistemas sociais que operavam como amortecedor contra dificuldades económicas:
“Os inquilinos estão a ser informados de que serão realojados para tão longe quanto Preston e ameaçados com serem declarados “intencionalmente sem abrigo” se eles recusarem – o que significa que o concelho de Kensington e Chelsea não terá o dever de abrigá-los. Esse é o último símbolo de Grenfell de como a habitação social, e os inquilinos que precisam dela, são vistos: um problema a ser escondido da vista.
Seria fácil convencermo-nos de que os eventos da semana passada foram apenas um sinal das falhas habitacionais deste país. Mas a desigualdade habitacional não existe no vácuo – um ponto sombrio numa sociedade humana. Em vez disso, é uma parte de um sistema generalizado de desigualdade – um abandono generalizado dos mais pobres da Grã-Bretanha.
À medida que o fumo ainda estava a desaparecer do esqueleto negro da Torre Grenfell, as Nações Unidas lançaram um importante relatório afirmando que o Reino Unido tem alguns dos mais altos níveis de fome e privação entre as nações mais ricas do mundo. Um em cada três filhos no país pertence ao que a Unicef chama de “pobreza multidimensional”: isto é, privação na habitação, mas também em roupas, atividades sociais e alimentos. Esta é a realidade contada por inúmeras organizações no terreno: trabalhadores sociais, enfermeiros, conselheiros de direitos sociais e instituições de caridade”.7
De acordo com alguns inquéritos e com a atual inépcia política, a crise da habitação e a falta de casas na Grã-Bretanha só piorarão, refletindo o facto de que Grenfell é apenas a ponta do iceberg:
“Mais de 1 milhão de famílias que vivem em acomodações arrendadas privadas corre o risco de se tornar sem abrigo até 2020 devido ao aumento das rendas, ao congelamento dos benefícios e à falta de habitação social, descobriu uma nova pesquisa da Shelter.
A Universidade de Oxford publicou o maior estudo nacional sobre bancos de alimentos até ao momento – um destaque sobre a pobreza através das parcelas alimentares da Grã-Bretanha. Descobriu-se que quatro em cinco utilizadores do banco de alimentos Trussell Trust estão severamente limitados em alimentos: isso significa saltar refeições e estar sem comer – às vezes durante dias. Mais de metade não podia pagar aquecimento ou produtos de higiene pessoal. Um em cada cinco dormiu no chão no último ano. O Trussell Trust chama a isso “múltiplas formas de destituição”: quando uma pessoa não pode pagar um desodorizante, uma refeição quente ou a renda.”8
Londres: Centro Planetário da Garganta – A Perspetiva Esotérica
Como Londres é um dos cinco centros planetários (garganta) para a Quinta Raça-Raiz, um resgate urgente de princípios democráticos – na cidade que fundou a democracia, terá um poderoso efeito sobre as nações ocidentais.
Olhando para este assunto tão não-politicamente quanto possível, a extraordinária performance do Partido Trabalhista através de Jeremy Corbyn, está a ter um efeito de ondulação nos EUA. Os Conservadores, em comparação, têm dirigido um governo ditatorial, tornando-se ainda mais desagradáveis através de políticas injustas e desumanas e “medidas de austeridade” frias e secas.
Como em cima, assim em baixo: como o centro da garganta é a sede do corpo mental para um ser humano, então há centros da garganta dentro das nações e um centro da garganta para a Quinta Raça-Raiz como um todo. (Nova Iorque – Ajna. Genebra – Coração. Tóquio – Plexo Solar. Darjeeling – Cabeça. Londres – Garganta.) Como discutido neste artigo, há boas razões para especular que Londres é o centro da garganta, a sede do corpo mental para as nações ocidentais – nesta Quinta Raça-Raiz, ramo anglo-saxónico 5.5.5.
Todas as ideias e formas de pensamento tornaram-se poluídas e eventualmente cristalizadas, exigindo que sejam quebradas e purgadas. A Grã-Bretanha tem estado num processo de purificação, uma vez que estes acontecimentos terríveis romperam a sua complacência política. Na visão mais ampla e a longo prazo, esta purificação tem ocorrido para a Quinta Raça-Raiz como um todo desde as guerras mundiais do século passado; o planeta está a passar por uma terceira e esperançosamente fase final desse conflito.
Foram cometidos os ataques terroristas mais sujos, mas também houve uma selvajaria da política governamental, uma desigualdade e uma iniquidade dos grandes negócios, uma constante tentação e desejo de poder; fontes principais dos média que promovem títulos de propaganda assustadores, aproximando-se do pensamento das pessoas comuns. Assim, a atual crise em curso para Londres-Grã-Bretanha é tão crucial para o mundo como um todo.
A elite governante certamente tem uma grande falta de compreensão sobre a lei de causa e efeito – o karma. O fato de que os terroristas não saem do nada, são criados pelas injustiças e manipulação dos governos e do colonialismo ocidentais, agravados pelo próprio extremismo religioso dos Jihadistas; eles tornam-se bodes expiatórios fáceis.
Dizem que o primeiro raio da personalidade da Grã-Bretanha trabalha através de Londres, no seu “aspecto de construção”, e não o lado destrutivo do primeiro raio. Aqui, Vulcano, o ferreiro divino, martela e tempera novas ideias (através do povo e do parlamento) dentro do corpo mental do Ocidente; ele modifica formas antigas dentro da sua fornalha de fogo e molda-as de novo. Comentando o primeiro raio e o papel da Grã-Bretanha como líder mundial na Segunda Guerra Mundial, é-nos dito:
“É o serviço do conjunto que está a ser tentado e com um grande custo, e o esforço é expressar a Lei da Síntese, que é a nova ênfase que é derramada através de Shambala. Daí o fato de que os governos de muitas nações encontraram asilo na Grã-Bretanha durante a guerra.
… se as Forças da Luz triunfarem por causa da cooperação da humanidade, a energia que se expressa através deste poderoso império será potente no estabelecimento de uma ordem mundial de justiça inteligente e uma distribuição económica justa. A nota principal desta força é “Eu sirvo””.9
Escrita há cerca de setenta anos, com grandes esperanças sem dúvida, do Mestre. “Justiça inteligente e uma distribuição económica justa” dizem respeito ao signo de Balança, a expressão da personalidade de Londres, também a expressar o grande ideal/experiência democrática que trabalha nessa nação.
A “justiça inteligente” foi especialmente expressada uma vez que essas palavras foram escritas – e “distribuição económica justa” poderia ter funcionado durante um tempo. No entanto, parece que o lado inferior da Balança expressa-se através do domínio de um sistema financeiro manipulador e injusto, baseado em Londres, o maior centro financeiro do mundo. Os ganhos dos sindicatos de trabalhadores foram devastados lentamente nestas últimas décadas e esta é uma tendência universal.
Londres tem uma alma de Leão que representa uma monarquia que ainda tem um elevado perfil – e uma conta de 374 milhões de libras para a restauração do Palácio de Buckingham! Leão representa a liderança mundial que a Grã-Bretanha concretizou admiravelmente no passado, mas atualmente está a expressar-se na sua forma mais baixa e distorcida, através de governo e negócios ditadores e tirânicos.
O primeiro raio da personalidade da Grã-Bretanha (mantendo os princípios da liberdade e da democracia) deu-lhe um poder de permanência tenaz quando foi bombardeada noite após noite durante dois anos durante a Segunda Guerra Mundial. De fato, o blitz britânico (de “blitzkrieg” – relâmpago) foi um ataque ardente da Alemanha (também uma personalidade do primeiro raio), a Londres, o centro da garganta das nações ocidentais. Isso é ainda mais irónico, já que a Alemanha é a parte saxónica dos gémeos anglo-saxónicos que expressam o aspeto mais elevado do desenvolvimento da mente na Quinta Raça-Raiz.
Mas, devido à personalidade mediúnica alemã de Peixes, foi possuída pelos poderes da escuridão. Em nome dessas forças, tentou arrastar a Grã-Bretanha do centro da garganta para o centro sacro planetário – materialismo puro. A lição alemã, então, deveria parecer um horrível alerta para outras nações neste momento – também capazes de perder o seu caminho, o seu objetivo dentro da família (Caranguejo) das nações.
A Integração das sub-raças da Quinta Raça-Raiz
Nesta terceira fase do nosso conflito planetário, uma fénix Democrática deverá finalmente elevar-se das cinzas da destruição. Tal como discutido pelo autor noutro artigo, o período atual representa também uma integração das sub-raças da Quinta Raça-Raiz, em particular da terceira sub-raça (5.3) Semita com a quarta (5.4) Celto-Latina e a quinta (5.5) Teutónica-Nórdica, sub-raças da Quinta Raça-Raiz. O quinto ramo racial Anglo-Saxónico pertence à quinta sub-raça, daí o seu estatuto quintessencial, 5.5.5. (A Alemanha é atualmente a nação mais poderosa da Europa – pelo menos economicamente.)
Nunca na história da humanidade ocorreram estas migrações em massa, daí o problema de integrar nações do Médio Oriente e do Norte de África que pertencem à sub-raça Semita, 5.3 – composta por Árabes, Egípcios contemporâneos, Mouros, Afegãos e Judeus. Ao longo de eons tem havido uma velha inimizade relativamente a esta terceira sub-raça por parte da quarta e quinta sub-raças, expressa de forma mais evidente nos últimos séculos com a perseguição aos Judeus.
Em particular nos últimos anos, estas migrações em massa resultam da interferência do Ocidente no Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria; à interferência do Ocidente podem ser acrescentados os esquemas e a colaboração Árabe (Saudita) e Judaica (Sionista). Daí ser importante ter uma visão alargada da história e do facto de que após decorrerem muitas décadas e gerações, haverá maior harmonia e integração. Ou seja, se a crise mundial atual for encarada e resolvida nos próximos anos.
Hoje em dia, com tantas guerras e alterações geopolíticas, tem havido um aumento do número de refugiados e de imigrantes oriundos destes países. Isto tem agravado os problemas já existentes e criados por toda a Europa nos últimos cinquenta anos, mas de uma forma geral tem sido uma integração bem-sucedida. É claro que há aqueles que discordam de forma veemente deste ponto de vista, mas geralmente não estão a ter em consideração os ciclos de longo prazo, inclinados a deixarem-se cegar pela miopia dos problemas imediatos de curto prazo que tendem a distorcer a o panorama real.
Estes problemas que são muito profundos em termos de ideologias religiosas doentias devem ser mantidos na perspetiva da integração a longo prazo, o que pode levar mais algumas décadas e gerações a efetuar-se. Nada pode impedir a ocorrência desta integração, faz parte do Plano Planetário.
O leitor notará também a correspondência desta terceira sub-raça com o número 3, o raio da Inteligência Ativa ou adaptabilidade que a Grã-Bretanha tem na sua constituição de raio. Isto pode explicar a razão pela qual Londres/Grã-Bretanha tem uma atração tão forte por pessoas do mundo árabe. Este terceiro raio é regido por Saturno (a Lei) e pela Terra:
“Aqui têm uma pista para a razão pela qual o Império Britânico se estende pela Terra, pois há uma ligação próxima entre a Terra, como um todo e a Grã-Bretanha.”10
Crop circles/glyphs (Agroglifos) têm também desempenhado um papel importante e atualmente estamos no pico da estação dos agroglifos. Tem sido especulado que a Grã-Bretanha é como se fosse “a orelha do mundo” – da mesma forma que um acupunctor trata pontos na orelha com efeitos no corpo todo, assim também é a analogia da “acupunctura” anual dos agroglifos – sobre antigos pontos de poder e meridianos terrestres – que estão ligados a qualquer outra parte do planeta.
Os círculos têm formas de grande beleza e complexidade geométrica, correspondendo ao sétimo raio da magia cerimonial, o raio da personalidade de Londres. Assim, os glifos/círculos caem dentro da aura de Londres (principalmente na região de Wiltshire), mas têm sido relatados em torno de sua circunferência ao longo dos anos.
O Ascendente Caranguejo William Blake: Místico, Artista e Poeta (1757-1827)
Nos escritos esotéricos do poeta e artista William Blake (ascendente Caranguejo), a personagem Los é Vulcano, o regente do primeiro raio. Los é frequentemente retratado na arte de Blake com um martelo na sua forja (ver quadro anterior acima), simbólico do batimento cardíaco humano, enquanto os foles são os pulmões humanos.
Blake era um londrino que viveu em Lambeth. A sua personagem Los (o “eterno profeta”), criou a cidade visionária de Golglnooza, a cidade da imaginação, a “Londres espiritual quádrupla” uma visão que está relacionada com a Nova Jerusalém – a “grande cidade da arte e ciência” de Blake, complementando o 5º raio da alma desta cidade.
O quinto raio da ciência e o quinto signo, Leão, influenciam a alma de Londres, daí a sua “jurisdição mental” sobre a Quinta Raça-Raiz. Blake usava anagramas e Los não é exceção, sendo “Sol”, o regente de Leão, o signo onde está posicionado o seu regente esotérico. Sol afirma também que esotericamente o “Sol e Vulcano são um.”11
Golgonooza está rodeada por um fosso de fogo e murada contra “Satanás e as suas guerras, estendendo a cidade a sua influência sobre toda a nação:
“De Golgonooza a quádrupla eterna Londres espiritual
Em imensos trabalhos e mágoas, sempre a construir, sempre a cair,
Pelas quatro florestas da Albion que se estendem por toda a Terra …
(Tradução livre de um excerto de Milton 6: 1-7)
Há seis anos atrás, o autor escreveu um perfil de William Blake a partir da perspetiva do seu sol sagitariano.12 Blake foi um dos maiores artistas visionários e poetas românticos que alguma vez apareceram na Grã-Bretanha no período compreendido entre os séculos XVIII e XIX. Ele estava também tão à frente do seu tempo que foi considerado louco por alguns dos seus contemporâneos.
Houve várias influências místicas na sua vida, de Swedenborg a Jacob Boehme. Era um cristão devoto e estudioso da Bíblia mas detestava a religião organizada. As suas interpretações artísticas da Bíblia são altamente esotéricas. Blake foi inspirado pelas revoluções Americana e Francesa que tiveram lugar durante a sua vida, quando Urano, regente da revolução e do sétimo raio da magia, foi descoberto em 1781.
Urano domina o horóscopo de Blake, colocado no meio do céu (carreira/dharma) conferindo-lhe originalidade e inovação e inspirando-o a ser um revolucionário na sua área de escolha. O seu Urano, sem dúvida atraiu a si os rótulos de “louco” ou “excêntrico” por parte do status quo conservador. Blake nasceu no início da cúspide do período de 500 anos das eras de Peixes, regido por Neptuno e de Aquário regido por Urano.
Urano rege o sétimo raio e, combinado com o quarto raio da arte e beleza, produz o artista excecional que pode dar forma à cor:
“… [o quarto raio] … é pre-eminentemente o raio da cor, do artista cuja cor é sempre grandiosa … A combinação do quarto com o sétimo produzirá o mais elevado tipo de artista, forma e cor ambos no seu grau mais excelso. [Nicholas Roerich é um outro bom exemplo deste tipo de artista.]
O trabalho literário do homem do sétimo raio distinguir-se-á pelo seu estilo ultra-polido e um escritor deste tipo, no seu trabalho, pensará mais no modo do que propriamente no assunto, mas será sempre fluente tanto na escrita como na expressão oral.”13
William Blake
(Outras horas de nascimento apresentam graus mais avançados do ascendente Caranguejo)
Blake tem sido descrito como um “glorioso iluminado” e por críticos modernos como, “de longe, o maior artista que a Grã-Bretanha já produziu.” Sagitário é o visionário que, por meio de grande devoção e aspiração, capta a visão interior e luta para a trazer da mente de Deus.
Neptuno é também o visionário e é o regente da alma de Caranguejo, regendo este planeta o sexto raio da devoção e idealismo. Embora o sexto raio esteja a sair da encarnação, neste ciclo em particular a sua expressão mais forte é através de Sagitário. Dada a inabalável devoção de Blake, é possível que ele fosse uma alma do sexto raio, como um corpo emocional também do sexto raio – trabalhando dentro de um grande ciclo de sexto raio que se estendeu pela era de Peixes.
O Contexto Alargado do Romantismo
A era do Romantismo (1800-1850) surgiu como uma reação a Era Industrial. Blake fez parte de um “grupo de irmãos,” membros de um grupo de almas avançadas, “enviadas para a encarnação” para ajudar a ultrapassar os perigosos efeitos secundários da Revolução Industrial (1760-1840) e do ciclo do quinto raio da ciência que teve início em 1775.
Este ciclo do quinto raio emergiu como um sub-ciclo do ciclo mais longo do sexto raio do Idealismo. Blake previu a síntese destes dois raios na sua mítica “Golgonooza” uma cidade de “arte e ciência” – um véu para Londres, a sua cidade natal – que é uma alma do quinto raio. No entanto, provavelmente por ter assistido aos horrores da Revolução Industrial, fez mais tarde comentários indicadores da sua luta com o materialismo científico, criticando indivíduos que foram iniciados nessas disciplinas:
“A arte é a Árvore da Vida. A ciência é a Árvore da Morte,” escreveu o visionário Blake. Ele condenou o trio científico constituído por Isaac Newton, John Locke e Francis Bacon como estéril e materialista.”14
Este quinto raio da ciência (derramado sobre Londres) foi um grande estímulo para a Revolução Industrial e a expressão da sua sombra foi a mente separada do amor, ignorando os sub-produtos da revolução industrial europeia: degradação humana, poluição e ganância; daí a frase de um dos poemas de Blake, “obscuros moinhos satânicos.”
“Jerusalem [poema] é a residência simbólica de uma humanidade liberta das grilhetas inter-relacionadas do comércio, do imperialismo Britânico e da guerra. A “luta mental” de Blake é dirigida contra essas grilhetas. No seu Blake: Profeta contra o Império … os “obscuros moinhos satânicos” de Blake são “moinhos que produzem metal escuro, ferro e aço, para propósitos diabólicos … Londres … era um arsenal de guerra e o eixo da máquina de guerra e Blake usa o símbolo nesse sentido.”15
Do ponto de vista das “grilhetas do comércio,” fabrico de armas e guerra, parece que não mudou muito quando avaliamos esta nação nos dias de hoje – apenas uma maior sofisticação!
As almas que encarnaram nessa altura foram os poetas do Romantismo – um período literário, artístico e filosófico que teve início em meados e até ao final dos anos 1700. Poetas como Blake (n.1757), Keats (n.1795), Shelley (n.1792) (a escritora Mary Shelley n.1797), Byron (n.1788), Coleridge (n.1772) e Wordsworth (n.1770), fizeram todos parte deste círculo – e conheciam-se todos ou tinham consciência do trabalho de cada um dos seus pares.
Os Românticos preferiam uma expressão mais imaginativa e apaixonada (sexto raio), equiparada ao Iluminismo – que tinha mais a ver a com o raciocínio pragmático (quinto raio). O Romantismo expressou-se através da literatura e das artes, aspirando a uma visão mais ampla que reconhecesse a paixão e a emoção humana, na qual a mente intelectual, crítica, deveria ser contrabalançada pelo espírito imaginativo; e a sagacidade intelectual substituída pelo humor e pelo pathos.16
Estes poetas eram muito provavelmente almas do quarto ou sexto raios (na “linha” do segundo raio) que encarnaram num sub-ciclo do sexto raio que começou antes do sub-ciclo do quinto raio; foram também acolhidos por uma nação com alma do segundo raio, a Grã-Bretanha. Em paralelo com estes “poetas da emoção” encarnaram várias almas na linha da religião, também dominada pelo sexto raio:
“ … o revivalismo religioso com [John] Wesley (1703-1791) e Whitfield na Inglaterra, foi sob a influência do sexto sub-raio … o aparecimento de Molinos [1628-1696] e dos quietistas em Espanha e na Europa Central e de Saint-Martin [1743-1803] e do seu grupo de filósofos espirituais em França, e não só, terá também marcado o progresso desse mesmo período, no qual o Raio da Devoção foi acentuado pelo seu próprio sexto sub-raio.”17
No entanto e em última análise, o Romantismo foi considerado pelos Mestres um falhanço devido à falta de resposta por parte da Humanidade. Daí o desequilíbrio em marcha que foi criado, levando à retirada da força do quinto raio, “por um arranjo especial e único”, culminando por volta de 1999. Considerou-se que “o ímpeto dado ao espírito humano de descoberta tinha servido o seu propósito.”18
O Propósito da Alma do Ascendente Caranguejo de Blake
Blake foi um visionário, pelo facto de ter unido os fatores místico, científico e oculto dentro de si, representados por Urano e Neptuno; ele não foi apenas um visionário sagitariano mas também um profundo neptuniano.
“Cada estado ou campo da mente, cada campo do conhecimento … que é alcançado pelas energias mentais e emocionais é um estado psíquico, tal como a imagem mental de um palco com atores é um estado ou campo psíquico.
Quando a visão pura, como a do poeta, do filósofo, do santo, preenche a totalidade do campo, todas as perspetivas e visões menores são superadas. Esta consciência elevada desaloja todas as consciências menores. Embora, num certo sentido, aquilo que é visto como uma parte mesmo pelo ponto de vista de um sábio, continua a ter um elemento de ilusão, um fino véu psíquico, por mais puro e luminoso que seja. É o último e mais elevado estado psíquico.” ((The Light of the Soul, Alice A. Bailey. p.109-10.))
Esta visão mística e “elevado estado psíquico” é presidida esotericamente pelo planeta Neptuno. Blake tinha Neptuno em Caranguejo, regido pela Lua e ascendente Caranguejo, um signo de grande sensibilidade psíquica. Caranguejo-Lua-Neptuno estão todos relacionados com a consciência de massa.
Caranguejo é um signo de água, símbolo da aquosa natureza emocional. Neptuno é o Deus das Águas e o regente da alma deste signo. Uma vez que o signo ascendente representa o propósito da alma, o de Blake foi inspirar e desafiar a consciência de massa através da sua imaginação e arte visionária. A sua natureza canceriana permitiu-lhe também criar uma profunda empatia com os menos afortunados da humanidade – à semelhança do seu colega escritor Charles Dickens (Aquário, 1812).
Caranguejo é um signo de nascimento e os dois raios que passam por este signo, o terceiro e o sétimo, são complementares quanto à capacidade materializadora de Caranguejo. Blake deu à luz muitas ideias inspiradas, à medida que estas o impressionavam a partir dos reinos da intuição elevada ou búdicos:
“Nenhum homem começa a co-ordenar os veículos búdicos até que, numa ou noutra vida, se submeta à influência neptuniana. Quando isto acontece, o horóscopo da sua personalidade mostrará o domínio da influência neptuniana nalgum ponto … É igualmente a influência Neptuniana que preside e torna possível a segunda Iniciação, na qual o iniciado produz resultados no corpo emocional.”19
Uma das sub-ciências da Astrologia Esotérica (“a ciência de todas as ciências”) é a Ciência da Iniciação. Blake pode ter encarnado como um iniciado do Segundo grau e ter recebido a terceira iniciação nessa vida. (Ver texto mais à frente.) Ele tinha muitas visões, como atestam a sua arte e poesia, que começaram cedo na sua vida:
“Desde jovem que William Blake afirmava ter tido visões. A primeira destas visões ocorreu quando tinha apenas quatro anos, de acordo com um relato, o jovem artista “viu Deus” quando Deus “pôs a cabeça na janela,” o que fez com que o jovem Blake desatasse a gritar.
Quando tinha oito ou dez anos, em Peckham Rye, Londres, Blake afirmou ter visto “uma árvore cheia de anjos, brilhantes asas angélicas ornamentando cada ramo como estrelas.” De acordo com Gilchrist, o biógrafo vitoriano de Blake, quando regressou a casa e descreveu esta visão, só escapou de ser castigado pelo seu pai por estar a dizer mentiras, graças à intervenção da sua mãe.”20
Aos 17, Blake teve visões na Abadia de Westminster onde passava muito tempo a desenhar. Afirmou ter visto Cristo e os seus Apóstolos e uma grande procissão de monges e padres – e ter ouvido os seus cânticos.21
Por estas descrições parece que Blake veio à encarnação com a visão desperta e elevada clarividência. O fator no horóscopo que aponta para isto é a sua Lua em Caranguejo (o passado), na casa 12 (os reinos subtis).
Neptuno, por sua vez, tem a oposição de Saturno em Aquário, que ajuda fortemente a materialização da visão. Aquário é regido por Urano, posicionado no meio do céu (público, carreira) – em Peixes, regido por Neptuno, outro aquoso signo da imaginação. Blake disse uma vez, “A imaginação … é a própria Existência Humana.”
Urano e Peixes estão profundamente alinhados com Sirius, a consciência do Cristo e o coração de um discípulo – dos quais Blake era obviamente um expoente avançado. (sigam a descida destas forças na coluna do meio do diagrama abaixo.)
Influências cósmicas através dos signos e planetas22
A Lua em Caranguejo está também em oposição a Vénus, a deusa da beleza e da arte. Vénus está em Capricórnio misturando forma com beleza, estimulando a consciência de Blake para o profundo e escondido significado de Capricórnio – que é o Mistério de Makara, dos anjos solares e lunares – profusamente retratado ao longo dos seus trabalhos artísticos e poéticos.
Como “duplo Caranguejo” Blake era um canceriano clássico, tendo vivido em Londres a maior parte da sua vida, tendo estado fora apenas por três anos. Ele viveu no limiar da pobreza com a sua mulher Catherine – Caranguejo é poupado e pode sobreviver com muito pouco! A prioridade de Blake foi completar, quanto possível, o máximo de trabalho criativo:
Eu devo criar um Sistema ou ser escravizado pelos outros homens. Eu não Raciocino e Comparo, o meu negócio é Criar. Tanto na sua arte como na vida, Blake deu um poderoso exemplo de criatividade a qualquer custo – enfrentando a incompreensão, negligência, solidão, pobreza, até acusações de insanidade.”23
A maior parte dos quadros de Blake revelam as atividades dos mundos humanos internos, bem como as dos seus co-habitantes, o reino dévico ou das fadas – e dos arcanjos maiores. Ele definitivamente criou muitos quadros estranhos, desconcertantes e inexplicáveis – é-se levado a pensar que mundos distantes lhe deram a inspiração!
Quer Blake tenha sido uma alma do quarto ou do sexto raio, o seu corpo emocional pode bem ter sido do mesmo raio, ou da mesma linha (2,4,6). Isto terá tornado o seu corpo emocional no principal recetor das mais elevadas impressões que emanam do plano búdico.
Existem diversos fatores no horóscopo de Blake que contribuem para uma forte expressão da linha do segundo raio do Amor-Sabedoria. Sagitário é regido por Júpiter, o regente do segundo raio. Júpiter está no primeiro grau de Sagitário em conjunção com o seu Sol, acentuando poderosamente a sua personalidade sagitariana. Devido aqui à natureza expansiva de consciência de Júpiter, Sagitário dá uma propensão para contar histórias através da pintura e da poesia.
Neptuno, o regente da alma, está em Leão em conjunção com Marte, o outro regente do sexto raio. O guerreiro Marte em conjunção com o pacífico, místico Neptuno, fazem um aspeto menor a Urano no meio do céu; daí a ousadia radical da arte de Blake, face a uma austera sociedade britânica e à fricção com a autoridade da igreja.
O Sol sagitariano de Blake rege a casa 2 (recursos espirituais) onde o regente da alma do mapa está posicionado, o que cria uma ligação potente entre a personalidade (Sagitário) e a alma (Neptuno). O Sol e Júpiter são inquilinos da casa 5 do mapa, conhecida esotericamente como a “mansão da alma.” Mercúrio em Escorpião é também outro fator potente:
“O seu verdadeiro significado não será entendido até que a consciência do homem individual seja também planetária no seu âmbito e alcance, o que só acontece depois da terceira iniciação.”24
Talvez Blake tenha alcançado este exaltado estado de consciência como “irmão do terceiro grau”? Mercúrio representa a forma como se pensa e comunica; em Escorpião, com grande profundidade, insight e por vezes de forma acutilante e rude, como exemplificado pelo seu criticismo ao seu, ao mesmo tempo, professor, cientista e psíquico – Emmanuel Swedenborg.
Esta especulação sobre ser um iniciado de terceiro grau é também suportada pela potência de Sirius no seu horóscopo. A sua Lua em Caranguejo (11º 32’) está em conjunção próxima com a estrela fixa Sirius (10º 44’) – “A Estrela da Sensibilidade.” Neptuno, o regente esotérico de Caranguejo, está em Leão, o mês da “estrela-Cão” Sirius, ligando portanto Caranguejo com Leão.
“A influência de Sirius não é conscientemente sentida até que a terceira iniciação seja alcançada, altura em
que a verdadeira natureza do aspeto espírito comece a despertar sobre a libertada e intuitiva perceção do iniciado. Para o iniciado avançado, neste signo e depois da terceira iniciação, Sirius torna-se um fator principal da vida.”25
Com Marte em Virgem em receção mútua a Mercúrio em Escorpião, há paixão acrescida, idealismo e lealdade na expressão de Mercúrio. Todos estes fatores se conjugam no épico e muito esotérico poema de Blake, Milton, onde,
“John Milton regressa do Céu e junta-se a Blake para explorar a relação entre escritores vivos e os seus predecessores e empreender uma viagem mística para corrigir os seus próprios erros espirituais.”26
Milton foi inspirado pela história de um Jesus jovem que acompanhou o seu tio, José de Arimateia numa visita a Glastonbury. Está também ligado ao ideal do estabelecimento de uma “Nova Jerusalém” do qual Jerusalem é o prelúdio, tendo evoluído para o enérgico hino britânico. (Vídeo: Proms version. Billy Brag version.)
Isto é apenas um breve esboço sobre a vida desta alma notável. Blake deixou uma marca particularmente indelével que viverá e continuará a inspirar inúmeras gerações, evocando um sentido de mistério e dos potenciais da imaginação criativa.
Jan Dietrich, astróloga e co-trabalhadora
Esta newsletter é dedicada à nossa amiga Jan Dietrich que faleceu recentemente na lua cheia de Gémeos, após uma curta doença. Jan tinha o Sol em Escorpião e Lua em Peixes, dando-lhe uma compreensão aprofundada e um espírito de bondade generosa que era uma inspiração para a sua família, alunos e co-trabalhadores. Ela realizou, de forma admirável, o propósito da alma do seu ascendente Aquário através da sua cooperação com várias iniciativas grupais, da sua profissão como astróloga e como estudante dedicada da Sabedoria das Idades. Para aqueles de vós que não estejam familiarizados com o seu trabalho e escritos astrológicos, aqui fica o seu website. Sentiremos muito a sua falta!
Paz, Jan
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- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.253. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.343. [↩]
- http://www.dailymail.co.uk/news/article-2536550/Firefighters-break-tears-walk-Britains-oldest-fire-station-time.html [↩]
- https://sputniknews.com/columnists/201706161054706663-get-rich-britain-in-fire/ [↩]
- https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/jun/16/theresa-may-scared-grenfell-survivors-finished-austerity-cameron-osborne [↩]
- https://sputniknews.com/columnists/201706161054706663-get-rich-britain-in-fire/ [↩]
- https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/jun/22/grenfell-people-die-housing-inequality-austerity?CMP=share_btn_fb [↩]
- https://www.theguardian.com/commentisfree/2017/jun/29/poor-people-or-power-theresa-may-has-made-her-priority-shockingly-clear?CMP=share_btn_fb [↩]
- The Destiny of the Nations, Alice A. Bailey. p.97. [↩]
- The Destiny of the Nations, Alice A. Bailey. p.74. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.132. [↩]
- Also worth reading is Adele Wilson’s short essay on Blake. [↩]
- Esoteric Psychology I, Alice A. Bailey. pp. 206, 208. [↩]
- https://www.theguardian.com/culture/2014/nov/21/the-10-best-works-by-william-blake [↩]
- https://www.preteristarchive.com/Books/1804_blake_jerusalem.html [↩]
- Pathos representa um apelo às emoções dos espectadores e desperta sensações que já residiam neles anteriormente. Pathos é uma técnica de comunicação utilizada mais frequentemente na retórica e na literatura, cinema e outras artes narrativas. [↩]
- Esoteric Psychology I, Alice A. Bailey. p.165. [↩]
- The Destiny of the Nations, Alice A. Bailey. p.143. [↩]
- A Treatise on Cosmic Fire, Alice A. Bailey. p.899. [↩]
- Wikipedia [↩]
- The Life of William Blake (3rd ed.). Wilson, Mona (1978). London: Granada Publishing Limited. p.5. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.427. [↩]
- https://www.barnesandnoble.com/w/my-business-is-to-create-eric-g-wilson/1027758955#productInfoTabs [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.359. [↩]
- Esoteric Astrology, Alice A. Bailey. p.300. [↩]
- https://en.wikipedia.org/wiki/Milton:_A_Poem_in_Two_Books [↩]